sexta-feira, 8 de junho de 2007

A MOSCA NA SOPA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
28.05.07 @ 10:50

Passado os instantes iniciais do impacto do noticiário a tendência, tem sido, a de se esquecer o episódio, como notícia envelhecida do jornal do dia anterior... Assim é com a sociedade que esquece, aturdida na faina cotidiana, e com os poderes Executivo e Legislativo, indolentes sempre com temas delicados. Isso num País que já presenciou a deposição de um Presidente sobre acusação de corrupção...

De vez em quando noticia-se que o "fulano" de tal foi intimado para isso ou aquilo,referente ao escândalo tal, numa linguagem técnico-jurídica, pouco acessível à opinião pública, que cansada espera a novela das oito ou a partida de futebol da noite.E os fatos vão se esvanecendo como coisas do passado, até que novos dados desairosos voltem a despontar...

Agora parece que o bode da vez é a Polícia Federal, em que pese os eventuais exageros, conta com a aprovação majoritária da Sociedade estarrecida. Nunca vimos servidores públicos tão assíduos no cumprimento do dever ! E, exageros ou não, as algemas finalmente foram colocadas em pulsos outrora intocáveis...

Se a moralização for colocada como prioritária, na mesma velocidade com que se dedicam a majorar os próprios salários, a sociedade tende a ganhar e o Legislativo e o Executivo podem ter um vislumbre de aceitação popular afirmativa. O ganho final será o das Instituições Republicanas, vistas, ao que parece, com descaso pelos detentores do Poder.

Para tal, que as propostas abandonem autorias, para se evitar a disputa do "ganho" político de legenda ou mesmo do padrinho da matéria, e se revista de uma decisão uníssona da própria casa legislativa, uma atitude supra-partidária de tentativa de moralidade. Que seja, enfim, uma resolução conjunta do Congresso Nacional, em satisfação à Nação, constituídas de Jooões e Marias, como nós, aparvalhados diante tanta patifaria.

Para não serem confundidos como farinhas do mesmo saco, que se policiem e respeitem o cargo para o qual foram eleitos. Dentre as alternativas, todas bem-vindas, registre-se que a maioria foram apresentadas há anos e até o momento esquecidas, proteladas para momentos como esses, onde a opinião pública, diante ao calor dos escândalos, se indigna.

Nisso, para evitarmos que a questão seja colocada de novo no limbo, precisamos que a Imprensa exerça o papel da MOSCA NA SOPA, incomodando quem pode tomar providências e não deixando o assunto virar notícia velha, para nós, Jooões e Marias deste Brasil.

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