quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

APESAR DE TUDO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
27.12.07 @ 16:43

Com todos os pesares existentes na política ( o desgastante caso Renan Calheiros e a não prorrogação da CPMF, como birra da oposição), o Brasil se insere em um quadro alentador...

Consta, juntamente com a Rússia, Índia e China, das promessas da economia mundial, frente a um eventual colapso no império dos EUA...

Alguns dados são interessantes e alvissareiros:o Brasil detém 8,5 milhões de quilometros quadrados de extensão,uma população de 190 milhões de habitantes, PIB de 1,3 bilhões, pagou sua dívida externa e apresenta sólidos dados na macro-economia, temos uma indústria diversificada, democracia consolidada, sistema financeiro sólido....

Em contrapartida temos uma dívida social que reclama ( e clama !) por soluções inadiáveis, com aberrantes discrepâncias, falências em setores emergenciais como saneamento básico, distribuição da renda, sáude pública precária, questões fundiárias emblemáticas, educação sofrível, etc...

Se o governo fizer uma opção conservadora o bolo continuará crescendo de forma distorcida e desigual, como sempre foi.

Ocorre que para não perdermos o bonde da história urgem investimentos sociais impostergáveis, afinal um povo desnutrido e alfabetizados funcionais não acompanham o ritmo imposto pelas exigências do mercado que reclama competência e agilidade...

Apesar da grita pelas políticas tidas como "assistencialistas",vide o bolsa família,trouxeram comida em lares onde o alimento não era garantido e tampouco os filhos dos brasileiros carentes não almejavam frequentar escolas, pois eram braços necessários ao ganho familiar, e não poderiam aspirar a uma vida menos sofrida e indigna...

A ótica dos viventes em um País com a extensão continental como o nosso, onde se abrigam diversas realidades, diversos "brasis", é comum os clamores contra o que ainda parece inacreditável: a fome existe em nosso solo, sim, e não é pontual !!!

E tem mais, ou há investimentos pesados em políticas públicas ou não sairemos do atraso...

Que o governo continue a manter e a ampliar a política social tão necessária, e, a bem da verdade, iniciada com a estabilização da moeda em uma realização que nos permite hoje sonharmos com dias melhores...

Feliz 2008 !!!!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

DERROTA DA CPMF, VITÓRIA DE PIRRO

A oposição obteve o fim da prorrogação da CPMF, tirando aproximados 40 bilhões do próximo orçamento...

Os arautos defensores da sociedade contribuinte só não conseguem informar de onde virá os recursos para suprir as carências das áreas assistidas pelas verbas, notadamente a saúde pública.

Sem revanchismos, convém mapear os ilustres parlamentares votantes do fim do imposto, curiosamente encontram-se entre representantes dos Estados mais carentes da federação, aqueles que recebiam mais recursos oriundos daquela arrecadação....

Os que mais assumiram a tribuna em defesa do fim do imposto, foram José Agripínio (RN), Arthur Vírgilio (AM), Jarbas Vasconcelos (PE), Tasso Jeressaiti (CE), entre outros...

Será que a população local, aquela que os mantém como seus representantes eleitos, têm claro o tamanho do rombo provocado ?

Derrotaram o governo sim, mas, e principalmente, o Brasil e o imenso contingente da população assistida pela saúde pública, o bolsa família e as aposentadorias do setor rural...

Não se trata de chorar o leite derramado, aquele que uma vez transbordado não volta mais para a vasilha, mas a de aprender com as amargas lições, de que a política de melindres e de caprichos não pode fazer tantos estragos a uma Nação inteira, como irresponsavelmente assistimos...

Há quem palpite, com um certo acerto, de que nem mesmo eles, os oposicionistas irredutíveis, acreditavam na derrubada do imposto , mas que mantiveram suas posições por questão meramente política, sinalizando à sociedade sua postura...

Pelo sim, pelo não, a vitória tem um gosto amargo, como a de Pirro, onde os ônus para se obtê-la foi superior ao objetivo alcançado...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

RESÍDUOS DE 2007...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
19.12.07 @ 11:20

No plano político o governo encerra o ano com a cara de ressaca, com aquele habitual gosto de cabo de guarda-chuva ( não sei de onde tiraram isso, mas é comum dizê-lo em tais situações), o que prova que ninguém - mas ninguém mesmo - tem que ter um SACO maior do que um presidente...

Assim, a fala de Lula a Evo Morales, sintetiza tudo: paciência, paciência e paciência...

A dura novela pela prorrogação da CPMF, entravada com o caso do senador-presidente Renan Calheiros, com idas e vindas...

Tem que se acostumar a passar a mão em aliados gananciosos e na oposição melindrada e caprichosa, sorrir para todos e sinalizar que tudo vai bem... a apagar incêndios e desdizer ministros não habituados à hipocrísia necessária, cujas opiniões tem o poder de desmontar os mercados...

E vem se desenhando um outro cataclismo sinalizado pela greve de fome de um padre que se opõe às obras de transposição do Rio São Francisco; a chantagem de um homem só, mas que representa um entrave psicológico e moral, além do político, seja por ser religioso ou por ser cidadão, o fato é que criou-se um impasse...

E o pior é que a sociedade não detém informações sobre as necessidades da tal obra, não me arrisco a opinar pela sua premência, isso, creio, seja tarefa da comunicação do governo com a população...
Sua relevância deve ser discutida com a sociedade, principalmente com as comunidades-estados afetados com seus resultados.

Lula pode até ter realizado seu sonho de ser presidente, mas as marcas do tempo não o perdoaram, parece ter envelhecido muito nestes últimos 5 anos, não foi diferente com os antecessores, ônus do ofício...

O que é de gosto, regalo da vida, dizem os mais velhos...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

S.O.S BRASIL

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
18.12.07 @ 12:01

Cada vez mais me apavora o comportamento de nossos parlamentares, não pensem que a oposição não tenha que fazer o seu papel, longe disso...

O que me intriga é que há questões que extrapolam o jogo político partidário, tendo por pano de fundo os interesses de um partido maior: O BRASIL ( que aliás, não seria partido, é o todo), governos tem passagens no poder, hoje é um amanhã outro, assim como as legendas que os acompanham, mas o País, este sim, necessita de um pouco de compreensão da classe política...

A leitura de FHC em seu livro a ARTE DA POLÍTICA, principalmente nos relatos, quase que um diário de um presidente, nós dá a dimensão da problemática de compatibilizar uma Nação, recém saída de uma explosão inflacionária para uma economia mais equilibrada, mas ainda necessitada de cuidados, como um paciente em convalescença...

Não estamos discutindo sobre PT/PSDB, mas sobre milhões de brasileiros viventes em nosso solo e dependentes das decisões de Brasília, cujos resultados interferem na vida cotidiana de cada um de nós... Política não é futebol, que não importa o resultado, tira-se a diferença na próxima partida...

Recentemente assistimos à derrota da CPMF como se o vencido fosse o governo de plantão e não se discutiu com real interesse a quem atende os benefícios do mencionado imposto. Como cidadão brasileiro, pequeno empresário, também pago em conta bancária o peso da contribuição compulsória, mas...

O palco em que se desenrolou a novela da prorrogação da CPMF não foi o do entendimento, até mesmo pela sua definitiva extinção, mas o do jogo de cena, onde representantes de Estados pobres deste País foram os que mais se destacaram na tribuna : Arthur Vírgilio ( AM), Agripinío Maia (RN), Jarbas Vasconcelos ( PE), entre outros afoitos em defender a extinção do apregoado imposto do qual seus eleitores são tão dependentes !

Futricas à parte ( se é que é possível em ambiente de avantajados egos) o que ganham em colocar pedras no caminho, tornando difícil a vida de quem cabe direcionar o País para a frente ?
Eu sei, o espólio político - dificultar para atravancar, impedir e retornar ao Poder, quanto ao Brasil, este ( seu povo) pode esperar em berço esplêndido...

Assistimos, apalermados, o fim da CPMF, esquecendo-se de sua origem e de sua necessidade, como se fosse matéria de pequenos efeitos e consequências, como se pudéssemos nos dar ao luxo de dispensar sua arrecadação em um sistema caótico da saúde pública, e não estivéssemos cingidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece que benefícios criados devem ter a sua fonte de recursos...

Pobre de nós, brasileiros !!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

AMARGAS LIÇÕES...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
17.12.07 @ 21:34

Do fim de festa, onde o senado, depois de despudoradamente encobrir os erros do Renan, acabaram por impor uma derrota ao povo com o fim do tal imposto que passou a ser a razão maior daquela casa, encobrindo, na verdade, valores outros do que a defesa do alívio da alta carga tributária...

Seguiram-se discursos de senadores que pareciam representar um País com total justiça na distribuição da renda, parlamentares que se arvoraram em arautos dos interesses da sociedade ( qual, a nossa ?)...

Será que o RN do Agripino Maia, o Amazonas do Arthur Vírgilio, o CE do Tasso Jereissati, o PE do Jarbas Vasconcelos, podem prescindir da fatia que recebem na partilha representada pela arrecadação da CPMF ?

Aécio Neves fez o apelo de que Minas Gerais não poderia perder a receita de 3 bilhões do bolo na distribuição, mas...

Leio nas páginas de a ARTE DA POLÍTICA, do Ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, obra que me surpreende pela clareza na exposição em que o mesmo coloca as dificuldades de se administrar um orçamento dentro de uma sociedade tão díspare como a nossa, onde a CPMF, engendrada pelo ex-mininstro Adib Jatene ( governo Itamar Franco) foi bem vinda e necessária...

O que motivou, então, o banimento da mesma, será que já estamos suficientemente independentes de estremecimentos em nossa economia para deixarmos tal receita que atende setores prioritários como a saúde e o pagamento de aposentadorias do setor rural ?

Acreditam que os preços, supostamente imbutidos dos 0,38 % sofrerão decréscimo nas gôndolas de supermercados e em outros setores do varejo, que é aonde a população mais sente as agruras ?

O que motivou setores da oposição foi o revanchismo simples e puro, foi a moeda de troca pela inexpressiva presença como oposição no senado federal, foi antes um capricho do que uma postura inteligente e digna de aplausos...

Acabamos engulindo um sapo maior do que a cobrança nos contra-cheques, alguém duvida de que será necessária remanejar o orçamento, com cortes inevitáveis em receitas, para justificar o fim dos 40 bilhões ?

Não tarda teremos a aprovação de um substituto para o tal imposto, cientes todos, que, infelizmente, torna-se necessário até que possamos, efetivamente, enfrentarmos uma reforma sincera na questão tributária do País...

O governo merece críticas, as defesas feitas na tv senado ( pelo menos as que tive a oportunidade de assistir) foram até piegas, mas as da oposição mostraram uma faceta cruel e total insensibilidade com o tema tão importante para milhões de brasileiros...

Se correr o bicho pega ! ( a FIESP e outras corporações patronais agradecem a inestimável contribuição do PSDB, DEM e dos tais independentes...)

sábado, 17 de novembro de 2007

DIVAGANDO...

Nesta manhã chuvosa e fria, em que a paulicéia, espremida entre um feriado na quinta (de 15 de novembro), com uma sexta útil fazendo ponte ao fim de semana, que desembocará em uma segunda-feira brava e outro feriado na terça, pela consciência negra...

Não raro, ensimesmado, passo a entender cada vez menos dos procedimentos humanos, afinal há tanta irracionalidade e descrença, que a vida, esta que brota incessante, parece um acaso na existência...

Estamos na estação florida da primavera, mas o que temos ? Além das chuvas típicas um frio incômodo e desproposital...

Ainda ontem, no globo repórter, filmado nas geleiras da groenlândia, mostrava um retrospecto daquela paisagem hostil, quase 13 anos passados, comparando-a com o ano atual, 2007.
Espantoso verificarmos as alterações climáticas, o degelo pronunciado, a escassez da fauna obrigando populações de esquimós a mudarem hábitos seculares de sobrevivência, aderindo-se aos costumes do mundo moderno... Nada das casinhas de gelo, os igloos, mas ambientes climatizados, servido dos aconchegos da televisão, dvds, computadores. Os esquimós jovens preparando-se para estudar na Dinamarca...

A Indonésia deverá sediar o encontro dos líderes mundiais, em pauta a discussão ambiental, o futuro de um planeta saturado de CO2 , de novo a quebra de braços, descasos dos maiores emissores dos gases tóxicos, EUA e China...

Ocorre-me a transitoriedade das coisas, a fugacidade das existências, e aí não me enquadro com tanta disputa e tanta cobiça.

Por mais recursos que possamos amealhar individualmente, ou ainda coletivamente, o fato é que necessitamos de muito pouco para uma sobrevivência digna. Afinal, não dispomos de espaço no estômago para a ingestão de mais que 3 refeições diárias, por mais glutão que sejamos. Tampouco não possuímos mais de um corpo físico para vesti-lo, nem conseguimos habitar mais que um local como moradia, nos locomovermos em mais de um veículo de cada vez, etc., etc...

Mais ainda corremos atrás do "plus" do "extra", do que escraviza e martiriza corações e mentes...

Diariamente recebemos notícias de que a Natureza, aviltada, dá sinais de alerta, nos maremotos, terremotos, ciclones, furacões, enchentes, incêndios devastadores, e continuamos dando de ombros e tocando a bola para frente, como se tudo pudesse se acertar por si mesmo, vivendo no alheamento de nossa participação...

E, 'a guisa de organização, elegemos um relógio com seus ponteiros irredutíveis nos programando passos e nos ditando espaços de tempo na eterna aventura humana, na rotina de levantar, trabalhar, dormir e... tudo outra vez !
Há, ainda, a existência de calendários, agendas, nos indicando compromissos e marcando datas, horários e o inevitável transcurso da existência física, no cansaço dos anos, no envelhecimento da matéria, na brancura dos cabelos e mesmo na falta deles, perdidos nos caminhos...

Até que, inevitável como a marcação das horas, o fim da jornada, o silêncio...

O NADA para alguns, o Nirvana para outros, Céus e Infernos, ao sabor das crenças de cada um.

E o "extra" o "plus", que dinamiza o consumo e motiva o comércio contribuindo para a extinção de espécies animais, sacrificados para adornos nas vestimentas e nas decorações de salões de caça, na valorização fetichista de se conceber valores imaginários à pedras preciosas, conseguidas em garimpos de mãos escravizadas em sub-emprego, alimentando guerras fraticidas...

Nestes momentos, chego à conclusão da sabedoria da existência que a todos nivela na morte física, que, se assim não fosse, seríamos ainda mais insensíveis com a própria vida...

A morte, seus mistérios, razão da filosofia, mãe de todas as artes e crenças...

A morte valorizando a vida... como tudo é paradoxal !

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O BRASIL E O OSCAR...

Detentor de tantos títulos na categoria esportiva, ainda temos poucos trunfos na sétima arte...

Acabo de assistir " O ano em que meus pais saíram de férias", de Cao Hamburguer, consagrado como o melhor filme pelo Júri Popular na mostra internacional de cinema de São Paulo e também no Rio de Janeiro...

Ao assistir imaginei que o foco fosse a ditadura militar e os anos tenebrosos, mas isso é apenas o sutil pano de fundo, onde emerge uma lírica história tendo por protagonista um garoto de apenas 12 anos de idade, imaturo e ingênuo para entender a política e a fuga dos pais da repressão da época...

Aos poucos, o que transpassa são as situações vividas pelo infante diante a uma situação inusitada de quem é abandonado à porta do edifício de um avô ( Paulo Autran)que não aparece para buscá-lo, pois morrera no mesmo dia...

Diante à espera pelos pais,num indeterminado dia da copa do mundo de 1970, desenvolve-se a trama, onde o guri passa a viver dentro de valores e culturas diferentes à sua, no bairro de predominância judia ( Bom Retiro/São Paulo), transcorrendo o universo do enfoque...

Com o sabor das boas produções italianas dos anos 80/90, em que a questão íntima, familiar, é explorada, assim me parece essa obra brasileira...

Quando estivemos indicados ao Oscar com "Central do Brasil", gloriosamente indicado, e fomos atropelados pelo belíssimo filme " A vida é bela ", de Roberto Benigni, restava o consolo de perdermos para uma grande obra...

Agora, novamente, estamos na disputa e muito bem representados...

VELHOS TEMAS E TEIMAS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
16.11.07 @ 17:34

Renan vai ou Renan fica ? CPMF permanece como está ou fica como estava ( ou seja, intacta !) ?

Reforma-se ou remenda-se ( tanto faz !)...

Hugo Chaves parece sofrer de comichão, não consegue passar despercebido em nenhum evento, adora chamar a atenção...

Quanto ao "cale-se" do monarca espanhol, em que pese as inconveniências do venezuelano atrevido, desceu mal goela abaixo...

Muitos criticaram Lula pela defesa da Venezuela, agora entendo: é o segundo maior comprador do Brasil, atrás apenas do EUA. Balança superavitária a nosso favor é da ordem U$ 4,5 Bilhões... Viva o Chaves !!!

Estranho, não se fala mais do Salvatore Cacciola, por que será ? Está em Mônaco ou voltou para a Itália, e a extradição do banqueiro golpista que nos lesou em mais de 1 bilhão, durante a gestão tucana do FHC ?

Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB está passando despercebido depois do silencioso abafa no senado, esperamos que o STF aja com a mesma diligência com que fêz com os demais do mensalão...

E ai, Paulinho da Força Sindical e parlamentares da CUT com vergonha de aparecer, os trabalhadores continuarão perdendo um dia de seu salário para encher os cofres dos sindicatos e das respectivas centrais ?

Outra questão: será realmente importante a reconstrução do prédio da UNE, no Rio de Janeiro, com dinheiro do erário... cadê a independência do movimento que esteve à frente de tantas lutas e resistências ?

Não bastam a dependência do MST e assemelhados reivindicando cestas básicas para os assentados ?

Ou eu fiquei conservador e reacionário ou...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A CORAGEM DE ARRUMAR A CASA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
15.11.07 @ 12:00

Muitas vezes, motivados pelo comodismo, passamos um pano molhado no chão, uma varrida meia-boca e deixamos o pesado relegado para outra hora, quando puder...

Falarmos em reforma onde se discutirá remanejamentos de recursos, abolirmos impostos, redesenhar a engenharia financeira do orçamento, isso, convenhamos, é trabalho hercúleo, indo além da vontade política do(s) governante(s)...

Quem hoje é prefeito de sua cidade ou governador de seu estado, vai virar fera se interesses de seus quintais forem mexidos para pior... Amanhã, caso cheguem à Presidência do País, sofrerão as pressões que ora exercem.

Assim, continuamos tendo medidas profiláticas quando o problema se avoluma, origem da necessidade de termos a criação da CPMF, quando a Saúde - setor nevrálgico e gritante, como a Educação - sinalizou sua falência; então, convencidos ou persuadidos de que a causa era nobre...

Precisamos de uma reforma na legislação trabalhista - alguém se aventura a se indispor com as centrais sindicais, com a mídia populista do horário eleitoral, onde partidos, à socapa, votam contra os interesses dos trabalhadores ( na questão previdenciária, na manutenção do surrupio de um dia do salário, etc ), mas que se arvoram, frente aos holofotes, em arautos do trabalhismo ? ( vide PDT, PTB, PPS, PT, PSDB)

Quando se criam normas e leis, geralmente atendem à uma demanda de um setor, de parte da sociedade, ou aparentemente, visam ao interesse universal do grupo social.Quando se tenta abolir a legislação criada, contudo, tem se ferido os interesses motivacionais que a estabeleceu...

Penso - e não defendo ! _ que apenas em um regime de exceção, com amplos poderes, poderíamos fazer a cirurgia necessária, dolorida e sufocando os anseios, legítimos ou não, dos cidadãos...

Como isso, felizmente, não concordamos, ficamos na conversação, nos entendimentos, nas soluções meio, em detrimento de ações definitivas e conclusivas...

Como vamos mexer no vespeiro da reforma política, pleiteando-se cerceamento de benesses aos parlamentares, os mesmos a quem cabe aprová-la ?

Precisaríamos ter uma pauta de reformas, e a eleição específica de cidadãos para implementá-la, deixando os atuais políticos em suas legislaturas ausentes do processo, algo como uma mini constituinte ( perdõe-me se estou delirando).

Ou ficaremos vivendo de entretantos, nunca chegando aos finalmente...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

PERMISSIVIDADE INADMISSÍVEL...

de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
14.11.07 @ 16:58

Prefeitura de São Paulo fecha o shopping que seria inaugurado pelo chinês naturalizado brasileiro, Law Kin Chong.Com o flagrante de produtos pirateados encontrados em suas lojas, teve novamente a sua prisão decretada...

Este senhor foi flagrado em junho de 2004 tentando propinar o então deputado federal Medeiros para não ter seu nome envolvido na CPI da pirataria, a entrevista entre eles foi filmada, para não restar dúvidas...

Ocorre que em junho deste ano, a sua prisão passou a ser em regime aberto, ou seja, poderia continuar trabalhando e respondendo os processos sem privação da liberdade de ir e vir...

Ao ser considerado o " o rei da pirataria",ou da Rua 25 de Março, o mínimo que se poderia prever seria a sua deportação do País, por muito menos que isso na China o contraventor tem a pena máxima e a bala paga pela família...

Enquanto a polícia vive como cão e gato nas ruas das grande cidades perseguindo os camelôs, deixam de ir à fonte que os abastecem, como esse citado contrabandista, tido como grande empresário.

Enquanto as fábricas nacionais de brinquedos e de outros artigos vivem situação calamitosa,vítimas da concorrência desleal do contrabando, os portos e fronteiras do Brasil recepcionam o lixo asiático em nosso mercado...

E o Poder Judiciário, curiosamente, faz concessões inadmissíveis aos meliantes...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

SINAL VERMELHO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
13.11.07 @ 11:42

O Estado brasileiro dá sinais de falência, o seu modelo está esgarçado, roto, remendos sobre remendos, todos empurram com a barriga decisões delicadas e politicamente perigosas...

A reforma do Estado, com a inevitável questão da carga tributária, desconfio qual governo teria coragem política de empreendê-la, além do que os lobies de interesses diversos exerceriam uma pressão insuportável para puxar a sardinha para o seu lado, todos reivindicam e ninguém está disposto a ceder em nada...

O funcionalismo público tem critérios próprios de mobilidade na carreira, tem sistema previdenciário distinto do da iniciativa privada, há prós e contras, compensações, etc. Não se pode dizer que vivem em uma ilha de prosperidade...

Há diferenciações entre os funcionários públicos, há setores à mingua e noutros estão muio distantes disso, os vinculados aos poderes legislativos e judiciário, além do das forças armadas, distam, inegavelmente, dos demais...

Nisso a sociedade se ressente. Há populações de servidores dessassistidos, como os professores e servidores da saúde, setores vitais para o funcionamento da assistência direta aos cidadãos...

A previdência social do funcionalismo oferece garantias insustentáveis frente aos oferecidos pela iniciativa privada, ocorre que o caixa é o mesmo...

Isso é apenas umas das pontas das dificuldades do equílibrio nas contas públicas, há, ainda, a desconsideração com a "COISA" pública, onde todos metem a mão com se fosse um ente abstrato e sem limites nas concessões...

Assusta o volume constatado de fraudes noticiados, ralos em que se locupletam empreeiteiros e políticos, em detrimento do interesse maior do conjunto da sociedade...

A envergadura de uma reforma tributária tem a consistência e a problemática de uma verdadeira constituinte, isso sem falarmos na necessária reforma-meio, a política...

São decisões que envolvem mudanças de rotas, novo enfoque da função do Estado, questões de fundo, filosóficas, que vêm se arrastando e perpetuando excrescências como a CPMF...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
12.11.07 @ 17:37

Evidente fica a divisão dos interesses entre ´países ricos e os pobres dependentes da tecnologia deles...

O bio combustível é viável comercialmente, nos deixaria em uma posição de exportador ( talvez o maior do planeta, juntamente com os africanos), mas, alegam os senhores detentores da verdade, que a exploração desse meio de combustível renovável afetaria a produção de alimentos...

Mais afoitos, ainda, manifestam "imensa" preocupação com o avanço sobre a floresta amazônica, o pulmão do mundo...

A hipocrisia é a maneira com que o EUA trata o tratado de kioto, embora sendo um poluidor em potencial, nega-se a ceder controlando suas fábricas na emissão de CO2, isso, de exigências, fica para os dependentes, ou seja, nós...

A produção de alimentos, que sofre tanta restrição nos mercados internacionais, através de sanções tarifárias e protecionismos domésticos, volta à baila, com a certeza de que podem nos ditar todas as regras....

Continuemos produzindo grãos e comprando produtos de alta tecnologia dos eternos donos do planeta, isso de espaço para os pobres é coisa secundária, servimos mais como quintal deles do que parceiros...

A verdade é bem esta: se optarem pelo biocombustível passarão a ser importadores para atender à formidável demanda, afinal eles não poderiam destinar suas plantações para a cana de açúcar, não sem ficarem mancos nas safras internas de alimentos, ficando, assim, dependentes de nossos produtos...

Com o biocombustível seremos fornecedores e não seremos tratados com restrições indesejáveis...

Imaginem os colonizadores ficarem à mercê dos colonizados ?

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A DIPLOMACIA BRASILEIRA....

A inegável influência, por ser a maior economia do continente sul americano, deixa o Brasil em uma posição de conciliador de interesses nas cercanias...

O velho e roto discurso emancipacionista que utiliza o maquiavélico sistema de análise de imperialismo norte-americano de um lado e explorados terceiros-mundistas de outro, em que pese alguma veracidade, morreu de morte natural, já não se sustenta como bandeira...
As negociações em bloco, para ter respaldo e força política, precisam de maior disposição para o entendimento, afinal, de forma isolada, poderemos ter alguns trunfos, mas no coletivo temos maiores possibilidades de fazer valer nossos interesses comerciais aos ianques e à comunidade européia ( vejamos os impasses na rodada Doha, sobre a queda de subsídios agrícolas nos países ricos...)

Querelas e escaramuças haverão de palmilhar os ásperos caminhos da diplomacia pátria em conciliar bravatas chavistas e de coadjuvantes sulamericanos, contudo, atrás de questões que insistem em ideologias políticas, camuflam interesses comerciais...

Chaves arrota fanfarronices por possuir jazidas consideráveis do produto mais desejado do planeta, o petróleo, cujas cotações estão altíssimas, a Bolívia tenta recuperar perdas de negócios desfavoráveis à sua pequena economia e encontra na exploração do gás natural seu trunfo e no Brasil e na Argentina seus dependentes...

A arte da diplomacia sugere muita conversação, paciência e alguma tolerância ...

A NOVA SOCIEDADE...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
08.11.07 @ 16:19

Talvez seja pretencioso o sub-título "nova sociedade", mas na existência desse setor intermediário entre o topo da pirâmide e a base da estrutura, talvez esteja o oxigênio do próprio capitalismo...

Empreendora, tenaz, sofredora, mantém os valores de ascensão, formando a miríade de atividades meios na escala de produção e de consumo, fomentando principalmente o comércio.

São constituídas de elementos oriundos de antigos funcionários de estatais privatizadas, empregados egressos de grandes empresas, que buscam na liberdade de serem donos de seus narizes, por opção ou necessidade de reinserção em um mercado restritivo e seletivo, normalmente pela faixa etária.

Podemos localizá-los à frente de pequenos comércios, do fast food às lojas de lingerie, da prestação de serviços aos profissionais liberais, ativam a economia e geram a maior fatia dos empregos...

Com a onda de privatizações vivenciadas recentemente vamos encontrá-los gerenciando suas atividades, sufocados pela legislação obsoleta e impositiva, sobrevivendo aos safanões...

Até 1996, quando se criou a Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas, ser empresário era uma aventura ainda mais arriscada, afinal, sobre a folha de pagamentos incidia a sufocante alíquota de 20% apenas para recolhimento previdenciário.

Pelo princípio da Isonomia de tratamento ( todos são iguais perante a lei) ser patrão em uma pastelaria tem o mesmo impacto do que ser dono de uma grande empresa, com exceção do SIMPLES, as regras para o pequeno empreendedor frente aos seus contratados em nada difere.

Ou fica-se na informalidade, sujeito a perder o que acumulou nas varas trabalhistas ou equlibra-se na corda bamba para honrar tanta burocracia restritiva de qualquer iniciativa.

Fomentar as atividades meios, multiplicar iniciativas que absorvam a massa assalariada que não encontra espaço nas grandes corporações, incentivar com legislação mais factível de ser cumprida, acesso ao crédito bancário com juros civilizados e deixar o barco correr...

Uma economia é tão ou mais sólida com a existência de sua classe média, é só o governo não entulhá-la de restrições e penalidades inúteis...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

AINDA SOMOS UMA COLÔNIA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
07.11.07 @ 11:18

A briga pela aprovação da CPMF parece jogo de cena, até que gostaria que não fosse, que efetivamente tívessemos uma Oposição ( com Ó maiúsculo, mas...), assim obrigaria o governo a não nadar de braçadas e ter que dar maiores explicações sobre tudo...

Mas o que me incomoda, nesta manhã, é a visita de parlamentares dos dois partidos norte-americanos, republicanos e democratas, desembarcando em solo pátrio para verificar as condições de trabalho escravo em nossas carvoarias...

Partindo de denúncias de organizações de direitos humanos, inclusive sediadas aqui, o motivo da investigação que nos envergonha...

Sabemos que somos não um País, mas um continente, com abissais diferenças regionais de desenvolvimento, mas parece-me ultrajante que tenhamos esse tipo de intervenção.
Nada de sentimento patriótico, bem longe disso, mas de pejo mesmo, pela falência de nossas instituições em zelar pelas mazelas domésticas, afinal, diz o ditado que roupa suja lava-se em casa...

Sem menosprezo aos nossos irmãos africanos, mas não estamos vivendo em um estado de arbítrio e de exceção, ou de miséria extrema, que os acomete, para termos que nos valer de denúncias internacionais para atrair atenções de nossas autoridades...

No regime ditatorial nos valemos desse expediente para mostrar os abusos aos direitos humanos no Brasil, pelo amordaçamento das vias de expressão interna, aí era outra história...

Há um fundo destinado às melhorias das condições dos povos, do qual o Brasil também recebe parcela de recursos, o que vem diminuindo com o decorrer dos anos e, ainda que considerem e apoiem as iniciativas do Presidente Brasileiro na luta contra a fome, a visita incomoda...

Ainda estamos com nossas feridas expostas, mendigando donativos, somos ainda uma colônia...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

TERCEIRO MANDATO NÃO É QUESTÃO DE QUERER...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
06.11.07 @ 11:25

Recordo-me de que se cogitava, ao término do segundo mandato do governo FHC, especulações semelhantes. Ele também gozava de grande aceitação no governo, havia estabilizado a moeda e parecia nome seguro para os empresários, diante de um sindicalista, embora já em tom ameno, que despontava mais uma vez para "ameaçar" o Poder...

Após a quarta disputa, com o PT higienizado pelos espectros da esquerda radical que se hospedava sob a sigla, e que foram despejados graças ao então presidente da legenda, José Dirceu, figura emblemática do confuso primeiro mandato petista...

Lula, enfim, parecia palatável ao gosto da democracia burguesa de representação popular, sem ideologias e com muita fisiologia, ou seja, mais pragmático com as leis de mercado, obediente aos mandamentos neo-liberais de combate à inflação e a estabilização da moeda, etc...

Melhor para todos, principalmente para o País, pois, enfim, desencantou-se o que parecia mais arriscado, a eleição de um representante doidivanas que transformasse sua passagem pela Presidência em uma aventura sindicalista.

As constantes viagens presidenciais do primeiro mandato serviram para exibir ao mundo de que não havia ameças e que poderiam apostar no Brasil, o que se confirmou com o aumento de exportações e dólares na nossa economia, com o risco Brasil em níveis memoráveis...

Lula, por enfim, não era uma ameaça, talvez uma continuação segura da política implementada por seu antecessor, também com o cunho social-democrata, com um viés de melhorias sociais, sendo atropelado no decorrer do seu primeiro mandato pelas práticas e vícios já existentes no ninho do Poder, mas inconcebíveis na ética e no altar em que se colocam os santos - bandeiras de mudanças comportamentais que, infelizmente, malograram.

Queriam, ou não, o Brasil hoje é melhor visto no resto do mundo civilizado, as posições sérias com a sua diretriz econômica o distingue dos vizinhos ainda seduzidos pelos cantos da antiga e esclerosada esquerda nacionalista, onde exameiam Hugo Chaves, Evo Morales e coadjuvantes oportunistas...

O instituto da reeleição é defensável, sendo a recondução consecutiva por mais uma vez, fora isso é inaceitável; não faz parte de nossa cultura política, nem mesmo a Argentina, onde o Presidente seria novamente eleito, ocorreu...

Com a eleição de Lula acabou a dúvida e a eterna indagação: o que seria desse País com ele ? O mundo viu que pode apostar no Brasil, e os números estão aí...

Governantes passam... com ele, ou sem ele, acreditemos no nosso País !

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

DIAGNÓSTICO ALARMANTE...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
05.11.07 @ 10:52

Enquanto pensam em remanejar recursos da CPMF para a Saúde, aliás, pretexto original para a sua criação, leio, consternado, a manchete que informa que os desvios de recursos na saúde, via fraudes, chegam a 613 milhões de reais...

Coisas e negociatas de alto calibre, originárias em gabinetes de políticos que deveriam estar trabalhando para uma sociedade melhor e não tão castigada como a nossa.

O segundo maior setor a sofrer com os desvios e o Ministério da Educação...

Chegamos ao limite da tolerância cívica, onde a frase dita por John F. Kenedy " Não pergunte o que o seus País pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu País" perdeu totalmente o sentido para nós...

Ora, se os ralos estão na Saúde e na Educação, o que mais nos resta como civilização ?

Evito postagens negativas, tento cultivar esperanças, e até abomino ocultamente os colegas comentaristas pelo seu eterno ceticismo...

Hoje, infelizmente, uno a minha voz ao coro dos desesperados...

sábado, 3 de novembro de 2007

O PAÍS DO TETO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
03.11.07 @ 23:05

Vivemos uma inverossímil realidade, que seria cômica se não fosse trágica...

Em tudo temos limites, na redução dos juros, no fim da cmpf, do imposto sindical compulsório, na reforma da previdência....

Até para crescermos temos imposições insustentáveis, o País pára se crescer ( dá para entender ?) , se aumentar a produção industrial, o gasto de energia, podemos ter um black out, um apagão, agora por falta de gás ...

Se a taxa básica de juros avançar na queda acelera a inflação e ameça a estabilidade da moeda, pague-se, então, mais juros aos banqueiros...

Com economia aquecida o setor aéreo entra em pane, descostumado com a demanda, talvez porque a Classe Média C e D estejam viajando...Aí o ministro da defesa questiona o tamanho dos assentos nas aeronaves, com prováveis aumentos nas tarifas...

Se a previdência aumenta o déficit, aumenta-se o limite na idade para a concessão dos benefícios ( mesmo em um País que ainda não consegue suprir toda a demanda por novas vagas no mercado de trabalho)...

Vejo políticos da base aliada, participando da coalizão do governo vir na televisão denunciar ( como se quisesse se desculpar pela traição)que "pretendem votar" contra os interesses dos trabalhadores na questão previdenciária, o mesmo deputado Paulinho,do PDT,presidente da Força Sindical, uma das centrais sindicais, além da CUT govenista, impedindo o fim da excrescência compulsória que se apropria de um dia de trabalho dos assalariados, sindicalizados ou não...

Só esqueceram de estabelecerem um teto para as indecências cometidas contra o decoro e o respeito à sociedade...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

NEM TODOS SÃO HERÓIS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
01.11.07 @ 18:00

A tarefa do piloto a quem coube a missão de soltar a bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, cujo feito marcou a humanidade pelos seus resultados funestos e deploráveis, não é diferente da quem tem por função apertar o botão para matar o condenado à câmara de gás ou ser eletrocutado, poderíamos dizer que se encontrava no cumprimento de seu dever de militar em guerra, executando ordens...

Possivelmente não tenha passado por ele os temores imaginados por outros homens, ao que constam se arrastarem em crises existenciais por seus atos, ou melhor por suas invenções...

Há informações de que o sueco, engenheiro civil, inventor e químico Alfred Nobel, cujo invento da condensação da nitroglicerina, conhecida como a dinamite, para fins exclusivamente de facilitar os trabalhos dos homens, jamais se conformou com o uso bélico de seu invento...

O brasileiro Alberto Santos Dumont, também, não poderia prever que a aviação viesse a ter motivações diversas e para fins de combates aéreos...

Paul Tibbets, falecido aos 92 anos, não teria talvez tido maior expressão em sua vida, além do círculo próximo de amigos e familiares, não fosse a missão de soltar a bomba de Hiroshima...

Elegê-lo como tirano ou sacralizarem-no como herói depende mais dos olhos de quem vê...

OS RICOS PREOCUPADOS CONOSCO ?

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
01.11.07 @ 13:41

Acabo de ler o texto em que, salvo engano e precipitação minha, deduzo que a União Européia, a mesma que resiste, juntamente com o EUA, a cederem na rodada de DOHA à diminuição de subsídios agrícolas em suas fronteiras, o que facilitaria o comércio internacional dos países exportadores de grãos, ou seja, os mais frágeis na escala da economia mundial, os pobres; eles, justos eles, elencam uma série de razões ( ou preocupações) com o uso do etanol em substituição à gasolina ...

As razões humanitárias descrevem as condições escravocratas existentes no plantio e no corte da cana de açúcar nos Brasil, com a exploração de mão-de-obra barata e ganho por produção de menos de 1 dólar por tonelada da colheita do produto, do qual extrai-se o álcool...

Consideram, ainda, que a expansão do uso do etanol da cana-de-açúcar acabaria por prejudicar a produção de alimentos, com o desmatamento de nossas florestas, ávidos por espaços para atender à formidável demanda...

O que se infere do relatório, contudo, disfarça mais o interesse deles do que os nossos propriamente, visto que a cultura de alguns produtos, quando em alta, também comprometem àreas de florestas, seja na expansão agro-pecuária como no caso específico de algumas plantações, como a soja...

O que ocorre está no próprio relatório deles, onde constatam que a União Européia terão que importar o combustível e o óleo de dendê, para suprir a demanda deles, favorecendo os países em desenvolvimento, como o Brasil.

Parece curiosa a preocupação, pois se quisessem, realmente, manteriam políticas mais humanitárias nas transações comerciais conosco e com os países em desenvolvimento no globo, onde funcionamos mais como consumidores de seus produtos com valor agregado do que vendedores de alimentos em igualdade de condições...

Na verdade eles não suprimiriam a sua demanda interna e necessitariam de nossa produção, isso sem estabelecerem imposições tarifárias desvantajosas para nós, mas isso eles não querem, não é ?

A nossa extensão territorial permite-nos várias culturas simultâneamente, quanto a eles, não seriam auto-suficientes na produção de álcool combustível (não sem abrirem mão de suas plantações agrícolas...)

Contudo, o relatório expôe de maneira verdadeira as condições de sub-emprego enfrentados em nosso ´País e em que condições desumanas são tratados os trabalhadores rurais, principalmente os contratos para o período específico das colheitas e das safras agrícolas...

Interessante, pois tornam-se fraternos e preocupados com as mazelas do terceiro-mundo de acordo com as suas conveniências...

Que o espírito humanitário persista em nosso favor na rodada de negociações Doha...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

ÂNIMOS EXALTADOS POR MUITO POUCO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
31.10.07 @ 14:47

Falar da Argentina, em termos futebolísticos, é como contar piadas de português, onde o portuga sempre leva a pior... Todos riem e ninguém leva à sério, faz parte antológica de nossos costumes.

A rivalidade Maradona x Pelé, é um bom exemplo, tivemos que engolir um bom jogador argentino (Tevez) comprado a alto custo para defender recentemente o mais popular time brasileiro, o Corinthians. Tinha até uma bem sacada peça publicitária que mexia com os brios verde-amarelos sobre o assunto, aquele comercial de carro em que crianças jogando bola falavam em espanhol ( ou portunhol)...

Afinal, a tal copa do mundo não era sonho idolatrado por todos os brasileiros, que vivem e dormem com essa paixão nacional ? Tivemos o Pan, foi bem feito, fizemos bonito como anfitriões e como competidores, aonde o problema ?

Na verdade, por hábito, criamos um eterno pessimismo, onde tudo é para dar em nada, por que isso ?

Provavelmente é porque ocorra no governo petista e, condicionadamente, tudo que vier do Lula e de seus aliados não presta...

Há críticas e críticas
....

terça-feira, 30 de outubro de 2007

O PT PERMANECERÁ, APESAR DELES...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
30.10.07 @ 16:00

Os sucessivos escândalos verificados por aqueles que, em promessa, vieram para extirpar os câncros da velha maneira de fazer política resultaram em malogros...

Em muitos casos, como o do mensalão, sequer tiveram o cuidado de serem inéditos, copiaram o modelo já existente, talvez porque tenha dado certo até então...

A comparação é grotesca, mas é a que me ocorre, talvez pela paixão que desperte entre os torcedores. Imaginemos o seu time do coração caindo sempre nas tabelas e você, desanimado, continuar carregando a bandeira, com a sensação de estar cada vez mais só...

No caso do futebol, o time perde hoje e ganha amanhã, isso não interfere em nada na economia e nos rumos de um país, já com o partido político, a coisa é mais séria, bem mais...

O PT foi construído por várias gerações, decantado das fusões partidárias, selecionado, promessa vigorosa e salutar dos tempos da redemocratização do País, não veio com fórmulas antigas, não era ao menos uma sigla esquecida e requentada, era nova e trazia o vigor e a esperanças de um porvir melhor... era a excelência dos movimentos populares, sindicais e de setores intelectuais engajados.

No íntimo tinha medo, o mesmo que vitimou os seguidores da demagogia janista, apeados de seus ímpetos na renúncia de um lunático, que despiu dos sonhos antigas gerações, algumas que jamais voltaram a acreditar na política partidária...

O desafio, todavia, permanece, o de sobreviver enquanto opção, apesar deles, dos faltosos que vestiram e se serviram do Poder, se lambuzando como baratas diante ao melado...

O PT não é a paixão por um líder carismático, mas a aposta de uma sociedade igualitária, democrática, e, sobretudo, honesta no jogo político, que haverá de permanecer, apesar deles...

Nas urnas, nas plenárias, haveremos de separar o joio do trigo.

NEM FEDE, NEM CHEIRA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
30.10.07 @ 10:06

Curiosa a preocupação de José Sarney com o aparato bélico da vizinha Venezuela...

Não consta que estejamos em atritos diplomáticos com o citado vizinho, pelo contrário, temos transações comerciais vantajosas na balança comercial com eles...

A Venezuela não se trata de apenas mais um Paizinho nas cercanias, eles ainda detém as maiores jazidas petrolíferas depois da região do Oriente Médio...

Por esse raciocínio, deveríamos ficar atentos com o aparelhamento bélico norte-americano e outros...

Sermos nós a criarmos obstáculos ao ingresso da Venezuela no Mercosul não me parece prudente em nenhum aspecto...

Será que a Argentina, também beneficiária das benesses Venezuelanas, tem a mesma opinião quanto a esses fatos ?

Afinal, defendemos, ou não, a independência de cada nação em seus assuntos internos ?

Se o Bush está de barbas de molho, que não sejamos nós os garotos de recado dele...

Eles que se entendam !!!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

AS FACETAS DAS MISÉRIAS HUMANAS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
26.10.07 @ 20:53

Vivemos numa sociedade em que tudo é admissível, assimilável, consumível...

As prostitutas em greve de fome na bolívia é apenas um quadro dessas mudanças de valores;

Há países que toleram e legalizaram o consumo de drogas, evitando-se a discriminação e a criminalização, talvez pretendo-se com isso deter o comércio paralelo, o narcotráfico, etc...

Aqui ainda temos tabus, recentemente fecharam as casas de bingos, dando-se por vencidos quando se trata de combater o jogo do bicho, provavelmente por ser mais difícil a fiscalização ( engana que eu gosto !)

Há defesas para as três situações, todas pertinentes.

A legalização dos jogos de bingos e dos cassinos, argumentam que motivaria o turismo, geraria empregos diretos e impostos...

A descriminalização das drogas, que serviria aos usuários como se vendem remédios nas farmácias poderia arrefecer o narcotráfico e a violência...

Quanto às prostitutas, reconhecidas profissionalmente, teriam os benefícios de qualquer trabalhador frente à previdência social e o direito, inclusive, de se associarem em órgãos representativos de seus interesses... Seria o fim dos cafetões e rufiões.

A dinâmica dos costumes, alteram valores, e estabelecem novos parâmetros, difícil é manter-se moderno com tantas mudanças...

Onde assustar-se com isso é ser reacionário...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

PERGUNTAR NÃO OFENDE....

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
25.10.07 @ 12:58

Quando alguém queria dizer para outro o que estava pensando e, antecipadamente, se desculpava, vinha com esta: perguntar não ofende...

Sabíamos de antemão que a CPMF veio para ficar e que não há interesse da oposição em perdê-la como receita, ocorre que algumas questões, sempre a título de especulação, claro, me ocorrem:

- Licenciaram o que deveria já ser defenestrado, o Renan Calheiros;

- Anistiaram o passado do senador tucano Azeveredo, então líder do partido no congresso, não o punindo por ter sido o criador do mensalão, o mesmo crime em que estão incursos ainda como réus 40 acusados;

- Até agora continua o impasse da extradição de Salvatore Cacciola, a pedra no sapato tucano, origem de um escândalo mal solucionado no governo FHC/PFL...


A próposito, quais as desculpas, quero dizer, as exigências da oposição para aprovarem a prorrogação da CPMF ?

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

NO TERRENO DAS ESPECULAÇÕES...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
24.10.07 @ 14:24

A política é rica em especulações, nesse campo façamos algumas considerações, nada provável ou improvável, apenas exercícios de futurologia, tão ao gosto da crônica de bastidores:

- Hipótese primeira: Serra ou Aécio, um ou outro, vencido pela realidade sujeita-se a ser coadjuvante, imperando o espírito de renúncia e despreendimento ( o que para ego de político cheira falso...) em favor da causa. Um abre mão em favor do outro e conforma-se em ser o vice;

- Hípótese segunda: Dilma Rousself, vencendo eventuais e prováveis resistências, sai favorita e Ciro Gomes, também num exercício franciscano de abdicação, aceita ser vice dela na chapa que uniria a base política do governo;

Lula, inegável cabo eleitoral, uniria o Norte/Nordeste, Dilma mexeria com os brios gaúchos, além de ser a candidata mulher pela primeira vez com chances de chegar à presidência, num universo onde o voto feminino suplanta o masculino, embora não signifique uma adesão expontânea por isso... A presença de Ciro Gomes na chapa deixaria o nordeste representado, unindo-se os extremos geográficos.

A dobradinha tucana teria o aval dos 2 maiores colégios eleitorais, Minas e São Paulo, mas teria a antipatia de ressuscitar a política do café-com-leite, detestada historicamente por sulistas e nordestinos...

O fato de São Paulo ser o maior colégio, nas últimas eleições votaram aproximadamente 29 milhões de eleitores - sendo que o PSDB está no governo do estado há mais de 14 anos, o petismo perdeu nestas plagas por apenas 1milhão e 20 mil votos nas últimas eleições contra o tucano Geraldo Alckimin; sendo que nadou de braçadas em Minas, com mais de 3 milhões de vantagem, apesar de o governo ser tucano e bem votado...

A favor de Dilma, além de ser mulher, algo inédito em nossa política com reais chances de ser eleita, o fato de não ter o ranço que tanto maculou Lula, de não ter "estudo", articulada, carismática, competente e, até agora, infensa à quaisquer dúvidas quanto à sua reputação, que tantas nódoas respingou nas biografias de seus parceiros de partido...

Aécio e Serra, ou vice-versa, suas trajetórias políticas falam por si.... o risco é o isolamento em apenas uma região, que embora mais populosa, ainda que saíam em vantagem numérica no sudeste, teriam que convencer as demais regiões, que na somatória....

Resta uma questão para a dupla dinâminca tucana, os DEM ficariam como ?

As cartas estão na mesa, essa é apenas uma das possibilidades, façam suas apostas....

PRIVATIZAÇÕES À VISTA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
24.10.07 @ 12:18

A ministra Dilma Rousself anuncia ou adianta o interesse do governo em iniciar as privatizações dos aeroportos do País...

Recentemente tivemos os leilões das concessões de explorações privadas das rodovias federais, via pedágios.

Embora já paguemos IPVA e a tal de CIDE, o remédio é tolerado por algumas razões:

- As empreiteras contratadas pelo Estado, através de duvidosas licitações, superfaturam os serviços no decorrer das obras com aditivos ao orçamento e nem sempre utilizam os melhores materiais em suas obras. Além de se evitar os lobies que infestam os corredores palacianos, sequiosos por fatias de milionárias realizações...

- A demarcação de trechos em diferentes empresas privadas torna-se mais fácil e prático a conservação das estradas e palpável a figura do responsável em questões de reclamações, momento em que o Estado se evapora diante aos cidadãos, escondido em tanta burocracia...

- O critério de concessão entre os que tiveram o preço mais barato para o usuário fêz com que os preços a serem praticados sejam menos onerosos do que se paga atualmente nas estradas pedagiadas no Estado de São Paulo, por exemplo.

Quanto aos aeroportos, os critérios devem primar pela transparência, sendo que ao Estado deve caber sempre o papel de fiscal rígido quando o interesse público for melindrado por negligências ou abusos das concessionárias de tais serviços...

Em tempos distantes, quando o Brasíl era pouco mais que uma grande extensão de terras a perder-se no horizonte, tivemos que ter uma empresa pioneira que investisse na incipiente indústria nacional, isso no governo de Getúlio Vargas,e falamos da Vale do Rio Doce, hoje privatizada e uma das maiores empresas do planeta em vários países...

Não faz tanto tempo que a telefonia em nosso País era truncada, cara e inacessível para todos.Ter-se uma linha telefônica em São Paulo, uma das maiores metrópoles planetárias era privilégio de poucos, onde muitos viviam da exploração de aluguéis e para se montar um comércio pagava-se caro seja pelo aluguel ou pela aquisição.

Sem discursos ideológicos e obsoletos, que o Estado a tudo fiscalize e priorize suas funções na Saúde, Educação, Previdência, Segurança, infra-estrutura....Talvez tenhamos um Ente mais próximo dos cidadãos.

Em tempo: por que não se abrir concorrências para desbravar este País em todos os quadrantes via ferrovias, estimulando-se investimentos privados e unindo-nos do Oiapoque ao Xuí ?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

NEURÓTICA ROTINA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
23.10.07 @ 12:35

As empresas devem buscar valores motivacionais para impulsionar os anseios de seus funcionários...

A rotina, por si só, neurotiza. A própria locomoção cotidiana se incorpora em desgaste que, no íntimo, registra-se como parte do trabalho empreendido, ainda que nada tenha com a função exercida. Isso se manifesta em todos os escalões, seja com condução própria ou transporte coletivo...

Quando a atividade pode ser mensurada como produção, talvez a motivação seja fundamental, sem correr o risco do estresse da competição dentro do ambiente de trabalho, ai deve funcionar o trabalho em equipe, os resultados não devem recair exclusivamente sobre um nome, mas coletivamente apurado ( entre si os próprios se encarregarão dos ajustes necessários...)

Imposição de metas é algo perigoso. Comumente vemos o setor de serviços bancários onde os funcionários devem atingir determinada quantidade de vendas de produtos, sendo o cliente compelido, muitas vezes, às compras até para ajudar esse ou essa que o atende gentilmente...

As doenças de origem funcional crescem alarmantemente, geradas mais por pressões de metas do que propriamente por execução de tarefas...

Tem pessoas que começam a sonhar na segunda-feira com o próximo fim-de-semana, sendo que a noite do domingo já é a tortura do recomeço...

Com o tempo, resta o sonho com a aposentadoria como o fim da escravidão...

Ai a vida perde o sentido, trabalhou para viver ou viveu para trabalhar ?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

AS MAZELAS DE CADA POVO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
22.10.07 @ 19:10

O estado paralelo, que extorque e ameaça, se sobrepondo às leis e fazendo as suas próprias...

O tráfico de drogas encarapitado nos morros cariocas, nas periferias dos grandes centros, onde o silêncio é condição de sobrevivência e o aparato policial geralmente impotente ( quando não conivente)...

E a polícia em hora-extra, vendendo proteção a comerciantes, como um acréscimo a soldos escassos...

É o lenocínio praticado em vias públicas, em bordéis fantasiados de hotéis, para todos os gostos e bolsos...

A jogatina escancarada em visíveis pontos, em cada boteco de qualquer cidade, no eterno e persistente jogo do bicho...

É o jeitinho, a vista grossa, a propina insinuada...

Será a herança de nossos antepassados, colonizadores da terra brasil, degredados do velho continente europeu ?

A máfia italiana, que fatura como uma grande empresa pelo crime organizado e que por nós é vista em filmes, tem um quê de familiaridade...

domingo, 21 de outubro de 2007

REPÚBLICA DAS BANANAS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
21.10.07 @ 12:55

Por muito tempo fomos tidos e havidos como uma verdadeira república das bananas, o que engolíamos mesmo com indigesta insatisfação...

Do fim do império até a nova república tivemos longos períodos de arbítrios e golpes, sendo que a consolidação de uma convivência democrática de forma linear e contínua sofreram soluções de continuidade...

O golpe militar engendrado em período recente atendia mais a uma conjuntura internacional, onde o planeta se dividia entre duas posições antagônicas, EUA e URSS, isso sem contar com as investidas socialistas na américa central onde se destacava a ilha de CUBA e o predomínio da gigantesca CHINA vermelha, na àsia...

Contudo, com o fim da dualidade, onde se pontificou emblematicamente com a queda do muro de Berlim, o mundo passou a se ater em outros valores, sobrepujando mais interesses comerciais do que predomínio e dominação política de uns sobre os outros...

Neste contexto, figuram como teses acadêmicas a questão esquerda x direita, bem mais do que ameaças da supremacia de uma posição sobre a outra...

Em termos sociais, não há espaços para a direita tradicional, tampouco para a esquerda ortodoxa, pois tem prevalecido uma crescente e pragmática sociedade em busca da solução de suas dificuldades e, felizmente, uma crescente preocupação com a inclusão de setores outrora dessassistidos...

O fenômeno acontece pela própria dinâmica da economia de mercado, ou seja, no próprio capitalismo que fomentou ideologias socialistas para se contrapor à sua ferocidade inicial...

Nestes novos tempos, as sociedades têm se preocupar com a educação de seus membros e a qualidade de vida para competirem no mercado comercial do planeta...

As palavras de ordem, são : educação, saúde, inclusão social...

O Brasil, apesar de sua adolescência democrática e até mesmo civilizatória ( temos pouco mais de 500 anos de descobrimento), trilha pelos novos caminhos, onde a eleição de um homem do povo e sindicalista, só demonstrou maturidade em suas insitituições republicanas - mesmo descontando-se os naturais equívocos administrativos...

Figuras como Chaves nos interessam como parceiros comerciais, não como modelos de administração política, felizmente...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

BENEFÍCIOS DUVIDOSOS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
19.10.07 @ 07:55

Leio que o senado federal cria lei que estimulará a licença maternidade dos atuais 4 para 6 meses...

Será estímulo os 2 meses, por que será facultativo, ou seja, o patrão concede ou não o benefício, o governo continuará respondendo pelos 4 meses como faz atualmente.

Em todo benefício concedido cria-se uma situação perigosa para o beneficiado; seja por que o diferencia dos demais e fica oneroso para a empresa, sujeito, portanto, à perda do maior dos benefícios, o emprego...

Recordo que há categorias profissionais que recebem um diferencial no salário com a rubrica de anuênio. no meu tempo os bancários tinham esse direito, através de convenção coletiva. Era uma maneira de se premiar a antiguidade do funcionário, um percentual a mais por ano de serviço.Com a rotatividade no setor, adivinha quem tinha a preferência para a porta da rua ?

Há empresas que só contratam funcionários que morem nas proximidades e que utilizem apenas uma condução, muitos mentem e pagam a diferença do bolso para não serem discriminados na seleção...

Isso sem contar as mulheres que omitem terem mais de um filho para não encarecer no salário família...

Ocorre que a lei é igual para todos, seja para a grande empresa como para as micros e pequenas, que são as responsáveis pela maior parte das contratações, cerca de 60% dos contratos.
Porém tem que suportar os beneficios consignados nos acordos coletivos das categorias mais organizadas, como a dos metalúrgicos que conseguiram taxar a multa de 40% sobre os depósitos fundiários do FGTS em caso de demissão imotivada e acabou sendo estendido por lei para todos, às pequenas empresas inclusive...

As grandes empresas tem o benefício de descarregar despesas nas contribuições ao Fisco, no caso no Imposto de Renda; nas pequenas não se atinge o teto para pagamento e, portanto, não há compensação...

Manter uma pequena atividade torna-se oneroso para o micro empresário, que acaba comprometendo o seu pequeno patrimônio para fazer frente às injunções da lei , ou desiste da empresa ou cai na informalidade de vez...

Imaginem a padaria, o mercadinho, a mercearia, os salões de barbeiros, a banca de jornais, a quitanda, as pequenas lojas, os açougues, as sapatarias, os amoladores de facas, as costureiras, os alfaiates, as pequenas lan-houses,etc, etc., respondendo por um legislação semelhante às preconizadas para as grandes empresas, com todo o rigor da lei...

Em um País com índices alarmantes de desemprego, onde a informalidade compromete as receitas da Previdência, e se atulham as varas trabalhistas de pleitos enforcando na nascente o empreendorismo daqueles que querem sobreviver por conta própria...

O projeto a meu ver é demagógico, pois transfere ao empregador o incômodo de negar um benefício divulgado, como acontece com a dona de casa que não pode cumprir o que a lei “faculta” de depositar os 8% de FGTS para a sua empregada doméstica, gerando um clima de descontentamento no ambiente, quando não a supressão da vaga...

No caso específico das empregadas domésticas, tem havido decisões inacreditáveis na justiça considerando-se habitualidade a prestação de serviços em apenas 1 dia na semana da diarista, condenando-se empregadoras a arcar com as responsabilidades contratuais de uma mensalista, são decisões irreais e divorciadas, totalmente, de nossa realidade...

Não adianta a concessão de benefícios que podem se virar contra os beneficiados, os próprios trabalhadores...

Como advogado já presenciei absurdos de juízes, com o clássico: Quem não tem competência que não se estabeleça ! Frente a constrangidos pequenos empresários, cujo único erro talvez seja se aventurar a querer ser dono de seu próprio nariz e gerar empregos...

Melhor seriam incentivos para desonerar a folha de pagamentos, estimulando-se a contratação e não se impedindo a formalização das atividades...

Vivemos em um País em que não se discute com franqueza suas debilidades e continuamos copiando legislações de países europeus,como a própria origem da CLT, do fascista Mussolini, ricas de proteção e de benefícios, que, infelizmente, não se concretizam na realidade...

Sem dúvida o maior gargalo na economia é a legislação restritiva, que constrange e estrangula o lado criativo e empreendedor de milhões de vocações empresariais dos brasileiros...

Enquanto os legisladores não se debruçarem sobre o Brasil real, não haverá soluções ou luz no fim do túnel, lamentavelmente...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

COISAS DISTINTAS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
18.10.07 @ 12:23

Reputo o metrô como conquista da cidadania paulista, embora conheça o metrô carioca e também não tenha notado grandes diferenças, ambos são confortáveis e.... limpos !

Conheço o mesmo serviço de outros países apenas por filmes, e a impressão, pelo menos dos norte-americanos não é das melhores. Vagões e estações pixadas, clima soturno...

Por falar nisso as fotos do metrô parisiense de hoje nos dão conta de superlotações em função de greves nos setor...

O que me intriga, contudo, são os vagões da CPTM, afinal os usuários transitam pelo metrô fazem a conexão com os trens dos subúrbios mas é como a travessia para o inferno...

Embora vagões espanhóis modernos e confortáveis, como a continuação do metrô, isso até fazermos a transferência para outros que parecem latas enormes, onde, além do desconforto, vive-se o clima de um verdadeiro mercado aberto,com pedintes com seus rosários de lamentações e ambulantes vendendo de tudo e aos berros....

Há sinais de depredações antigas e vandalismos em escritas, vidros danificados, isso quando não ocorrem paradas intermitentes e enervantes no meio do caminho...

É como se tivéssemos duas categorias de passageiros, onde se é respeitado até determinadas estações e vive-se à própria sorte nas demais...

Ali não se respeitam lugares reservados, pois muitas vezes estão superlotados e amontoados coisas e pessoas...

Nas horas de picos, você é conduzido e não se conduz, de dentro para fora como na ordem inversa...

DOSANDO A PÍLULA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
18.10.07 @ 10:13

Já se disse que no Brasil, além de qualidades ditas que de médico, poeta e louco todos temos um pouco, acrescento também a de técnico de futebol ( mania nacional) e de palpiteiro em economia ( talvez pelos sucessivos planos econômicos em passado recente)...

Não tenho elementos técnicos para abalizar o comportamento da reunião do copom que decidiu pela interrupção da queda na taxa da SELIC, mas o BC conta com uma certa reserva moral, principalmente depois que demonstrou acertos na recente prova em que mercados foram afetados pelos tremores na economia americana e no Brasil os efeitos foram superficiais...

Falar mal do BC, cunhá-lo de conservador, elegê-lo como o Judas em sábado de aleluia, pedir a intervenção do Presidente da República, etc, etc... são matérias que entulharam os meios de comunicação, assunto de primeira linha em qualquer debate político, principalmente para criticar a política econômica do Governo.

O ano de 2003, apertadíssimo, foi o auge da escalada dos juros praticados, chegando-se ao absurdo de termos a estratosfera de 26,5% , culminando com os juros mais altos praticados dentre as economias mundiais relevantes...

Em 2004, o resultado de tanta precaução dava sinais de acertos, registrava-se um crescimento no PIB , ainda anêmico, mas superiores aos demais períodos, que foram pífios ou de retração...

Em 2005, o palco foram os sucessivos escândalos na esfera política e os atores foram o parlamento e suas cpis, que de certa forma gerou uma instabilidade com receios, inclusive, de perturbações constitucionais ( como se cogitava a própria deposição do Presidente Lula)...

Economia e política são almas gêmeas, onde uma afeta a outra, para o bem ou para o mal...

Em 2007, a taxa SELIC encontra-se no patamar de 11,25%, inflação sob controle e indicadores apontando para um crescimento do PIB na ordem de 5%, reservas cambiais próximas ou ultrapassando o valor da dívida externa ( se não estou equivocado...)

Ocorre que 11,25% de juros anuais para pagamento de juros de dívidas ainda é um fardo pesadíssimo para o País...

No ralo escorre o sangue de uma Nação que necessita urgentemente de investimentos nas àrea de infra-estrutura e na sua histórica dívida social, de abissais desigualdades...

Já foi pior mas tem muito que melhorar...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O IMPASSE ESTÁ NA MESA ?

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
17.10.07 @ 11:22 - SOBRE DOHA E O GRUPO DOS 20

O que o Lula diz é convincente, ou se exige melhores condições, queda nos subsídios agrícolas nos países desenvolvidos, dando maiores oportunidades para os mais pobres terem escoada a sua produção de grãos, ou......

ou ? E ai é que está o problema. Pode-se forçar o comprador a adquirir o produto segundo minhas condições ?

A divisão do planeta, que deixou de ser ideológica com o fim da guerra fria, ocorre entre quem compra e quem vende...

Nós temos produtos agrícolas, alguns manufaturados, até mesmo aviões, mas não é a situação do bloco, e a força está ai, na negociação em grupo.
Fora dessa estratégia pode-se fazer acordos bilaterais, pensando no próprio umbigo, mas perde-se a oportunidade de se conquistar espaços maiores e definitivos nas relações comerciais entre desenvolvidos e os em desenvolvimento ( para não usarmos a palavra pobres...)

A supremacia de nossas exportações ainda estão nos grãos, na carne, na laranja, situação idêntica à dos demais no bloco dos 20, mas temos que importar chips, tecnologia de alto custo, bens de capital, ai a balança desanda...

O capitalismo precisa de mercados, como necessitamos de oxigênio, a economia mundial está internacionalizada mas a queda de braços pende a favor dos mais fortes...

Como podem contabilizar a entrada de produtos agrícolas em seus países, em detrimento dos produtores nativos ? A força política interna pressiona governantes a não cederem...

Na mesa devem estar colocados interesses de lado a lado, sendo que a negociação em bloco favorece politicamente o grupo, e o capitalismo, pela sua própria natureza de desbravar mercados e sua sede de expansão, obriga ao entendimento...

Assim caminha a humanidade...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

UMA REFLEXÃO AO CAIR DA TARDE...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
16.10.07 @ 18:30

Tardiamente tomo conhecimento de que hoje, dia 16 de outubro, é o dia mundial da alimentação, nesta data, em 1945, a FAO foi criada para ajudar a reconstruir um mundo devastado pela guerra...

Soube pela leitura de um texto assinado pelo ex-ministro do governo Lula, José Graziano da Silva, em tendências e debates no jornal Folha de São Paulo.Graziano ocupou o ministério da Segurança Alimentar e Combate à Fome de 2003 a 2004 e hoje é representante regional da FAO ( organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), além de professor licenciado de economia agrícola da Unicamp.

Datas há para todos os gostos, só no calendário católico há santo para cada dia, às vezes mais de um... Além de profissões e de personalidades.

O que chama a atenção é o tema, universal e preocupante, pois no bojo da matéria assoma o espantoso quadro: 62 anos após a criação do citado órgão, ainda 850 milhões de pessoas, no planeta, padecem do mais elementar direito à dignidade humana, à alimentação.

Ainda no mesmo jornal me informo de que a China pretende copiar o modelo do bolsa família, visando minimizar desigualdades regionais em seu enorme território...

Em uma sociedade consumista e fetichista, que dá valor inestimável a coisas sem importância alguma, onde um relógio pode custar a bagatela de R$ 50.000 mil reais, ou um colar de brilhantes extrapolar a cifra de 1 milhão, em um mundo onde parcelas consideráveis da população vivem em condições sub-humanas, já não se trata de paradoxos e sim de escárnio com a condição humana...

Angola viveu anos de penúria ( será que não vive até hoje ?...) pela disputa fraticida e cruenta por suas jazidas de pedras preciosas e petróleo...

Os morros do tráfico mantém-se pelo requinte do consumo de pó distribuido e regateado em festas milionárias, como souvenirs, com o glamour das estrelas...

Voltando ao texto do Graziano: " Combater a fome traz ainda benefícios econômicos. Em estudo da CEPAL ( Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) e do Programa Mundial de Alimentos revela que, em 2004, o custo de conviver com a fome na América Central e República Dominicana foi de U$ 6,7 bilhões, cerca de 6% do PIB. O estudo indica que, se a fome fosse erradicada até 2015, haveria economia de quase U$ 2,3 bilhões. Ou seja, erradicar a fome é mais barato do que conviver com ela."

Aquilo que para alguns é "esmola", para 11 milhões de famílias é a diferença como complementação de renda ,que lhes garante a alimentação no dia-a-dia e a permanência de seus filhos nos bancos escolares, tornando-os mais aptos a romperem o ciclo detestável da miséria...

FIM DA CPMF, ENGANA QUE EU GOSTO !

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
16.10.07 @ 09:03

Essas insinuações de se fazerem de difíceis é jogo de cena, parece mulher enamorada fazendo manha...

Ninguém arriscaria tirar a azeitona da empada, ainda mais que a iguaria pode mudar de mãos nas próximas eleições, quem quer perder verbas ?

Posar de bons moços para a sociedade civil, arautos e nobres defensores dos interesses de seus esfolados eleitores, alguém acredita em papai noel descendo de trenó pelas chaminés ?

Dispensa-se até argumentos fundamentados em números maçantes, ela está aí e veio para ficar, tal a aberração da "coisa" tributária do País...

Cuidar para que tenhamos um debate produtivo e sério sobre a tal reforma de forma definitiva, ai os caras são ilustres ausentes. Ninguém quer se desgastar com temas delicados...

Nada mais arriscado do que se discutir a questão tributária, ninguém quer ceder, mas aumentar o seu quinhão no bolo, assim ,em festa de esfomeados, não há comida que chegue para todos...

Já imaginou uma reforma para valer, onde distorções históricas tivessem que ser removidas, ferindo interesses de setores e grupos incrustados como carrapatos na máquina pública ?

Remanejar verbas significa migrar recursos de um lado para outro, e vem a grita de quem perde para quem recebe, isso em todos os níveis...

Haverá embates entre Estados, Municípios, Empresas, Ministérios, etc, etc....

A dimensão de uma reforma de tal envergadura daria o trabalho de uma verdadeira constituinte...

A questão Renan Calheiros era apenas uma desculpa...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

ENDOSSO DETESTÁVEL...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
12.10.07 @ 14:34

A novela de Renan Calheiros lembra que há tempo para tudo, seja para plantar, como para colher...

A sua intransigência em manter-se no cargo por tanto tempo só lhe trouxe desgastes, a ele e à Instituição que dirigiu... Foi um verdadeiro escárnio público.

Deu à oposição anêmica e pusilânime fôlegos de defensores da moral e dos bons costumes ( justos eles !!!) e contribuição para tisnar biografias sadias de alguns senadores, causando embaraços e danos imprevisíveis à Aloizio Mercadante, por exemplo, sem citarmos outros...

Deu a entender que era superior até a opinião pública, a quem devia, por dever de ofício, representar...

Ocorre que há tempo para tudo, até para sair por cima em algumas situações, mesmo porque as curvas estonteantes da Mõnica Veloso lhe davam machistas atenuantes, afinal, quem não derraparia em tanta beleza e sedução ?...

Mas o tempo de sair por "cima", eticamente falando, passou da época de se colher os seus frutos, amadureceu e apodreceu...

As investigações só trouxeram agravantes, não se tratava apenas de um homem casado em adúltério, mas de um farsante utilizando a função em proveito próprio, em tráfico de influências, entre outras ilicitudes indefensáveis...

Não dá para conceber o seu retorno, nem mesmo como ocupante do senado...

Não creio que o governo, detentor de bons números na macro-economia e nas suas louváveis políticas de distribuição de renda, porém manco em moralidade com a coisa pública, possa "meter" a mão na latrina por tão denegrido aliado...

Seria um endosso detestável, que eu, eleitor petista, teria asco...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

PERGUNTAS NO AR...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
11.10.07 @ 09:38

A excrescência da CPMF não foi realização do atual governo, passou pela gestão anterior, aliás duas gestões, onde a atual oposição a manteve firme e forte, não é senhores do PSDB e PFL (atual DEM) ?....

Desfalques no caixa alheio lembra pimenta em alheios paladares...

Tivessem os senhores parlamentares usado suas sapiências para propor uma reforma tributária mais condizente com a crônica atrofia no sistema tributário, que mata e esfola os contribuintes, talvez, hoje, a tal CPMF fosse figura de triste lembrança e não algo vital para não desequilibrar as finanças públicas...

Temos que conviver com o incômodo e nos adaptarmos ao monstrengo porque o dever de casa do legislativo é relapso com a coisa pública...

É curioso como as detestáveis medidas provisórias têm que ser frequentemente editadas, gerando dupla função no Executivo, que acaba legislando mais que as 2 casas do Congresso Nacional juntas...

E que o parlamento só é lembrado pelos escândalos de seus membros e não pela produção de projetos e de leis que amenizem a vida dos cidadãos e dêem um norte para o País...

E, por fim, que a Oposição nada tem a propor ao País, além de marcar posição em votações de somenos importância...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

TAPA NA CARA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
10.10.07 @ 22:42 - SOBRE O FILME NACIONAL TROPA DE ELITE

O filme se consagra pela realidade, assisto com a complacência e a tolerância da banalização da violência...

Tenho ouvido estampidos suspeitos no meio da noite, mesmo não morando nas periferias de Sampa e nem nos morros cariocas...

E vejo o dvd pelo lado obtuso da ilegalidade de um produto pirata e simultâneo ao lançamento, nada comparável à minha juvenil indignação de, aos 20 anos, entrar em conflito de consciência ao ser extorquido no exame de motorista, mesmo não tendo razão alguma para ser reprovado...

De maneira que a cultura do jeitinho atinge a todos e, infelizmente, convivemos com ela de alguma forma, talvez de saco cheio de se rebelar contra tudo e todos...

O tapa na cara desfechado pelo policial naquele jovem estudante, que acha um "barato" fumar e cheirar e manter a empresa tráfico sempre rica e poderosa, arrastando populações miseráveis que só vêem naquele expediente o único meio de sobrevivência...

O golpe tem um eco de incômodo até mesmo para quem não se serve dos produtos oferecidos pelo tráfico, mas que na complacência e desleixo não é menos cúmplice da situação...

UM ESTRANHO NO NINHO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
10.10.07 @ 20:55

No País do futebol, a paixão nacional, que fazer se a gente não se identifica com essa euforia ?

O título do post " a graça tá na torcida" faz-me arriscar a dar palpites...

Quando menino deram 2 camisetas, uma do Corinthians para meu mano que vestiu a camisa até hoje, jogava bem e torce com conhecimento,quanto a mim fiquei com a do Palmeiras e jamais tive a mesma paixão, até que tentei...

Nos jogos infantis me mantinham no banco que era para não desperdiçar o talento, isso porque era dono da bola e sem ela não haveria a pelada...

Como gosto de literatura sentia-me desenquadrado com as crônicas esportivas, achava a escrita de Nelson Rodrigues sobre o assunto interessantes, mais pela descrição da torcida do que propriamente pelos jogadores em campo...

Como pai tive que enfrentar verdadeiros calvários para acompanhar meu menino aos estádios, fazia questão de ir na geral, no meio da massa, fizesse sol ou chuva...

Não posso dizer que não fiquei aliviado quando me vi livre dessa incumbência, após o meu pequeno ganhar ares adultos e poder se virar sozinho nas tardes domingueiras de sol e chuva no lombo, além de um copo de urina arremessado do alto, bem nas minhas costas na arquibancada...

A massa reunida perde a identidade e às vezes age de maneira violenta, sempre achei que assistir ao jogo via tevê, no conforto do sofá era a melhor opção, tive o desprazer de presenciar cenas de atos e obscenidades que não se justificava com a alegria do evento...

... Povo é povo em qualquer País, não é só mazela nossa...

A PRIVATIZAÇÃO DAS RODOVIAS FEDERAIS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
10.10.07 @ 11:25

Haverá choro e ranger de dentes, tudo inútil, o Estado dá de ombros e mostra sua incompetência em assistir os cidadãos...

E assim na Educação, na Saúde e na Segurança Pública - foi, é, e será...

Com a privatização das rodovias federais, estaremos sendo tri-tributados, pois com pagamento de pedágios, mais o IPVA e a tal de CIDE, que confesso não saber o que seja, estaremos pagando três vezes pelo mesmo serviço...

Mas logo adoçaremos a pílula,: melhor pagar e ter estradas transitáveis do que viver desviando de buracos... Assim também colocamos os filhos em escolas particulares por que a Educação pública faliu, pagamos planos de saúde porque a assistência fornecida não existe, quem pode contrata seguranças porque a Segurança Pública é precária...

O que ressalta no processo, contudo, é a diferença de preços a ser pagos pelos motoristas. Nas estradas federais pedagiadas o valor será até 10 vezes inferior ao cobrado para se transitar, por exemplo, dentro do Estado de São Paulo, dá para acreditar ?

Acontece o seguinte: o governo estadual transfere às concessionárias os serviços a serem explorados e recebe pagamentos das mesmas por isso, ou seja, repassam para bancarmos com os nossos bolsos. Sem contar a gorda fatia abocanhada pelos Estados no IPVA...

Então, como atenuante, podemos considerar que:- A privatização das rodovias federais, por onde transitam passageiros e a maior parte da economia nacional ( neste país continente, onde se prioriza o transporte rodoviário em detrimento de investimentos no sistema ferroviário) passarão a ter uma manutenção, até que enfim, pois o ente "Estado" deixa de ser atingido quando se cobra alguma providência.

- Não teremos mais notícias de obras inacabadas, superfaturadas com aditivos contratuais milionários e material desviado de suas finalidades, nos ralos da corrupção...

- Teremos alguém, de carne e osso, representado pela figura dos donos das concessionárias para nos dirigirmos em nossos pleitos;- E, finalmente, poderemos trafegar com alguma segurança com nossos familiares e escoar a produção agrícola e industrial de nosso País com mais economia...

O governo federal acertou na propositura da licitação: ganha a concessão quem oferecer o serviço pelo menor preço ao usuário...

O ideal seria não ter que pagar nada, pois já pagamos muito, mas...

Em tempo: que os paulistas e paulistanos reclamemos dos abusos nos preços praticados em nosso Estado de São Paulo - por que o José Serra também não abre mão das cobranças em favor de uma tarifa mais justa para os cidadãos ?

Exemplos são para serem seguidos, Governador !

terça-feira, 9 de outubro de 2007

NADA CONTRA AÇÕES PLANEJADAS DE LONGO PRAZO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
09.10.07 @ 12:27

Incomoda a noção de que a criação de um órgão governamental que se ocupe de ações estratégicas para o País seja tão visada pela imprensa como algo anormal...

Talvez se entenda pelo fato de ser ocupada pelo professor Mangabeira Unger que cometeu a sinceridade de se manifestar em várias situações, sendo, inclusive, muito citado por ter pedido a deposição do Presidente Lula e ser hoje ministro de seu governo...

Podemos até assinar embaixo de que a criação de ministérios pode servir mais para acomodação de apadrinhados do que de resultados, aliás, negar isso seria tapar o sol com a peneira...

Mas a questão permanece, somos contra a elaboração de planejamentos de longo prazo, ou podemos continuar administrando o dia-a-dia, sem noção de "para aonde ir" ?

Repensar o País não pode ser tarefa alheia a planejamentos de governos, desvinculados de metas, orçamentos, estratégias...

Ou estamos felizes com o pífio desempenho do País, com seu enorme e alarmante contingente de jovens que sequer conseguem elaborar um texto escrito ?

EMPAREDADOS PELA CPMF ?...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
09.10.07 @ 11:22

Eu tinha como propósito jamais retornar a tais assuntos, afinal, os comentários, em meu caso, não são deveres profissionais, faço por que tenho a ilusão de que não me calo...

CPMF e (asco !) Renan Calheiros...

O Presidente do senado foi ministro da Justiça no governo FHC, além de participações não menos significativas em outras gestões...

O que nos leva ao inevitável raciocínio: permanece porque tem gente com o rabo preso, de todos os partidos...( possivelmente com graúdos da dita oposição, cada vez mais rarefeita...)

O senado mostra suas fragilidades, e questiona-se até mesmo a sua importância legislativa...

"Nunca, na história desse país".... alguém aviltou tanto um poder da República como o faz o ilustre senador alagoano ao persistir, apesar de tantas evidências graves, em manter-se em seu cargo...

Depois da CPMF virão outros temas, de não menos importância para o País, e ficaremos reféns do medo dos senadores, da ameaça velada de se verem na contingência de bola da vez dos escândalos e das nódoas nas "ilibadas" reputações...

Pensem no Brasil e em sua gente, senhores senadores !!!

domingo, 7 de outubro de 2007

TV PÚBLICA, POR QUE NÃO ?

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
07.10.07 @ 11:47

A iniciativa de uma TV pública, vista por alguns com desconfiança, aliás,como quase tudo que emanem do governo há sem dúvidas os céticos de plantão...

Contudo, sabemos que não pode descambar para um meio particular de TV chapa branca, servindo antes ao governante de plantão do que ao público, necessária se faz controles para que isso não ocorra, talvez com uma ouvidoria específica, ou melhor, em se tratando de imprensa, a figura de um ombudsman com as garantias inerentes à função ( estabilidade, etc.)...

Tenho assistido a TV cultura de São Paulo que teve a abertura de incluir em seu orçamento a ajuda extra de inserções comerciais, o que não afetou a sua programação, isso, creio, pode também ser utilizado na próxima emissora...

A TV pública pode ser uma opção de programação para temas ou enfoques que não atendam interesses comerciais das emissoras privadas, como questões regionais, em um país culturalmente diversificado....

Estive algum tempo em Angola, onde a TV estatal ( como tudo à época) era obrigada a produzir o seu tele jornal noturno em diversas versões atendendo os vários dialetos do País...

Felizmente não temos aqui esse problema, exceto alguns termos regionais, a língua falada do oiapoque ao xuí é a portuguesa.

Com transparência e controles, seja bem vinda a iniciativa...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O BANESPA ERA MAIOR QUE A CRISE...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
04.10.07 @ 15:43

O Banco estadual do mais rico estado da federação, que parecia inatingível pelo terremoto que se seguiu ao fim das instituições financeiras em mãos de governos estaduais, o que parecia ser o mais forte, sem dúvida, foi o mais cobiçado...

O Banespa tinha uma rede de agências dentro dos limites de São Paulo e fora dele, espalhado por todos os quadrantes da federação, além de pontos estratégicos fora do País, de fazer inveja a qualquer instituição privada do setor, chegou a ter um contingente de 34 000 funcionários e ser o braço forte do Estado, razão de sua existência e, também, de sua queda...

Nos estertores do governo Fleury, no apagar das luzes, sofreu a intervenção do Banco Central que só o deixou para entregá-lo após o leilão, arrematado pelo grupo espanhol Santander, não obstante as encenações de defesa protagonizadas pelo falecido Mário Covas e seu vice- Geraldo Alckimin...

Com o fim do gigantesco Banco parece que ficou no arquivo morto os seus créditos junto ao Estado, ativos igualmente anêmicos de solvência, espalhados em empresas diversas sob a gerência do governador de plantão...

Talvez inadaptado a sobreviver em um universo de inflação civilizada e que tinha o monopólio de concentrar o pagamento do funcionalismo do Estado, cujo ganho inflacionário garantia boa parte de sua generosa folha de pagamentos...

Por ser estatal ficou forte e pelo mesmo motivo soçobrou, aquele que parecia ser maior que a crise que o vitimou...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

ABRINDO ESPAÇO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
03.10.07 @ 14:44

Recebi este email hoje pela manhã, em retransmissão por uma pessoa amiga, peço desculpas por fugir do tema proposto, mas acho o assunto alarmante e necessita de maior destaque, a narrativa fala por si ( omiti apenas o nome do jornalista, pois não o conheço e não tive tempo de me comunicar pedindo sua autorização)

Acre !

O lado cinza de um país verde e amarelo

Rio Branco - Acre 30 de setembro de 2007

Caro Amigo Ao longo de todo esse tempo, a mídia mundial e nacional e as organizações de preservação do meio ambiente falam sobre o desmatamento os efeitos e os danos que podem causar a humanidade.

Na minha vida nuca imaginei encontrar uma cena como essa, os danos a natureza e a resposta que ela sinaliza pra gente é bastante visível aqui no Acre, dia 28 de Setembro de 2007 viajei da capital baiana , quando a nossa aeronave se aproximava do aeroporto internacional de Rio Branco o piloto falava no sistema de som do avião que só tinha visibilidade com dois mil metros de altura por causa da fumaça e tinha dificuldades para enxerga a pista.

Encontrei um lugar a onde não se vê o azul do céu, por causa do desmatamento da floresta amazônica para fazer pastagens e as queimadas das madeireiras deixam o céu dessa terra cinza, um verdadeiro arrepio na alma!
No sábado dia 29, viajamos até o município de Plácidos de Castro (figura histórica um brasileiro que lutou contra os bolivianos pela soberania desse pedaço de terras brasileiras) com uma população de 16,289 habitantes (Fonte: IBGE).

Atravessamos a fronteira e adentramos na Bolívia na cidade de Puerto Evo Morales Aymã no meio da selva boliviana, lugar onde qualquer um pode entrar e sair do Brasil sem fiscalização, não encontramos nenhum policial protegendo a fronteira e os únicos que encontramos foram fazendo compras de mercadorias contrabandeadas do lado dos patrícios como somos chamados pelos vizinhos boliviano e o mais impressionante, estavam com o carro oficial da policia uma pik-up frontier plotada com a marca do governo do Acre, a policia militar do estado tem um efetivo de 2 mil e 200 soldados com uma população de 669.736 habitantes e uma área de 152.581,388 km² (Fonte: IBGE) fazendo fronteiras com a Bolívia e o Peru.

A prostituição de garotas brasileiras com idades de dez, onze e doze anos é um afronto ao estatuto da criança e adolescente, o mato vira motel, ou seja, matel como falam as pessoas que transitam o local, tanto do lado brasileiro como do boliviano, as garotas alugam seus corpos para qualquer um dos viajantes que paguem alguns trocados ou presentes ali mesmo no mato, ou no carro, por sinal um grande numero brasileiros vão ao outro lado boliviano fazerem compras.
Lá vendem de tudo desde produtos contrabandeados da china, drogas tem até uma pista de pouso no meio da selva, as drogas entram no país como se fosse um produto qualquer, é impressionante a ausência do poder publico em uma região de fronteira.

Saímos de Rios Branco e ao longo do percurso que durou aproximadamente duais horas de carro observamos o tempo todo queimadas e destruição da floresta para criação de gados, a visão que tivemos era impressionante como a mata dava lugar as pastagens, a ausência do estado e o descaso com a preservação e a força dos madeireiros e fazendeiros que dominam a região é revoltante.
Não posso dizer que esse lado do Brasil foi esquecido, tenho duvidas se algum dia ele foi lembrado, essa unidade da federação é invisível para o resto do país. O ar é carregado, o efeito que a fumaça faz no sol é incrível ele fica com uma tonalidade alaranjada tipo como se o tempo todo estivesse se pondo e lembra os filmes de ficção cientifica, conversando com uma acriana dona Josette de aproximadamente 38 anos ela contou um fato interessante que não lembra quando viu o céu, imagine as crianças nas escolas quando os professores perguntarem qual a cor do céu? Qual o significado do azul na bandeira brasileira?
E as estrelas? Que estrela se aqui não vê?

Até a lua dos namorados quando aparece é amarela!

A bandeira do Acre é cortada com uma faixa verde e amarela com uma estrela solitária vermelha, será uma mensagem?

Rio Branco uma capital com quase trezentos mil habitantes é uma cidade bonita, à noite as luzes desenham um colorido especial dando uma face moderna, mais no interior do estado o que se vê é desmatamento por quilômetros, uma grande parte dos índios da região que foram convidados a saírem das suas aldeias expulsos pelos fazendeiros e madeireiros para viverem nas cidades foram amontoados e condenados sem perspectiva alguma, o opção é serem pedintes ou mão de obra barata para os oportunistas.
Algumas ações foram tomadas com os povos indígenas da região mais com passos de formiga e sem vontade, a situação com os fazendeiros e madeireiros é tensa o tempo todo.

Segundo um índio, que vive no município de Cruzeiro do sul, cidade a 700 quilômetros da capital com uma população de 71.093 habitantes ao norte do estado próximo a fronteira com o Peru, esse mesmo índio contou uma história engraçada contada pelo povo que quando Deus expulsou o diabo do céu ele perguntou a onde iria ficar na terra, e Deus prontamente disse que girasse o globo e apontasse o dedo, onde o globo parasse de girar ali ele iria morar e justamente parou no estado do Acre. Nessa cidade o contingente da policia militar é de 250 soldados para cobrir uma área territorial de 7.925 (km²). É extremamente preocupante, só vendo pra crê o que acontece nesse lado da nação...

Todo ano próximo das eleições ouvimos frases como o fome zero, agora a bola da vez é o PAC, o certo é que um lado do país esta ficando cinza, será que o futuro desse povo vai fazer jus a história que o velho índio nos contou?

Esse lugar cada vez mais cinza e quente pede socorro.

Pergunto: E o exército, que deve guardar as fronteiras deste imenso território e sempre alegam essa função quando questionam porque não utilizarem o efetivo para ajudar no policiamento, aonde está ?

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

AMASSANDO BARRO...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
26.09.07 @ 10:46

É lamentável lermos a manchete de que o Brasil ocupa a 122 posição dentre os países que oferecem maior facilidade para se investir, segundo o BIRD, num universo de 178 pesquisados.

Isso é desalentador, sobretudo quando vivemos em um mundo competitivo, onde investimentos externos significam riquezas internas,arrecadação de impostos, geração de empregos e rendas, de que tanto necessitamos...

O mais crítico, ainda, é vermos que, entra governo e sai governo, não se tem notícias de políticas de longo prazo, planejamentos, parecendo que administramos o arroz e feijão cotidiano, à mercê de acontecimentos fortuitos...

O PAC, investimento na ordem de mais de 500 bilhões, atacando as fragilidades ( ou gargalos como se acostumaram a dizer) na evolução de nossa economia não têm o mesmo destaque dos que as mazelas produzidas aqui e ali, seja no parlamento ou no Executivo, vivemos, assim, como futriqueiros, ou moscas assentados em dejetos...

A constância que damos, ou a ênfase dada a tais fatos, tem nos feito raciocinar em círculos, fazendo-nos cada vez mais céticos em relação a tudo que se refira ao nosso País...

Poderíam ponderar que o mesmo ocorre em outras plagas, e que, pelo fato de exorcizarem Bush na imprensa Norte-Americana, ou a boataria sobre escândalos na família real inglesa, não impedem, todavia, de serem prósperos, apesar disso...

Sim, isso é verdade. O que me ocorre é desviarmos o foco, utilizando a imprensa, essa arma que tem a sociedade civil ( nem sempre bem intencionada ou imparcial, é certo) para cumprir a função precípua que é a de informar e, no caso, estimular o próprio parlamento a dar sequência às votações importantes - aliás, fazendo-os cumprir com suas obrigações de representantes dos interesses da sociedade...

Podem ter certeza de que não há político que não se preocupe com a sua imagem,vivem dela, correndo atrás dos holofotes...

O que não podemos é repetir o desgostoso e acomodado discurso: " é o governo que tá ai ..."

O governo que está ai, para o bem ou para o mal, é o que temos...

Agirmos como cupins roendo a viga mestra, ou apostarmos no circo pegando fogo, é sermos vítimas de nós mesmos...