sexta-feira, 15 de junho de 2007

A LISTA HÍBRIDA NA REFORMA ELEITORAL

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
15.06.07 @ 10:56

Aventei essa possibilidade em comentário anterior sobre este tema e neste blog.

Creio que a medida é salutar, pois combinam as duas coisas:o voto no partido, o que o fortalece, e no candidato, que ao cabalar o maior número de votos passaria a ter precedência na posição no rol dos eleitos.

Se observado o critério legitimado pelo eleitor no seu candidato, a lista flexível tiraria a autonomia de eventuais caciques partidários de quererem engessá-la como se temia.

Se caso os indicados para a lista não obtiverem a votação suficiente para serem eleitos perderiam o espaço para os indicados mais votados, parece-me perfeita a combinação proposta.

Resta-me uma preocupação não menos polêmica, o voto facultativo...

Fica difícil argumentar pela obrigatoriedade, embora pareça-me necessária.
Penso que pela própria incipiente democracia brasileira e o alheamento de grande parte dos cidadãos com o processo eleitoral, parece-me temeroso deixarmos à livre escolha se vota ou não...

Há regiões em que a ida do eleitor às urnas seria regiamente "paga" e exigida, deformando o processo de livre escolha...

Temo ainda pela ausência voluntária de imensa parcela do eleitorado, ficando a eleição circunscrita à pequenos setores sociais, gerando o distanciamento dos políticos com suas regiões...

Poderíamos ter eleitos não referendados pela maioria e, portanto, fracassando o maior mérito do processo representativo, que é a participação do cidadão.

Creio que aos poucos, e com sincera vontade política, poderemos chegar perto do que desejamos para definirmos melhor o processo eleitoral em nosso País...

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