domingo, 29 de julho de 2007

A VARINHA DE CONDÃO DA CRISE AÉREA...

Comentário de: EDILOY A.C. FERRARO [Visitante]
29.07.07 @ 13:56

Salve enganos, parece que a falta de direção na infraero e demais setores ligados ao setor era a razão da lentidão de medidas que três centenas de vítimas humanas, atrasos e o sofrimento de mais de dez meses estampados nas manchetes das atribulações enfrentadas pelos passageiros aéreos desse país após, enfim se resolve (?) ...

No clássico : em porta arrombada coloca-se cadeados, sempre após o sinistro.

Foi preciso que tivéssemos estes tristes espetáculos para se decidir que a falta de comando era a razão da não solução da crise...

Seria desonesto com o antecessor do salvador da pátria, Nelson Jobim, que acreditássemos nisso.

Waldir Pires, em que pese suas experiências como político, não é menos habilitado do que o seu sucessor, ambos, contudo, néscios na questão.

Ocorre que o governo, pressionado pelas evidências, resolveu, por fim, dar autonomia financeira e administrativa para se pôr em andamento medidas necessárias para se acautelarem para futuros problemas...

Guido Mantega, apesar de mal entendido em suas colocações à época, não se enganara em suas conclusões, a de que o País está com uma demanda superior nas viagens aéreas em função do crescimento na economia.

O erro de cálculo talvez esteja no não aparelhamento dos aeroportos e demais instrumentos para se adaptarem às nossas contingências...

Num País continental como o nosso, diante às promoções tarifárias das empresas aéreas e a temeridade de enfrentarmos grandes distâncias nas maltratadas rodovias federais, além do alongamento nos prazos de financiamento das viagens, natural é o crescimento pela procura de passagens aéreas, num universo antes seletivo e caro...

Comenta-se em alocações milionárias para o setor e demais medidas na reengenharia interna dos órgãos envolvidos...

Infelizmente, o fator determinante para as necessárias providências, não teve origem em um planejamento e sim nas catástrofes que assistimos e que dificilmente esqueceremos...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

A CRISE EXISTENCIAL DOS SINDICATOS

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
25.07.07 @ 11:36

Ao abdicarem da bandeira do fim do imposto que tira uma dia do salário do trabalhador para as entidades sindicais, as centrais sinalizam a sua atual condição...

Os sindicatos conheceram o seu apogeu na luta pela redemocratização e no período de inflação alta, duas vertentes que alimentavam discursos e rendiam simpatias de seus filiados...

Atualmente trabalham como repartições públicas, assistência jurídica, médica, homologações de rescisões de contratos de trabalho, convênios de prestação de serviços, promoção de cursos profissionalizantes, etc

Duas realidades arrefeceram os ímpetos, a inflação civilizada e o crescente desemprego.

Pálida idéia do que isso significa são as comemorações de primeiro de maio, que para atrair simpatizantes e público, sorteam-se prêmios que vão de automóveis a imóveis, abrilhantados sempre por artistas de forte apelo popular...

Na época, os artistas que participavam de tais atos o faziam por diletantismo e por estarem envolvidos politicamente com a causa, sem remuneração alguma. Hoje, há contratos de valores significativos para os convidados.

O celeiro do qual originaram-se vários políticos atuais, como o próprio Presidente Lula, já não existe.

Na condição de mandatários têm que enfrentar situações constrangedoras, como leis que inibem movimentos reivindicatórios no setor público e reformulações na esclerosada CLT, que emperra a geração de novos empregos...

Sinal dos tempos em que ser capitalista era ser sanguessuga da classe operária e hoje é saudado como empreendedor respeitável, gerador de empregos e de renda...

BRASAS SOB AS CINZAS...


Nem o boi de piranha do Joaquim Roriz foi suficiente para aplacar a crise em que se enredou o Congresso Nacional com a indigesta questão Renan Calheiros...

Apesar de modorrento e cansativo o tema, há algo de saudável no horizonte. Todos apostávamos que um fato novo seria o suficiente para arrefecer os incômodos do senador...

Foi Roriz, está sendo o Pan e também a tragédia aérea que comoveu o País, e Renan não teve o beneplácito de nossa habitual amnésia...

Ainda ardem as brasas sob as cinzas, o que promete novos lances na novela política, que mais prejuízos causou nos últimos tempos á Instituição, já em si debilitada perante a opinião pública...

De igual modo espera-se que as investigações, que monopolizaram as atenções e escancararam os subterrâneos dos vários poderes da república, ainda possam estar vivas e esmiúçadas, apurando e punindo os responsáveis, inaugurando o fim das impunidades e da excrescência didática que exemplifica à Nação.

Que a crise do Renan, mantida em voga e sobrevivendo aos fatos, seja parâmetro para os escândalos anteriores( recentes, mas tratados como antigos) e, infelizmente, para os posteriores, tão previsíveis de ocorrência como as chuvas.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

NEM PARECEM BANCOS...

Nos anos 80 o contingente no setor bancário no País era de aproximadamente 700 mil funcionários, a renda inflacionário era apetitosa e os bancos mantinham atendentes em número suficientes para atender a demanda da população, notadamente os de linha de frente, os caixas.

Com a experiência do cruzado, na instantânea mágica de zerar a inflação, ainda que por pouco tempo, pôs a nu uma situação possível de acontecer, ou seja, de termos percentuais civilizados no horizonte, o que se constatou com o advento do plano real, isso já na segunda metade da década de noventa.

Esforços foram envidados para acelerar os mecanismos da automação bancária, visando conter custos, e o Brasil passou a ser pioneiro nesse setor sendo um dos mais modernos no uso da informática nas transações financeiras...

Aconteceu uma verdadeira revolução no setor, com reengenharias internas na área de recursos humanos, demissões crescentes, enxugamento na rede com fusões , incorporações de empresas e privatizações de bancos estaduais ( Banespa, Banerj, etc)

A velha imagem de uma agência bancária, com a fileira de caixas ( a fileira ainda existe, mas os funcionários, cadê ?) cedeu espaço para mesinhas de atendimentos específicos: abertura de contas, vendas de apólices de seguros, financiamentos, etc e vários caixas eletrônicos, aquelas máquinas que só faltam falar com o usuário, algumas até disponibilizam empréstimos on-line sem ingerências de nenhum gerente ou atendente. Precisou de um talão avulso, tem. Informações, reclamações, sugestões, pelo telefone vermelho ou azul, dependendo da Instituição.

A população foi vítima da supressão do atendimento em tempo considerado razoável, que seria das 9 horas às 18, ficando com o espremido espaço das 10 às 16 hs, passou disso: entenda-se com as máquinas ! Casas lotéricas, correios e super-mercados passaram a atender serviços que antes eram restritos ao sistema financeiro. Cambalacho para fraudar direitos de uma categoria profissional que ficou à deriva, os bancários, cada vez mais agenciadores de seguros e títulos de capitalizações, além de paus mandados na cobrança extorsiva de taxas nas contas correntes.

Quando houve a compressão da jornada, recordo de um editorial da Folha de São Paulo ter aludido algo à respeito, diga-se superficial, deixando de tocar em aspectos mais importantes do assunto, afinal os Bancos ainda são os grandes anunciantes de qualquer mídia.

O comércio, via de regra, inicia a sua jornada às 8 horas e finda após às 18, dependendo da atividade. Ou seja, se o seu negócio não for grande o suficiente para merecer um carro forte levando seus depósitos, vire-se como puder e confie nos envelopes nos caixas eletrônicos, da grana eventualmente auferida em seu caixa, após as 16 horas...

Para a população não houve remédio, adaptem-se, quem precisa pagar contas e não quer se utilizar dos serviços programados de débito, aguentem as filas, geralmente sem os caixas suficientes...

Em abril passado, na agência Rio Branco da Caixa Econômica Federal,nesta cidade de São Paulo, testemunhei o abuso em sua face mais odiosa. Uma Instituição Federal com apenas 1 caixa no atendimento, até ai poderia dizer que já estamos acostumados... Triste foi ver um senhor de 71 anos, pois trazia na mão enrugada o seu RG, morrer de um ataque fulminante do coração na espera de sacar o seu benefício. Após mais de 45 minutos de impotência diante àquela cena, surgiu o resgate e o levaram.

O tempo passou, a renda garantida da alta inflacionária cedeu lugar aos populdos rendimentos dos títulos da dívida interna do governo e das extorsivas tarifas praticadas em nossas indefesas contas bancárias, sangria do erário para o serviço da dívida, em detrimento à investimentos na malha rodoviária, portuária, ferroviária, habitacional, saneamento básico...

Criaram uma lei municipal, até providencial e simpática, que mandava os bancos colocarem senhas para o atendimento, sendo que a demora superior a 15 minutos sujeitaria a Instituição ao pagamento de indenização ao cliente....

Sabe o que aconteceu ? Cassaram a medida, por ser inconstitucional, alegando que o município não pode legislar sobre a matéria.... se não pode, por ser de alçada federal, por que nenhum ilustre parlamentar no congresso não a apresenta para aprovação ?

Ah, esqueci de dizer.... os Bancos são os maiores padrinhos das campanhas eleitorais.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

ACM : BONDADE OU MALVADEZA ?

Talvez um dos últimos polêmicos políticos que sai de cena...

Para uns já devia ter ido, outros lamentam...

O cenário político brasileiro nos trouxe figuras esdrúxulas como Jânio Quadros com seu português escorreito e cheios de mesóclises, Brizola brandindo gestos teatrais evocando um nacionalismo fora de moda, Ulisses e Tancredo, que embora não fossem dotados de nenhum carisma especial pareciam indispensáveis em momentos cruciais, e agora ACM...

Os políticos, via de regra, ganham popularidade de artistas, por serem figuras públicas e por suas idiossincrasias que alimentam os humorísticos televisivos...

Nenhuma figura, contudo, encarnou a dubiedade do bem e do mal como o falecido senador baiano.

Criticado pelas esquerdas, alcoviteiro dos quartéis, general em guarda de sua eterna capitania hereditária, a Bahia, mas de incômodos alcances nacionais, sendo cortejado por todos os que almejaram a Presidência da República.... reverenciado, temido e odiado !

Falastrão como Odorico Paraguaçu em o Bem Amado,a gostosa novela de Dias Gomes,
e soturno e maquiavélico como Golbery do Couto e Silva, o mentor dos verdes-olivas da ditadura...

Era do tipo que não se rendia fácil. Apeado do senado, renunciou antes de perder o mandato e retornou reeleito nas eleições seguintes.

Perdeu o governo de seu estado para o PT, sem modéstia referiu-se a si mesmo como uma corrente e não no singular de sua pessoa mencionando que o “Carlismo” não morrera, logo após a apuração das urnas nas eleições passadas onde seu indicado não foi reeleito...

Antonio Carlos Magalhães talvez seja a mais emblemática figura da política nacional, uma espécie de conselheiro e confidente de todos os políticos que o procuravam, sem distinções partidárias ou rótulos ideológicos...

Para nós, distantes dos colóquios de gabinetes, um mistério...
Não foi vencido, ainda que perdendo nas urnas os seus indicados, cedeu somente ao inevitável destino de todos nós, a morte.

Era do Bem ou do Mal ? Depende da ótica de quem vê....

quinta-feira, 19 de julho de 2007

ÊXTASE e AGONIA

Volto ao blog depois de alguns dias de voluntária ausência. Enoja o noticiário político, a lenga -lenga da novela do Senado, etc.

ÊXTASE:

Os jogos do Pan unindo as américas, o Brasil já deixando de ser o primo pobre de parcas medalhas como sempre foi no passado. O surgimento de várias modalidades esportivas dando um brilho especial ao País. Atrás de cada triunfo uma história real de superação de limites, tanto na prática esportiva quanto na obstinação cotidiana desses competidores, a maioria de classe humilde e que luta para se manter atleta, quando sabemos das dificuldades que enfrentam pelo insuficiente incentivo que recebem.

AGONIA:

Em meio a tudo isso a fatalidade que nos deixou perplexos, o maior acidente aéreo acontece a menos de 11 meses do anterior, ceifando vidas e colocando a aviação brasileira sob suspeitas.

A existência de um aeroporto no meio de uma cidade metrópole como São Paulo é uma temeridade, ocorre que já tivemos provas disso em outro terrível acidente, também da TAM, em que vítimas foram não apenas as que ocupavam a nave e também transeuntes e vizinhos.

Ainda é possível lembrar a sucessão de corpos dilacerados e carbonizados, cobertos por plásticos pretos um ao lado do outro nas ruas adjacentes.
Já faz alguns anos e até hoje não se cogitou da mudança de local... Nem mesmo a tragédia foi capaz de ultimar providências.

Congonhas não pode continuar existindo em meio à prédios, casas, logradouros públicos, avenidas, com pouca margem de manobra para aeronaves... até a mim, leigo, isso me parece pacífico.

Nada conheço de manobras aéreas, quando muito sei mudar as marchas e dar sinal no meu pequeno veículo, mas parece que se houvesse maiores condições para o piloto manobrar poderíamos ter evitado o desastre irreparável.

O governo pode não se responsável por tudo, mas a mudança que se cogitou à época, isso lá atrás, naquele espetáculo macabro, foi esquecida no silenciar dos anos...

Ocorre que o risco aí está inalterado, sujeito às catastrofes inusitadas, rondando sobre nossas cabeças, comovendo a Nação pasma diante tais eventos funestos...

Urgem providências antes que nos lembremos disso só na próxima tragédia...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

ISTO OU AQUILO ? NEM TANTO AO MAR...

A polêmica será inevitável, e continuará a ser, acredito, enquanto existir a dualidade, no caso Esquerda x Direita.

Além das velhas teses que se mostraram utópicas demais e sua tentativa de implantação desastres totalitários, resta ainda a elucubração intelectual de se apregoar rótulos, conforme o gosto do freguês...

Não era difícil ser do contra na ditadura militar, afinal quem poderia concordar, em sã consciência, com o tolhimento das liberdades individuais ?

Daí, contudo, a cair no outro extremo tem uma grande distância...

Heróis de levantes sociais nas grandes revoluções acabaram sendo vítimas do próprio Estado que ajudaram a implantar,alguns exemplos históricos: Trotsky na revolução russa,Danton e outros na revolução francesa...
Será que todos os presos políticos existentes nos cárceres cubanos são odiendos direitistas a tramar contra a pretensa igualdade social existente por lá ?

Na hipotética implantação socialista no Brasil, nos moldes como se verificou na cortina de ferro e em outros países totalitários, muitos que se empenharam em defesa de um regime dito igualitário seriam os primeiros a não suportarem a vida sem o oxigênio da liberdade de expressão,dentro da imprensa de estado, na vigência de um partido único, etc...

Houve um tempo de sectarismo em que a conceituação de "capitalista" lembrava exploração da mais-valia, sanguessuga da classe operária... Hoje pode ser visto como empreendedor capaz e gerador de empregos e de rendas...

Termos como a desnacionalização da economia, comum em discursos, nos remete a uma questão: em um mundo globalizado que diferença pode fazer se a empresa onde eu trabalho é multinacional ou não ?

É maniqueísta a visão de que um lado (a direita) é tudo de ruim, pois prega a manutenção do status quo da desigualdade, os privilégios de minorias e questões tais...
O próprio progresso das relações humanas tem ditado regras de necessária inclusão social, sendo vital inclusive para o próprio capitalismo se expandir...

O que está em pauta é a democratização das oportunidades, ou a socialização das mesmas ( para agradar a ambos os gostos), onde todos possam ter acesso à saúde, educação, lazer, cultura, num regime de respeito às liberdades individuais....

COMO DEVE SER...

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
06.07.07 @ 09:10

A crise provocada pela insistência de Renan Calheiros na presidência do Senado é algo injustificável para quem tem detém um mandado eletivo e seria de se supor responsabilidade com os que o elegeram.

Gasta-se muita tinta nas rotativas da imprensa escrita e enoja ouvintes e telespectadores a lenga-lenga.

Repito: o que se esperava, desde o início, era uma afastamento, ou licença até que se esclarecessem os fatos que pensam contra ele.

Afinal, coube à presidência do senado.ou seja a ele,o investigado, medidas relativas às investigações...

Surreal ou descaso, como queiram ( pois não fará diferença, o que menos importa aos senhores dignitários de cargos públicos é a opinião das ruas)

O ex-ministro Silas Rondeau que renunciou ao cargo assim que foi colocado sob suspeita, deve ser convidado a retomá-lo por falta de provas contra ele.

Pois é assim que deve ser feito, justiça ! Concluída a investigação, para o culpado a pena, para o injustiçado a reparação...

Vê se tratam as Instituições públicas deste País com algum respeito, é o mínimo que esperamos !

quinta-feira, 5 de julho de 2007

LUZ NO TÚNEL ? ....

Chega, não dá mais para ficarmos como velhas carpideiras ( aquelas que eram contratadas para chorar em velórios)...

A novela da impunidade cansa e cai na vala comum, de tão corriqueira passa por desinteressante, como as lágrimas derramadas por defunto ruim.

A informação trazida pelo ato promovido pelos magistrados da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) contra a impunidade nos cora de vergonha...

De acordo com o estudo feito pela AMB, dos 130 processos encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF), em quase 20 anos, seis foram julgados e não houve nenhuma condenação. No Supremo Tribunal de Justiça (STJ), dos 483 processos, houve 16 julgamentos com cinco condenações.

A raiz do problema, segundo os magistrados, estaria no foro privilegiado por prerrogativa de função, o que estaria favorecendo a impunidade dos envolvidos, fato que não existe nas sociedades mais desenvolvidas democraticamente.

Rodrigo Colaço, presidente da AMB, é preciso em sua argumentação ao afirmar que as instituições, incluindo o Judiciário, não podem ser compostas por pessoas que se afastaram da ética, pede ele que nesses casos haja julgamento rápido e punição exemplar dos acusados.
Para Colaço, a ausência de julgamentos definitivos de quem tem foro privilegiado, cria uma sensação de impunidade a que nós temos (os magistrados) que reagir, cumprindo nosso papel, julgando esses casos, mandando cumprir pena e mandando para a cadeia aqueles que são realmente culpados e inocentando aqueles que não mereciam ser acusados.

A propósito, antes que novos escândalos banalizados nos noticiários nos surpreenda por que a imprensa não lidera uma movimento para mobilizar-nos contra essa excrescência chamada “ foro privilegiado por prerrogativa de função”, que geram cidadãos diferenciados dos demais ?

Ou será que vão secar nossas lágrimas inutilmente diante a tanta patifaria ?

segunda-feira, 2 de julho de 2007

AS NEGOCIAÇÕES DE DOHA

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
02.07.07 @ 12:57

Os E.U.A sempre foram determinantes no rumo da economia planetária. Sempre se disse que um espirro lá virava pneumonia em vários países do globo.

As negociações de Doha, frente à inflexibilidade do eterno mandante mundial, Brasil e Índia mostraram-se desobedientes ao "prato pronto" sempre servido por eles e nem sempre ao paladar dos convidados...

A manutenção de subsídios agrícolas impedem a expansão de economias em desenvolvimento, que, via de regra, tem na agricultura o seu potencial exportador.

A matriz de tudo o que se produz em tecnologia encontra-se nos países mais ricos, sendo o restante apenas consumidor do que se produz por lá.

Dá para se ter uma pálida noção do que é exportarmos gêneros alimentícios em natura e importarmos chips para computadores de alta tecnologia e preços...

A quebra de braço nas negociações demonstra uma postura ousada, mas não de intransigência como querem alguns.

A negociação em bloco favorece economias incipientes que não seriam ouvidas não fosse assim.

O planeta necessita de diálogo, onde a manutenção de disparidades em nada contribui para aplacarmos a sede de justiça social dos mais dependentes.