sábado, 30 de junho de 2007

A AÇÃO MILITAR NO COMPLEXO DE FAVELAS NO RIO DE JANEIRO

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
30.06.07 @ 16:59

É estarrecedor vermos cenas de tiroteios intermitentes nessas operações militares, tendo por universo uma população atônita, refém do fogo cruzado...

É necessária a permanência de uma ação incisiva do Estado desarticulando os bunkers dos traficantes, reconquistando a confiança da população favelada, refém da lei do silêncio e amendrontada com a própria polícia.

Passados os momentos iniciais dos embates, supõe-se que a superioridade numérica e de armamentos da polícia supere a resistência do tráfico e se desmantele quadrilhas de meliantes que fazem de suas regiões terra de ninguém, se sobrepondo ao poder constituído.

Contudo, se o esforço concentrado for única e exclusivamente pela realização dos Jogos Panamericanos, com delegações internacionais de atletas, turistas e jornalistas,tudo será apenas cortina de fumaça, trégua negociada...

Urge que o Estado não delegue à marginais o que lhe cabe responder: segurança e proteção aos habitantes, seja dos morros ou dos calçadões.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

AS COTAS PARA OS NEGROS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
29.06.07 @ 22:00

Cotas para os negros no ensino superior gratuito, sim ou não ? Racismo de estado, como dizem ?

O certo é que a história pátria carrega sobre os ombros o peso de uma consciência culpada.
A mão de obra escrava foi o motor primeiro nos áridos tempos da colonização brasileira...

Contudo, quando não mais era possível manter-se a escravidão, foram renegados, trocados por imigrantes europeus brancos e asiáticos...

A exclusão começou ai. Para trabalhar de graça, na senzala e por ração, tudo bem.Remuneração digna ( ou arremedo disso) nunca !

As políticas de Estado para reparar essas desigualdades estão imbuídas de acertos, pois através da educação capacita-se o indivíduo para inserir-se em qualquer contexto...

Precisamos acreditar na eqüidade social como forma de atacarmos o mal de onde ele se origina.

Medidas desdenhadas como paliativas servem de justificativas para empurrarmos para lá questões que exigem ação imediata.

Afinal a educação é a ferramenta, a vara para se buscar o peixe...

quinta-feira, 28 de junho de 2007

A REFORMA POLÍTICA E A COERÊNCIA DOS PARTIDOS

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
28.06.07 @ 11:43

Ontem estive em um supermercado e, para embalar as compras, deram-me sacolas com emblemas do PMN ( Partido da Mobilização Nacional), achei curioso.

Supus que o ritmo das votações da reforma política estivessem caminhando no sentido do fortalecimento dos partidos e, então, já começassem a trabalhar o marketing para fixar no eleitor as siglas das legendas, nada contra.
Porém, pelo jeito, a tal lista fechada, da qual discordo pessoalmente, e também a flexível, que vejo como uma alternativa palatável, ambas foram sepultadas nas votações de ontem no plenário da câmara.

Recente pesquisa realizada pelo jornal O Correio Braziliense sobre partidos políticos dava expressiva vantagem ao PT quando a pergunta era mais ou menos essa: que partido se preocupa mais com os pobres ( ou algo assim...), sendo pouco expressivos os porcentuais auferidos pelas demais legendas.

A mídia deve observar, ao citar um parlamentar, o partido ao qual o mesmo representa, tanto nas denúncias quanto nas demais questões em que ele figura.

Quanto à coerência nas defesas das tribunas das casas legislativas, o que confunde o eleitor, é o partido assumir responsabilidades no governo e "lavar as mãos" em polêmicas desgastantes frente ao eleitorado...

Casos mais corriqueiros é a defesa da CLT nos moldes em que se encontra, protecionista e obsoleta, sendo entrave para a geração de empregos de que nosso povo tanto necessita.

É que rende muito falar em defesa de direitos, o que falta explicitar é aonde eles estrangulam a capacidade de gerar novos postos de trabalho, que é que o deve interessar a quem necessita trabalhar.

terça-feira, 26 de junho de 2007

AS NOTÍCIAS DA CORTE...

Insípidos, rotineiros e decepcionantes fatos nos demonstram que quem fala grosso mantém-se intocável, não duvido que Renan Calheiros venha a ser aureolado como injustiçado nesse processo todo...( Fernando Collor não foi ?)

Daqui não saio, daqui ninguém me tira, ou, eufemisticamente: "a palavra renúncia não faz parte de meu dicionário", enquanto uma velha figura já protagonista de outros escândalos parece vir à tona, o ex-governador de Brasília, Joaquim Roriz...

Daqui a pouco, para esquecermos os desatinos da Corte, nem será preciso outra efeméride espetaculosa, apenas será arquivada por " decurso de prazo", ou, como dizem, o que não tem remédio, remediado está... Ou ainda por absoluta indiferença e saco cheio da plebe ( nós ).

A impunidade grassa e deixa uma cultura de descaso nos usos e costumes de nossa vida republicana.

Enquanto isso, os aeroportos do País voltaram a registrar a turbulência dos desencontros de ordens e contra-ordens, restando ao Presidente Lula a oitava cobrança pública aos setores competentes (?).
Em cena, idosos, crianças, enfermos, pessoas dormindo no chão, atrasos e vôos cancelados... Há três dias voltou a calmaria, esperamos que continue.

De resto, a diplomacia brasileira e a Indiana enfrentando gigantes em queda de braço para abrir espaços no fechado comércio protecionista das Nações mais desenvolvidas.
Os EUA, sempre eles, levando a melhor com o emperramento das negociações de Doha, trazendo a União Européia a reboque e nos colocando uma faca no pescoço...

Tudo como antes, no quartel de abrantes ! ( velho, né ?) ou... a Inês é morta !

segunda-feira, 25 de junho de 2007

S.O.S DÓLAR X REAL

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
25.06.07 @ 10:03

O Estado têm como criar mecanismos compensatórios para mitigar áreas sensíveis às oscilações cambiais...

Os setores moveleiro, têxteis e calçadistas, apresentam-se em situação alarmante com a valorização do real.

A valorização do Real não é ruim, pelo contrário, pode dar a imagem exata do bom momento que atravessa a nossa Economia.

Temos, sim, que sermos rigorosos com produtos clandestinos que infestam o mercado, em detrimento do que é fabricado aqui e geram empregos e renda...

Os têxteis, por exemplo, empregam muitos trabalhadores e mantém empregos indiretos na sua cadeia produtiva.

Empregos deve ser a tônica de uma economia que se pretende ser sustentável.
A Valorização da nossa moeda não é mantida por meios artificiais, como já ocorreu no passado. Portanto ela sinaliza o momento de investimentos em maquinários e incrementos buscando alcançar excelências na produção, competitividade no mercado externo e consequente aumento na demanda por mão de obra, empregando o nosso povo.

Que se debrucem sobre os setores mais vitimados pelo câmbio, apoiando e inibindo fechamentos de indústrias de móveis, calcados e têxteis, com consequências irreparáveis para a economia doméstica.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

DA REALIDADE VIRTUAL PARA A VIDA REAL

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
22.06.07 @ 09:22

Os constantes anúncios de macro economia nos dão conta de que o País experimenta um dos melhores momentos de sua história...

Quantos à nós, joões e marias, quanta distância !

Lembra, para exemplificar, o quadro humorístico da Rede Globo, o Zorra Total, onde a prima pobre sempre fica próxima da bondade da prima rica, mas, na hora H...

Para nós tem restado alguns indicadores incômodos, como a estabilização no índice do desemprego, quando, no mínimo, ele deveria estar em escala descendente...

Ainda assim as previsões de Guido Mantega, de que os juros consignados aos empréstimos devem cair por serem ainda altos não deixa de ser uma boa notícia...

O nível de consumo de alimentos em supermercados também revela um aquecimento da economia, sendo que o dólar baixo, se ruim para exportadores, porém ajuda o mercado interno na outra ponta...

Temos que pensar numa redução significativa dos juros praticados no dia-a-dia do cartão de crédito, do cheque especial, muletas que esticam o orçamento e enforcam os usuários no curto prazo...

quinta-feira, 21 de junho de 2007

A PRIVATIZAÇÃO AEROPORTUÁRIA

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
21.06.07 @ 17:41

Agora começa a fazer sentido o caos aéreo que se verifica há oito meses no sistema de controle aéreo nacional...

Primeiro expõe-se as dificuldades, para, em seguida, conformada a sociedade sofrida e atazanada com tantos atrasos e desencontros, proporem a solução miraculosa, a privatização do setor.

As privatizações recentes tiveram grossos investimentos via BNDES,ou com a participação de fundos de pensão de funcionários públicos ou de sociedades mistas em que o governo é sócio majoritário ( Previ, Funcef, Petros, etc), ou seja, o Estado pagando a sua própria venda a particulares, em condições especialíssimas...

A proposta consta do seminário apresentado pelo DEM ( ex-PFL) e os privatistas tucanos do PSDB, defensores ardorosos dessa tese...

Salvo engano, corrijam-me se me falha a memória, como funcionavam os aeroportos antes no Brasil? Além de atrasos eventuais, motivados por questões corriqueiras, não me ocorre à lembrança crises recorrentes como a que tem se perpetuado de oito meses para cá...

Paranóias à parte, há algo de mal cheiroso no ar, e não é só pela concentração de monóxido de carbono devido ao tempo quente fora de época....

quarta-feira, 20 de junho de 2007

RENAN CALHEIROS E A DECISÃO DO SENADO

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
20.06.07 @ 10:37

Ontem, às 11.57hrs, neste blog, citei Pedro Simon, que, salvo ingenuidade minha, tem mantido posturas mais independentes, indagando pela sua posição no caso...

No meio da tarde Pedro Simon subiu à tribuna pedindo a renúncia de Renan Calheiros; quanto ao pedido feito ao Senador Eduardo Suplicy, também por este blog, nada aconteceu de relevante que valha a pena o registro...

Coincidência ou não, quero crer que tenham ouvido meus clamores indignados, o fato é que, ato contínuo, o senador gaúcho se manifestou...

De Pedro Simon tenho observado seus gestos engraçados, histriônicos muitas vezes, até mesmo quando tentava defender causas polêmicas como a sobrevivência da falida empresa Varig...
Contudo, o fato de não vê-lo envolvido em nenhum escândalo na vida pública ( já foi governador do Rio Grande do Sul e diversas vezes reeleito ao senado), além de não ter pudor algum ao desancar Fernando Collor de Mello reafirmando as mazelas de sua curta permanência na Presidência da República, bem ao contrário de seus pares arrependidos, mostrou-se sincero e autêntico, nessa e em diversas outras ocasiões.

De Suplicy a fala inaudível,sumida, entre-cortada por enervantes intervalos ( como se fosse recuperar o fôlego para pegar no tranco...), também aguardei manifestação sobre o assunto, pois ambos, ainda são merecedores de algum crédito...

Infelizmente somos obrigados a ter admiração pelos homens públicos apenas por cumprirem a sua obrigação de serem honestos, ou ao menos aparentar ser...

Aos demais membros torço, sinceramente, para mudar a minha impressão, ainda há tempo...

Não deixem o suspeito corporativismo encobrir mais essa patifaria indigesta, representem, efetivamente, os seus eleitores que clamam pela verdade dos fatos e a sua justa apuração...

A Instituição Senado da República agradece.

terça-feira, 19 de junho de 2007

BALANÇA MAIS NÃO CAI: POR QUE RENAN NÃO CAIU AINDA ?

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
19.06.07 @ 11:57

Indícios de maracutaias parecem não faltar. Há conversas sigilosas interceptadas, notas fiscais frias, documentos que não convencem, ditos e remendos, e o homem continua firme, sorridente, em sua pose monarcal...

Será que a Instituição Senado Federal é menos importante do que a figura do senador-presidente ? Ou todos os seus pares estão mancomunados nesse enredo kafkaniano ?

A princípio pedia-se o afastamento temporário para não se interferir na investigação, afinal é o mínimo que a sociedade deve esperar em seu respeito.

Agora espera-se que o senador presidente não perca apenas a presidência da casa, mas o mandato que exerce, sob pena de não só macular a Casa Legislativa Federal, como colocar todos os seus membros no mesmo saco...

Essa história está se alongando, já não convencem os argumentos da defesa, restam mais dúvidas a cada tentativa vã de tapar o sol com a peneira...

Afinal, o que esperam os senhores senadores ? Possivelmente que nos cansemos ( como sempre) e deixem a poeira baixar para engulirmos mais esse sapo...

E aí, senadores como Eduardo Suplicy e Pedro Simon, como andam as suas posturas independentes neste caso ?

Vocês têm a palavra, no pouco do que resta de decência nesse Senado da República...

DE NOVO O DISCURSO PRIVATIZANTE, DEVAGAR COM O ANDOR...

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
19.06.07 @ 09:14

Quando se comenta a ocupação da USP ( que para mim já está mais que na hora de acabar, pela inoportunidade da extensão do movimento...), ouço um clamor pelo fim da gratuidade do ensino público.

Lembremo-nos que a dita classe média, aquela que tem condições de se manifestar nos meios de comunicação escrita, falada e televisada, a tal mídia, se omitiram durante todos esses anos ( em alguns casos dá para entender o silêncio, ninguém enfrenta baionetas em sã consciência...)e resultou nesta catástrofe dos serviços públicos de má qualidade, principalmente Saúde, educação e segurança pública.

Quem podia não questionou, saiu-se pela tangente pagando de seu bolso e ajudando o Estado em sua indolência com as responsabilidades que lhe são afins ( ou deveriam ser).

Pois bem, ai estão o resultado de tanta indiferença, planos de saúde abusivos em preços e péssimos em atendimentos, escolas privadas pululam em cada esquina, como botequins, de discutível qualidade e a (In)segurança pública atolada em corrupção e desdenhando a proteção à sociedade civil...

]Devemos lutar para termos a preservação de USPS, UNESPS, UNICAMPS, e não argumentarmos pelo fim de tais entidades...

Nem tanto ao mar nem tanto à terra, senão as vítimas seremos nós, essa falida classe média vítima de tantas pirotecnias dos planos econômicos que a reduziu à "pose" sem, contudo, ter a "posse"...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

A VIDA CONTINUA...

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
18.06.07 @ 11:09

Parece insignificante comentar sobre a vida palaciana, nesta ensolarada manhã de segunda-feira, onde a faina diária nos convoca à luta pela sobrevivência, nós, milhões no anonimato de nossas existências...

Ler as manchetes que se repetem à exaustão, na profusão de balas perdidas e vítimas inocentes...

Em políticos em lances mirabolantes, onde quase beija a lona e sobrevive no último momento, graças às mãos amigas da corporação ( tementes ao estardalhaço que pode respingar em suas suspeitas biografias em conluios inconfessáveis...)

Nesta realidade virtual onde o País dos sonhos vai melhor e a vida de seus cidadãos vai indo à deriva, como sempre...

Nas megas operações da polícia sob suspeita da luta interna por conquista de territórios...

Na aposta pela ilegalidade dos jogos de azar para manterem a atividade engordando rendimentos extras de vários Poderes...

Na certeza da impunidade do escândalo cotidiano que já não estarrece por ser corriqueiro, como as notícias de acidentes diários...

Nas gafes menores de ministros trazidas à lume, como se não fosse do feitio da nossa gente a pândega, o rir da própria dor e desgraça ...

Das chacotas do mal português do Presidente, relevando-se erros maiores...

E por fim da colcha de retalhos da reforma política, contemporizando interesses e deixando brechas para os mesmos erros que se pretendem corrigir...

É segunda-feira, igual há uma semana, igual à próxima.... boa semana à todos !

domingo, 17 de junho de 2007

O QUE SERÁ, QUE SERÁ ?

Quando ouvíamos a cancão, na cifrada mensagem, entendíamos o recado, menos explícito por força das baionetas verde-olivas de então...

Passou-se o tempo, defenestraram-se os golpistas, inaugurou-se uma retomada de esperanças...

Na abertura democrática coube tudo: Colégio Eleitoral, Constituinte cidadã, deposição de presidente, abertura de mercados...

Pirotécnicos ensaios econômicos, o País como balão de ensaios, a sociedade como camundongos de laboratórios...

Suprimiram zeros, mudou o nome da moeda, equipararam o fraco dindim pátrio com o dólar, congelaram preços e salários, depois descongelaram os preços, mantendo-se na geladeira o poder de compra...

Debelou-se a hiper-inflação, privatizaram, entre vaias e aplausos, o que devia e o que não, sem explicarem para onde foram tantos recursos...

Bondades do BNDES, venda do Estado com o dinheiro do mesmo, ou seja, nosso, dos contribuintes...Há convincentes argumentos para tudo, até para isso.

Venceu-se o medo e elegeram o que parecia ameaça... felizmente, apesar das trapalhadas, a sociedade não se lesou tanto, a economia não virou fumaça, como se temia...

As negociatas dos gabinetes, a farra dos bois grandes, a vulnerabilidade do Estado na exposição dos podres Poderes...

Em nome da transparência, do “ doa a quem doer “ megas operações policialescas e a dúvida do “agora vai” pela inquietante cisma de que tudo não passe de guerra intestina entre policias em disputa por seus mercados...

E a noção exata de que o Estado, além dos governantes, tem sua vida própria,
é um monstro de muitas cabeças, a surpreender a cada momento a estarrecida população...

Espero não concluir, em nome da esperança, como a canção, ...

“ o que não tem governo, nem nunca terá !"

sexta-feira, 15 de junho de 2007

A MINI SÉRIE A PEDRA DO REINO -ARIANO SUASSUNA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
15.06.07 @ 11:41

A globo ousou e nos premiou com a sua ousadia, apesar da aparente incompreensão do público televisivo, seja pelo horário e mesmo pelas inovações propostas pelo autor e diretor da mini-série.

Mas, já imaginou se não ousassem ? Não teríamos essa beleza no ar e o eterno formato que já vem dando certo preponderaria.

O lançamento em DVD futuramente talvez faça jus à obra de Ariano Suassuna, como espero que o livro cumpra essa tarefa.

Raramente cumprimento a Rede Globo, alvo sempre de críticas, porém sou obrigado a tirar o chapéu...

A LISTA HÍBRIDA NA REFORMA ELEITORAL

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
15.06.07 @ 10:56

Aventei essa possibilidade em comentário anterior sobre este tema e neste blog.

Creio que a medida é salutar, pois combinam as duas coisas:o voto no partido, o que o fortalece, e no candidato, que ao cabalar o maior número de votos passaria a ter precedência na posição no rol dos eleitos.

Se observado o critério legitimado pelo eleitor no seu candidato, a lista flexível tiraria a autonomia de eventuais caciques partidários de quererem engessá-la como se temia.

Se caso os indicados para a lista não obtiverem a votação suficiente para serem eleitos perderiam o espaço para os indicados mais votados, parece-me perfeita a combinação proposta.

Resta-me uma preocupação não menos polêmica, o voto facultativo...

Fica difícil argumentar pela obrigatoriedade, embora pareça-me necessária.
Penso que pela própria incipiente democracia brasileira e o alheamento de grande parte dos cidadãos com o processo eleitoral, parece-me temeroso deixarmos à livre escolha se vota ou não...

Há regiões em que a ida do eleitor às urnas seria regiamente "paga" e exigida, deformando o processo de livre escolha...

Temo ainda pela ausência voluntária de imensa parcela do eleitorado, ficando a eleição circunscrita à pequenos setores sociais, gerando o distanciamento dos políticos com suas regiões...

Poderíamos ter eleitos não referendados pela maioria e, portanto, fracassando o maior mérito do processo representativo, que é a participação do cidadão.

Creio que aos poucos, e com sincera vontade política, poderemos chegar perto do que desejamos para definirmos melhor o processo eleitoral em nosso País...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

LAMARCA, UM RECONHECIMENTO POR MÉRITO.


Posso já não compactuar com os mesmos ideais que alimentaram homens e mulheres a entrar na luta por verdades que se mostraram falsas, enfrentando desafios ingentes, expondo-se inteiramente pelo que acreditavam certo.

Contudo, não posso deixar de admirá-los, pessoas como Luiz Carlos Prestes, Lamarca, Marighela e muitos outros e outras...

São pessoas que renegaram o conforto de suas carreiras, Prestes, como Lamarca, eram militares de carreira. Prestes passou mais de dez anos na prisão do Estado-Novo Getulista, dali saindo para apoiar o Caudilho, o mesmo que deportou, grávida, Olga Benário, sua mulher, para o campo de concentração nazista.

A causa que defendia sobrepujava as dores íntimas, o amor ao Povo justificava a sua ação... O amor a este País, de raríssimas celebridades !

Enxergaram as mazelas sociais e acreditaram nas mudanças que poderiam ajudar a acontecer,não viveram à espera da cômoda aposentadoria em fardas com distintivos e mãos sujas com sangue dos porões da tortura...

Não se furtaram à luta, desconheceram limites, quando há tanta comodidade em olhar para o próprio umbigo, onde os mais próximos são apenas os familiares...

Pelo contrário, sacrificaram os próprios entes queridos em sua luta pelo que achavam justo. Quanto tudo era escuro, tentaram acender uma luz de esperança.

Talvez esse reconhecimento aos familiares de Lamarca seja pouco por quem amou a sua gente e acreditou sinceramente em uma sociedade mais justa e fraterna, e morreu por essa causa.

A ETERNA REFORMA AGRÁRIA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
14.06.07 @ 19:21

Já diziam que enquanto a reforma agrária não for entendida fora de um discurso ideológico (no sentido político em que comumente se aplica) , será sempre mal entendida...

A principio pode parecer uma reivindicação de expropriação anti-capitalista, cabal engano.

Dar terra a quem não tem é tornar alguém proprietário, incompatível com a retórica da esquerda tradicional que prega a socialização avessa à propriedade privada...

Louve-se, contudo, as operosas e bem sucedidas cooperativas de trabalhadores rurais que se associam para usufruir de insumos e instrumentos agrícolas mecanizados, o que individualmente seria impossível.

Esse modelo cooperativo deveria ser um parâmetro para essa atividade comercial, com o mesmo zelo com que trata o governo com a agro-indústria e os criadores de gados nas intempéries climáticas, pragas ocasionais, oscilações cambiais e nas endemias de febre aftosa e outras.

Os recursos dos Bancos de fomento estatal, BNDES, BRASIL, CEF, NORDESTE,destinando e democratizando o acesso a investimentos e criando políticas de preços mínimos para os núcleos cooperativos se fortalecerem e expandir.

Sendo a terra patrimônio nacional como matriz primária na produção de alimentos, convém medidas que inibam a especulação imobiliária em extensas áreas, favorecendo o latifúndio improdutivo. Isso, contudo, tem sido argumento para a proliferação de Movimentos reivindicatórios cada vez mais insaciáveis...

Denúncias em passado recente nos dão conta de que “expropriados” fazendeiros tiveram suas propriedades supervalorizadas, em conluio com esses movimentos, visando enriquecimento ilícito dos envolvidos...

Qual o mapeamento disponível para aferição se os assentamentos permanecem nas mãos de seus originais beneficiários ou foram transacionados a terceiros ?

O governo exibe números e avanços dentro da política agrária e é contestado por líderes desses movimentos...

O que falta é a transparência, é entendermos qual a disponibilidade de terras passíveis de expropriação indenizada pelo Estado para fins da reforma agrária.

Contudo, sob essa bandeira, não há mais como tolerarmos atos de vandalismos e atentados ao Estado de Direito, situação em que os governos vêm mantendo com demagógica leniência.

O DIA NACIONAL CONTRA O TRABALHO INFANTIL, 12 DE JUNHO

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante]
14.06.07 @ 10:15

É sempre incômodo ver crianças sendo exploradas no mercado de trabalho, utilizadas que são para minimizar as necessidades da sobrevivência familiar, as mais próximas estão à nossa volta nos faróis e praças dos grande centros...Mas elas também estão nos lixões à céu aberto, nas lavouras de cana de açúcar, carvoarias, na prostituição infantil, no narcotráfico...

Incomoda-me quando, soberbos, questionam as medidas levadas a efeito pelos Governos, taxando-as de paliativas, eleitoreiras e assistencialistas...

Esses de um lado, e de outro o discurso propagado pelas diversas religiões contra o planejamento familiar, via contraceptivos, entre outras providências.

Assusta a quantidade de adolescentes grávidas, embora o discurso da prevenção seja difundido diariamente pelos meios de comunicação. A tendência é o fruto dessa aventura ficar exclusivamente sob a responsabilidade da jovem mãe, geralmente despreparada para enfrentar os desafios da responsabilidade assumida.

A questão da inclusão social, pauta prioritária de qualquer governo responsável, passa por um conjunto de políticas sociais( Educação, Saúde, saneamento básico, habitação, emprego, etc), não é algo que se resolve de uma canetada e os resultados não são de curto prazo.

Assim, medidas tópicas tem que ser tomadas,não podem ser desdenhadas, ainda que paliativas, pois quem tem fome não pode esperar...

Sem a educação e ampla conscientização das camadas mais sofridas de nosso povo, além de efetivo apoio, o Estado continuará como o cão correndo atrás do rabo...

E datas como essa, do dia Nacional contra o Trabalho Infantil,12 de junho, nódoa no calendário...

terça-feira, 12 de junho de 2007

A LISTA FECHADA E A REFORMA ELEITORAL

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
12.06.07 @ 14:14

Torna-se difícil conceber a votação em uma lista fechada, ainda mais quando propostas partidárias não são levadas à sério pelos partidos.

Parecem bandeiras de ocasião, às vezes eleitoreiras apenas.Raramente o proceder condiz com os discursos apregoados na cata aos votos de eleição em eleição.

Ademais, quem nos garante os critérios na elaboração da lista? Bem ou mal ao votarmos estamos destinando o voto no partido, correto, mas também no candidato... E quando a escolha não recai exclusivamente no mesmo partido, ou seja, vota-se no candidato majoritário de uma legenda e no proporcional de outra? No popular voto misto ?

Creio que no Brasil os partidos ainda engatinham, faltando-lhes, além de coerência no proceder, credibilidade em suas propostas. Temos uma vivência democrática breve e intercortadas por vários golpes, da república velha aos dias atuais.

A existência dos atuais partidos, guase todos criados há menos de 3 décadas, o que, para se estabelecer uma cultura de usos e costumes é pouco...

Como entendermos confederações de legendas abrigadas sob uma mesma sigla,com idiossincrasias próprias dependendo da região e de seus caciques ?
Ou mesmo uma coalizão que parece uma fuzarca de bandeiras de diversos matizes ?

Pois é, a prática partidária não tem correspondido coerentemente com a ideologia que deveria ter cada legenda, assim...

Vejam as eleições recentes onde o oportunismo preponderou em diversas regiões sobre a fidelidade à legenda, estabelecendo-se conluios e desprezando-se os candidatos majoritários indicados e referendados pelas instâncias partidárias...

Não será através de listas fechadas, que mais parecem mistério para os eleitores, que resolverão o problema de fortalecimento dos partidos.

Apostem noutra forma, nessa não dá para confiar...

segunda-feira, 11 de junho de 2007

A INCLUSÃO DIGITAL COMO POLÍTICA PÚBLICA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
11.06.07 @ 15:02

Já me manifestei em um outro blog deste jornal sobre o tema e volto ao comentário.

Diferentemente de opcional o uso dessa nova ferramenta, o computador, tornou-se imprescindível, interferindo na própria economia do País.

Nos anos 70 o requisito exigível para o início de qualquer jovem no mercado de trabalho era simples. Bastava conhecimento de datilografia e estar cursando o então curso ginasial e já estava apto o concorrente para ingressar nos serviços de escritório ou bancário.

Passados pouco mais de três décadas, contudo, o universo se ampliou, exigindo-se conhecimentos em novas tecnologias e idiomas ( Inglês e Espanhol), com requisito de pós graduação em algumas àreas de nível superior.

Infelizmente, em sentido inversamente proporcional, o ensino decaiu em qualidade, com desmotivação profissional para o corpo docente, graças a baixos salários, sobretudo.

Ou seja, enquanto o mundo avança, célere, em novos conhecimentos, fundamentado em aplicação em educação, o Brasil foi indolente com esse setor vital para a sua inserção no mundo globalizado...

Ocorre que Educação não se melhora com medidas paliativas, de curto prazo. São investimentos de longo alcance, apostando-se hoje em gerações futuras.

Os setores sociais com mais condições de reivindicar por melhorias na Educação, Saúde e Segurança Pública, eximiram-se de participar, optando-se por saídas individuais.

Assim cresceram assustadoramente escolas particulares de ensino duvidoso, planos de saúde que dominam a maior parte da receita de aposentados, e a (in)segurança social, pois quem podia gritar por melhorias correu atrás de resolver o seu lado, deixando livre o Estado de suas mais básicas obrigações.

Parênteses que abro para lembrar que muitos hoje buscam esses serviços no Estado e não encontram aquilo pelo que deixaram de lutar.

Apesar de incipiente e tímida ainda a medida de se proporcionar o acesso ao laptop popular aos estudantes da rede pública deve-se contabilizar como um remendo necessário, visto que o poder aquisitivo de amplos setores de nossa população são aviltantes e só comparáveis às nações que engatinham ainda no pré-capitalismo

MANGABEIRA UNGER ASSUMIRÁ O MINISTÉRIO ?

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
11.06.07 @ 12:18

Pena se Mangabeira Unger não assumir o ministério...

No meio de tantas mediocridades lançadas ao status de ministro, perderíamos a oportunidade de termos uma voz independente no Governo.

Com a saída de Frei Betto da assessoria pessoal de Lula, algo como um grilo falante do bem nos ouvidos do presidente, fará falta alguém de livre pensar na Esplanada dos Ministérios.

Neste universo de beija-mão que acostumam assediar o detentor da caneta que nomeia, urge termos vozes dissoantes para arejar os ares saturados de puxa-sacos...

Até porque, curiosamente, o indicado chegaria após publicamente ter defenestrado o governo, exigindo, inclusive, a sua deposição.

O que vale, entretanto, além da louvável e humana atitude de se reconhecer erros e se desculpar por eles, também publicamente, é agregarmos figuras que se dispõem a repensar este País...

Nestes áridos tempos do salve-se quem puder, onde a faina de se ocupar espaços nos vários escalões do Governo prepondera sobre qualquer critério de competência e méritos, a eventual não assunção do cogitado ministro seria um desalento.

FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS ELEITORAIS E A LISTA FECHADA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
11.06.07 @ 10:41

Estaremos nos distanciando do eleito cada vez mais, se aprovada a tal lista fechada para a escolha dos candidatos.

Embora defenda o fortalecimento dos partidos em suas propostas programáticas, o foco do eleitor se concentra, também, na figura a ser eleita. Vota-se no fulano de tal, do partido tal, até por se conhecer sua trajetória pública e suas posições pessoais que, acredita-se, as defenderá nos foros próprios do partido e em suas instâncias deliberativas.

A tal lista, com o pretexto para se garantir o financiamento público das campanhas, é uma camisa de força, distanciando o eleito e o seu eleitorado.

Corre-se o risco de se privilegiar nomes em detrimentos de outros, por razões que jamais se tornarão públicas.A eternização de políticos pertencentes à cúpula diretiva, por exemplo, em oposição aos que tiverem independência em suas posições, ainda que dentro dos limites do programa partidário.

A lista fechada não deve ser cogitada sob esse pretexto,o de financiamento das campanhas, sob pena de estarmos criando um monstrengo com a desculpa de eliminar outro, o caixa 2,que infelizmente duvido que deixará de existir.

Alternativas outras devem vir à baila, priorizando sempre a transparência junto à Sociedade, que deve ser a principal beneficiada nessas necessárias mudanças na lei eleitoral.

sábado, 9 de junho de 2007

AS RELAÇÕES DO G-7 COM O MUNDO EMERGENTE E OS POBRES

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
09.06.07 @ 12:51

Não será por "espírito Cristão" que os mais aquinhoados países estenderão suas mãos para os irmãos emergentes ou pobres...

Essa não é prática capitalista, que está mais para o processo de seleção natural darwiniano que de concessões humanitárias...

Contudo, ponderemos que, se não for por sentimentos humanitários a evolução dos mercados obrigará sempre pequenas concessões, ainda mais nas economias globalizadas.

Lembrando a história, a Inglaterra intervinha nas relações política do Brasil colônia com Portugal para se evitar o tráfico negreiro, pois isso impedia a expansão de seus interesses comerciais de além mar. Trocar a mão de obra escrava por trabalhadores assalariados aumentaria o mercado consumidor dos produtos ingleses. Por vias indiretas a questão comercial interferiu em favor de uma causa nobre, o fim da escravidão.

Assim, seja por interesse ou não, as Nações dominantes terão que se abrir para ceder, seja defendendo ou não as suas reais intenções, pois o plâneta é constituído de mercados consumidores promissores e o capitalismo não conhece limites...

A questão ambiental, se não tratada com toda prudência que requer interferirá na economia mundial, portanto...

Não importam, no caso em tela, as razões, todos sairemos ganhando na forçada "colaboração" do seleto grupo dominante...

DIREITA OU ESQUERDA ?

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
09.06.07 @ 11:36

Há muito a questão deixou de ser esta, direita ou esquerda.

Os extremos já não condizem com a realidade dos fatos. Se ser de esquerda significar um Estado forte, abrangente, sou de direita, pois defendo até certo ponto algumas privatizações feitas pelo governo anterior, embora eleitor do PT, desde a sua fundação.

Se ser de direita for se a favor da exclusão social, racismos e a pena de morte, me situo à esquerda nestes aspectos.

Na luta pela redemocratização do País muitos empunharam bandeiras libertárias, sem, contudo, serem desta ou daquela tendência nas nuances ideológicas dos partidos clandestinos. Tenho a impressão de que muitos pereceram nos porões das torturas por simplesmente reivindicarem a liberdade de expressão...

Chego a crer que muitos que se insurgiram contra o arbítrio na ditadura militar não sobreviveriam em um regime também sob a égide da mão de ferro, ainda que sob as desculpas da justiça social.

Apesar do Caos do livre mercado e da capenga democracia representativa, ainda não inventaram regimes políticos que preservem a liberdade, bem inalienável do ser humano, que o distingue dos demais no reino animal.

Também não tenho ilusões quanto à liberdade total, outra quimera anarquista, pois na verdade somos conduzidos por processos mais elaborados ( pelas mídias, por exemplo) à conformação.

Se a religião era para Karl Marx o ópio do povo, a sociedade de consumo capitalista também exerce o mesmo papel no mundo atual.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

VAI ACABAR EM PIZZA ?

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
04.06.07 @ 02:08

Parece que a clima tende a entrar em banho maria,apaziguado os ânimos contra Renan Calheiros. Primeiro com a fila de cumprimentos dos senadores hipotecando solidariedade ao colega que, numa mea culpa, tinha tudo para sair-se bem do episódio onde reconhece que errou ao ter uma fraqueza de homem e cometer o adultério, que resultou na paternidade indesejada, mas que, pai zeloso, amparou regiamente mãe e filha...

Ocorre que tudo isso é apenas a parte menor do desenrolar dos fatos. A operação Navalha traz à lume escusas ligações do mencionado senador com o governo das Alagoas, do PSBD, Teôtonio Vilela, ambos entrosadíssimos com o dono da empreiteira Gautama, recém beneficiado com um habeas-corpus, que o livrou da carceragem.

Isso é que se depreende das escutas telefônicas, dos aditamentos milionários de contrato de obras a cargo da referida empresa,obras, inclusive, inacabadas ou mesmo que nunca começaram...

Depois de considerarem exageros da Polícia Federal, no festival de algemados de paletós e gravatas, ao que tudo indica questionam a prática do grampo telefônico,mesmo com autorização judicial, com argumentos de invasão de privacidades...

Bem comenta o Frei Beto, em artigo da semana passada na Folha de São Paulo, onde define que as tais "elites" que se apoderaram sempre do Estado, seja com financiamentos a juros baixos junto ao BNDES, onde a burocracia mantem distantes qualquer tomador de pequeno porte, ou aos eternos beneficiários das entranhas do Poder, que se queixam de ver suas pústulas exibidas a céu aberto nestas operações investigativas promovidas pela Justiça e operadas pela PF.

Se quisermos passar este País a limpo é bom que comecemos a enfrentar as coisas de frente, e, para usar uma frase sempre em voga em situações tais ( Collor a usou muito no auge dos escândalos que o defenestrou do Palácio da Alvorada, e Lula mais recentemente) "Doa a quem doer ", é o que esperamos ( aliás, vivemos sempre na eterna espera...).

A NORMALIDADE LEGISLATIVA E AS CPIS

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
17.04.07 @ 11:38

Pobre do Brasil... de CPI em CPI, amargura-se a paralisia que isso representará (se instalada) nos trabalhos da casa Legislativa. Será mesmo fundamental que seja essa a via, a única que os Srs. parlamentares enxergam ?

Parece que temos uma oposição baratinada, amesquinhada o suficiente para buscar holofotes que a iluminem num palco cada vez mais tênue de luz própria.

Senhores, há instituições confiáveis( têm dado provas acerbas disso!)como o Ministério Público e a própria Polícia Federal... Não é oportunismo inoportuno a essas alturas do campeonato,onde esperamos que medidas urgentes entrem na pauta de discussões visando um aprofundamento dos debates sobre, por exemplo, O PAC ? Sempre argumentamos que os governos vivem administrando o "arroz e feijão" do dia-a-dia, sem um plano que dê uma esperança de longo fôlego, e agora ?

O PAC,com certeza não é a panacéia para todos os males, não tenho dúvidas disso...Contudo ninguém pode deixar de considerá-lo audacioso e arrojado, envolvendo setores estratégicos para alavancar a nossa travada economia.

Espero que o bom senso prevaleça, acima das picuinhas parlamentares. Que a oposição, que ontem foi situação, pense melhor nos interesses da Nação.

A CLT E OS EMPREGOS

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
18.05.07 @ 16:16

Podemos concordar que tais temas, a Previdência Social e a Reforma Trabalhista, sejam antipáticos e indigestos para qualquer governante, principalmente para alguém com a origem sindical como a de Lula.

Mas, queiramos ou não, urgem providências. Notadamente com relação à amarrada CLT, que acólitos adesistas e oportunistas bradam na televisão,como se a manutenção de seus preceitos protecionistas pudessem ser a salvação da pátria.Se fossem, não estaríamos com esse nível alarmante de sub-empregados e de desempregados.

O discurso na mídia fica fácil,por ser unilateral, mais ainda se levarmos em conta que quem se manifesta (PTB,PDT)fazem parte da base aliada do governo, integram ministérios. Soa patético, falso, pois parecem que chutam para o gol e correm afoitos para a defesa, ensaiando os papéis de defensores dos interesses da Classe trabalhadora.

Todos sabemos que são questões inadiáveis e que obstruem o desenvolvimento do País, porém o ônus querem repassá-lo exclusivamente ao Executivo.

Assumir que precisamos ter normas dentro da realidade, da capacidade de serem suportadas pelas empresas, essas sim responsáveis pelos investimentos privados e a geração da grande massa de empregos em qualquer país, aí todos se acovardam. Isso é ser conservador e da direita.

É mais cômodo posar de combativos representantes da grande massa assalariada ( muito mal paga, diga-se)do que rasgar o verbo e enxergar a realidade do lado em que ela mais dói, sim precisamos flexibilizar as relações trabalhistas, discutir os chamados gargalos, trazer a tal legislação para a ótica de nossos dias.

Já perceberam que raramente se vê um político falar nisso? São sempre técnicos, economistas ou jornalistas a tocarem no delicado tema.

Que adianta assegurarmos direitos e não termos como garanti-los ? Melhor o debate franco, aberto, com centrais sindicais, empresários ( grandes, médios e pequenos)e o governo encaminhar uma legislação que promova o principal benefício para quem vive de seu salário: o emprego !

A Nação, que não é feita de belos e empolados discursos,e sim de homens e mulheres que labutam no dia-a-dia, agradeceria.

SOBRE A REFORMA POLÍTICA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
05.06.07 @ 10:57

Seria conveniente que a imprensa destacasse pontos do projeto apresentado, permitindo um debate aberto com a sociedade.Questões importantíssimas devem ser trazidas à baila, o que, se não resolve, pelos menos dificulta as maracutaias que estão enxovalhando o Poder Legislativo e enojando os eleitores.

A questão da fidelidade partidária é o retrato mais visível do descaso do eleito para com seus eleitores. Elege-se sob uma Bandeira (será que existe ?) e, imediatamente, busca abrigo em outra legenda, de acordo sempre com suas conveniências.

Assim questões de igual relevância como o voto aberto nas casas legislativas, permitindo o acompanhamento pelo eleitor dos passos de seus representantes...

Restrições ao foro privilegiado dos senhores parlamentares, restringindo-se, exclusivamente, aos delitos praticados no exercício do mandato e em decorrência deste...

Presença nas sessões plenárias, o que se observa são sempre meia dúzia de pessoas presentes às reuniões... Publicações periódicas das listas de presenças na tv senado ou pela Imprensa privada.

Quebra do sigilo bancário no ato de assumir a legislatura, bem como o de imposto de renda, antes e após o término do mandato...

Verbas de gabinetes esclarecidas para o conjunto da sociedade, afinal a parte menor das despesas é o salário nominal do eleito...

Critérios para a escolha de seus assessores, vedando-se sinecuras e nepotismos...

Procedimentos do conselho de ética das casas legislativas devem buscar as isenções de corporativismo no julgamento de seus pares, em atos infracionais ao decoro e ao regimento disciplinar...

Possibilidade de os partidos exigirem lealdade de seus membros em questões programáticas da legenda que vierem a ser desdenhadas pelo parlamentar, inclusive com afastamento do mesmo.

Por fim, deseja-se que votem uma reforma inteira, não "meia-boca", para inglês ver... A sacola tá transbordando, talvez em futuras eleições os votos nulos e em branco suplantem os válidos...

E pensar que fomos tão perseguidos pelo legítimo direito de escolher nossos dignos representantes !

SINDICALISMO DE RESULTADOS

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
02.05.07 @ 12:49

Querendo ou não, o Brasil, diga-se o governo, terá que enfrentar questões indigestas e impopularíssimas pela frente. Empurrar para o(s) próximo(s) governante(s) pode não ser possível. O fato é que a questão previdenciária exige urgência, o tal rombo anual trava o desenvolvimento, pois suga o erário de forma estupenda. A revisão da anacrônica CLT que trata todos por igual, de micro-empresa a multi-nacional precisa vir à lume, queiram ou não.

Do jeito que as coisas estão, a informalidade será dominante ( se já não for)sobre a formalidade, e os fóruns trabalhistas do País continuarão a ser um bom negócio para os advogados de lado a lado.

Ouvi, dias desses, a lúcida voz de um estudioso do assunto, Celso Pastore, alertar que precisamos tratar os desiguais de forma desigual, ou seja, ou buscamos alternativas legais para a questão que nivela obrigações entre as empresas,independentes de seu porte e capacidade, ou conviveremos com essa realidade a engessar os passos do desenvolvimento do País.

Nestas questões, o presidente e ex-líder sindical, além de egressos sindicalistas no Poder, terão que resolver, e sem demagogias, pois o Brasil precisa dessas soluções...

Não se trata de ser lembrado como benemérito pai da classe operária,como foi ao seu tempo Getúlio Vargas, mas de necessária visão de futuro para o País que almejamos e isso com empregos para todos

ROBERTO MANGABEIRA UNGER E O PODER

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
30.04.07 @ 09:58

A vida tem dessas coisas, e por isso é que crescemos, fazemos outro juízo de alguma coisa que aparentemente execrávamos. Certa feita, Gandhi, interpelado por um de seus seguidores, que o lembrava de que ele não concordava com algo que tinha aceito, este respondeu: Foi ? Então cresci. Assim somos nós, até no cotidiano de nossas existências, hipocrisia é não assumirmos isso.

Mudar faz parte. Quando ela visível em um homem notável, popular, é que ganha aspectos de espanto, de inacreditável. Como no caso do professor emérito Roberto Mangabeira Unger, ao aceitar o cargo no governo. Não me surpreendi ao vê-lo no programa eleitoral do Lula, apoiando-o, achei bom. Aliás, eu próprio, baseado unicamente nas informações da grande mídia ( há louváveis exceções, é certo),imaginava Lula e o PT detonados politicamente. O horário eleitoral gratuito deu-me respostas sobre as realizações de governo, que passaram como pequenas notas de roda pé na grande imprensa. Tivéssemos mais uma semana de horário na tv e a diferença eleitoral teria sido ainda mais acachapante, a despeito de tanta torcida contra.

Estranho ninguém ter comentado a entrevista de Fernando Collor de Mello, na Folha de São Paulo, onde o mesmo reconhecia ser o governo de Lula bom e com grande sensibilidade social e que, se o aceitassem, pertenceria a um partido da base aliada, como acabou ocorrendo com sua transferência para o PTB.

Como dizia o roqueiro Raul Seixas "prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Que Mangabeira acrescente, com sua cultura e competência, progressos ao Brasil.

REELEIÇÃO, FIDELIDADE PARTIDÁRIA, ETC...

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
22.04.07 @ 15:21

Nesta confusão toda, há,pelo menos, uma constatação relevante: não há consenso sobre o fim da reeleição.

Quanto à fidelidade partidária... quem convida todos para a sua festa depois não pode se queixar dos "bicões"; ou seja, enquanto não houver critérios partidários para a indicação de seus candidatos a cargos,sejam majoritários ou proporcionais, correm o risco de verem a sua legenda ficar raquítica, pela inevitável debandada. Alguns são recrutados apenas pela sua popularidade ou reputação regional, e aceitam por vaidade (quando não por outros escusos interesses) e não por convicção de quem possam contribuir efetivamente no parlamento ou na governança.

Quanto à contribuição pública de campanhas, em tese, louvável, inaplicável, contudo, na prática. Se há legendas que se inscrevem para depois servirem de satélites a outros partidos em campanhas, o que dizer se receberem , ainda, dinheiro público para disputá-las ?

A prorrogação de mandatos executivos e proporcionais, somente se forem para resolver ajustes necessários. Aí o sapo fica menos indigesto. Ninguém desconhece que o nosso sistema prevê um mandato exíguo para que o governante possa colocar seus planos e executá-los no exercício de sua gestão. Aí, convém pensarmos na possibilidade de mandato de 6 anos...

A reeleição deve permanecer e ser aprimorada. O governante candidato à recondução deve, sim, se ausentar do mandato meses antes das campanhas, por questões de igualdades de condições com os demais participantes.

A reeleição é necessária, cabendo ao eleitor manter ou defenestrar seu escolhido, democraticamente, no sufrágio das urnas.

REELEIÇÃO

Em resposta a: Terapia ocupacional jornal Estado de São Paulo
Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] ·
http://147632

Tratamos do assunto da reeleição como coisa abjeta, descartável, sem, contudo, questionarmos além dos interesses imediatistas dos que tem o poder de decidir, infelizmente, e ao que parece, ao arrepio de maiores debates com a sociedade.

A reeleição existe há muito tempo nas democracias mais conhecidas. Na frança, por exemplo, o mandato do governante é de 7 anos, com direito à recondução, lá foi a pátria do Iluminismo, sede da revolução que mexeu com a história da humanidade. Podemos citar, entre outros, os Estados Unidos da América, para ficar em apenas dois.

Por que aqui temos que ser tão instáveis ? Recorda-me a questão do "jeitinho" brasileiro, a história pátria nos dá excelentes modelos. Vejamos o parlamentarismo urdido às pressas para contornar uma crise institucional da posse do Jango, após a renúncia do Jânio, para depois voltarmos ao presidencialismo.Caso mais recente foi nas diretas já, criaram o colégio eleitoral, meio paliativo de não melindrar nossa incipiente nova república com os militares arriados do poder.

Será que o instituto da reeleição é tão nefasto como querem fazer crer ? O povo deve ter o direito de manter o governante que escolheu ou defenestrá-lo, democraticamente, pelas urnas.

O mandato a cargos executivos são exíguos, incapazes de se ter tempo hábil para projetos de longo curso. Depois há a nefasta cultura de se renegar os projetos do antecessor, numa descontinuidade administrativa onerosa aos cofre públicos. Quando assume o eleito, já o faz com o orçamento definido no governo anterior, depois passa-se 2 anos e entramos novamente em período eleitoral ( prefeituras, etc) dificultando a vida parlamentar no exercício de suas funções, preocupados que ficam os ilustres com seus rincões eleitorais, além da batalha política dificultando a Administração do governante.

Quanto custou aos cofres públicos, por fim, a aprovação da reeleição ? Tudo isso, é nada ?

Precisamos sim, que seja mantida a reeleição, por ser necessária e democrática. Defendo, inclusive, o aumento dos mandatos para que os projetos possam ser formulados e acompanhados pelos seus idealizadores até a conclusão ( quando isso for possível).

Excesso de eleições pode não significar democracia, mas conveniências dos políticos de plantão.
13.04.07 @ 18:57

A REALIDADE VIRTUAL

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
05.05.07 @ 23:38

Efetivamente, vivemos uma realidade virtual.

Na mídia falada , escrita e televisada , nos informam que o País vai bem, que o ingresso de investimentos estrangeiros em nossa economia bate recordes, que as reservas cambiais são históricas, etc.

Parecem, contudo, que só se aproximam de nós, Joões e Marias deste rincão, como miragens distantes de cidadãos comuns, em que a realidade mais próxima é o noticiário policial, dando-nos conta da barbárie urbana, cada vez mais violenta.

A taxa básica de juros, a Selic, que já chegou aos píncaros de 26,5% ao ano e hoje está em 12,5% pouco foi sentida por nós, explorados em altas taxas de juros e tarifas do setor bancário, abusadamente verificado em nossas pobres contas.

Vemos o governo anunciando um colapso futuro pela insuficiência de energia elétrica, e não consegue se entender com seus próprios ministros sobre a questão; enquanto isso, na Corte, os acólitos adesistas disputam à tapas nacos do Poder.
A oposição, que nada propõe, aguarda pelo desgaste do governo, o que aliás, pusilânime e combalida, nada mais resta a fazer do que esperar pelo quanto pior melhor.

Como discordar de nosso povo, que não se identifica com os políticos e não se incomoda com a política ? Afinal, tudo isso parece não lhe pertencer...

em tempo: quem vai jogar neste fim-de-semana ? Como diz a música: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.

Até quando ?...

REAIS E TRISTES FATOS

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
25.05.07 @ 10:36

Sensação controvertida essa, diante aos holofotes da mídia frente aos escândalos...

Há a um só tempo um ligeiro sentimento de que as coisas, enfim, estão sendo colocadas em pratos limpos, e, no mesmo momento, a impressão de que se trata de um abismo sem fundo, onde o noticiário infausto haverá de se banquetear ainda por longa data, alimentado sempre por fatos e acontecimentos novos.

Ou seja, nós, o povo, sequer imaginávamos( mas sempre desconfiávamos) a extensão dos rombos, protagonizados nos três Poderes da República.

Há quem argumente que no regime militar não se ouvia nada disso, desconfio que seja pela força bruta da censura e menos por decoro daqueles que sempre viram a coisa " pública" de forma bem "privada".

Afinal, as facilidades sempre existiram, no capitalismo e mesmo nas ditas sociedades fechadas, socialistas.

Não quero com isso, de forma nenhuma, compactuar com o esbulho, generalizando a esbórnia e parecendo contemporizador do descaso com o erário, como algo inevitável, próprio das fraquezas humanas...

Só mesmo com o aprimoramento das Instituições, e nisso creio na Imprensa independente e investigativa ( não sensacionalista ) para exercer o papel de "olhos" da sociedade.

Talvez não tenhamos opções, o depuramento das Instituições passará sempre por essa comoção nacional, a catarse coletiva, a decepção generalizada naqueles em que depositamos irrestrita confiança.

O triste é que corremos o risco de desacreditarmos até mesmo naqueles, raros idealistas, que pregam e exercem a ética como bandeira. E nos conformarmos, amargurados, que todos são farinhas do mesmo saco.

E que participar da vida pública, via representação pelo voto, seja inútil...

ENTRE O PROGRESSO E A INÉRCIA

Em resposta a: Entre o progresso e a inércia Jornal Estado de São Paulo
Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] ·
http://147632

O Brasil é um país de extensão continental, com gritantes diversidades de desenvolvimento. Enquanto em alguns Estados da Federação fala-se em inclusão digital, há regiões em demanda para se obter eletrificação rural.

Contudo, se não satisfeita uma certa eqüidade entre as regiões,não há como se imaginar um Estado distante de suas funções sociais, quando não assistencial, o que para muitas localidades é imprescindível, pelo menos no médio prazo. Promover o desenvolvimento de maneira isonômica é uma meta a ser atingida, o que envolve um amplo consenso político, distante de picuinhas oportunistas.

O que precisamos é pensar o País como um Todo, talvez assim tenhamos soluções para alguns males que nos crucificam, sendo a violência a mais visível de suas consequências.

Se o Estado deve cumprir funções ainda como interventor na economia, sendo propulsor do desenvolvimento regional, como atender a aspiração de muitos que querem o Estado minimizado ?

Getúlio Vargas tinha diante de si uma imensa extensão territorial sem investidores privados à altura para promover a incipiente indústria nacional, daí a criação da Vale do Rio Doce, entre outras iniciativas.

O Brasil, infelizmente, não se resume a algumas regiões mais desenvolvidas. Não se trata de regionalismo ou exclusão entre estados irmãos, mas de pensarmos que nossa diversidade, se motivo de orgulho para alguns, é desafio para a Nação resolver.

13.04.07 @ 10:23

OPERAÇÃO NAVALHA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
21.05.07 @ 23:44

Sobre a recente operação denominada de Navalha, onde novamente políticos e altos funcionários voltam à baila do noticiário policial,penso que na condição de ministro do governo,Silas Rondeau, deva pedir licença do cargo, até que se esclareçam as denúncias. Opção diferente dessa gera incredulidade na população, que está de sacola cheia com a enxurrada de escândalos. A pior crise é o descrédito nas Instituições, aí vira o caos.

A postura anterior,em que o receio de pré-julgamentos predominou, escancarava para a sociedade a decepção com um governo eleito sob a égide, sobretudo, da ética.
Pagamos um preço alto por isso. Não se trata de pré-julgamento, mas de liberdade para que as investigações sigam seu curso sem desconfianças da interferência do Poder para se encobrir eventuais desmandos.

A liberalidade do Governo deve cingir-se às satisfações à sociedade. Até que se chegue a uma conclusão plausível, licencie-se o ocupante do cargo. Lembro que nomes foram arrastados e enxovalhados em passado recente,neste e em governos anteriores, sendo que depois, passado o impacto das denúncias, o foco geralmente não fez jus ao(s) injustiçado(s).

Na dúvida, deve prevalecer não a condição individual do detentor do cargo, e sim o interesse de uma sociedade surpreendida periodicamente com notícias inusitadas e preocupantes como as que estas operações da polícia federal vem apurando e trazendo à tona.

Quem detém um posto de alto comando em um governo deve ter a estatura moral para tanto, não se trata, reitero, de julgamento antecipado, de sofreguidão e ao sabor do clima de linchamento público , contudo merecemos respeito e isso tem um valor inquestionável em qualquer situação. Defendo, também, o retorno do licenciado, caso inocentado, como forma de reparar eventuais enganos.

O fato é que nós merecemos uma satisfação a contento. Há um limite à tolerância cívica e convém não abusar.

SOBRE O PODER LEGISLATIVO

Em resposta a: Aqui, como lá. Nada muda jornal Estado de São Paulo
Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] ·
http://147632

Sem tirar a prerrogativa do Poder Legislativo de exercer a sua função fiscalizadora, o que se questiona, contudo, é que essa não é a sua função precípua. Há projetos engavetados para entrar na pauta ou paralisados em comissões temáticas de interesse urgente para a sociedade brasileira.

Mesmo o projeto de aceleração do crescimento proposto pelo governo... pode haver críticas mas inegavelmente há um projeto a ser discutido, analisado, com premência pelos ilustres parlamentares. O que não queremos, como cidadãos, é ver escorrer o tempo legislativo e questões fundamentais serem postergadas por interesses meramente eleitorais.

Se o PAC não for encaminhado a tempo, com a proximidade das eleições municipais é que será dificultoso, por razões outras que não o interesse coletivo, podem acreditar.

CPIS geralmente são vitrines para que posem para fotos e sejam televisionados, além de promoverem uma quase paralisia nos trabalhos legislativos, no que se refere à apreciação de matérias seja do Executivo como do próprio Legislativo.

Depois dizem que o Brasil está perdendo oportunidades frente ao bom momento da economia mundial....

10.04.07 @ 10:15

A QUESTÃO BRASIL X BOLÍVIA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://147632
11.05.07 @ 12:24

Lula tem pago um preço alto por sua origem sindical e viés de esquerda. A pergunta que tenho é, caso não fosse Lula, e sim outro governante sem viés ideológico algum, a situação diante à Bolívia seria diferente,com Evo Morales presidente ?

Fantasias à parte, com o sem Lula, com o sem esquerda, Evo iria nos cutucar da mesma forma, não importa quem habite o Palácio do Planalto.

A Bolívia padece de outras alternativas econômicas relevantes, talvez a exploração e exportação desse recurso natural seja a mais importante de suas divisas. Compreensível o conflito existente, sobretudo pelas posturas nacionalistas do presidente boliviano, aguçado pelo seu aliado Hugo Chaves, outro que vive pendurado na exploração de um único e relevante produto, o petróleo.

A ótica da problemática Bolívia e Brasil, pouco ou nada tem a haver com quem é nosso presidente. Na verdade isso era uma bomba de efeito previsível.

Segundo analistas a defasagem dos preços pagos por nós eram evidentes e a dependência brasileira desse recurso não foi trabalhada como deveria em passado recente. Tal como se deu com o apagão elétrico no governo tucano de FHC, também medidas preventivas não foram tomadas a seu tempo, para reduzir essa dependência externa.

Ocorre que temos uma tendência a ver as coisas sempre de um ângulo oportunista, como se a história de um País se resumisse em alguns anos e não tivéssemos memória. Se, por infelicidade, necessitássemos do petróleo venezuelano de forma crucial, imaginem o que poderia estar ocorrendo neste momento ?

Evo Morales quer se firmar no governo, utilizando-se de medidas populistas e perigosas para o futuro do seu País, o que poderá castigar ainda mais o sofrido povo boliviano. Medidas acabarão por ser tomadas no Brasil para se sanar a dependência, como naquela estória de que só se coloca cadeado depois de arrombada a porta, e a Bolívia, como se portará ?

O DISCURSO DA PRIVATIZAÇÃO

Em muitos comentários sobre a questão da autonomia universitária, existe um apelo perigoso pedindo a privatização do ensino público.

Por que perigoso ? A dita classe média da sociedade brasileira deixou de interferir em vários processos que lhe dizem respeito, gerando o salve-se-quem puder dos dias atuais, isso na Educação e sobretudo na Saúde e na Segurança Pública.

Com os reveses econômicos, que fez muitos perderem a pose e o poder aquisitivo, viram os seus filhos ter que deixar escolas particulares de nome e caras para enfrentar a dura realidade da escola pública, antes relegada às camadas despossuídas no contexto do estrato social.
E o que encontraram ? Educação desmotivada por profissionais mal remunerados, prédios em situações precárias de funcionamento, falta de segurança, etc... Com a saúde, idem.
Cada família começou a pagar pela medicina privada e cara, deixando de reivindicar que fosse proporcionada pelo Estado, como deveria ser.

Com acerto poderíamos falar da Segurança Pública, onde, quem pôde, contratou guardas particulares, eletrificou cercas de suas propriedades, blindou seus carros importados e é o alvo mais cobiçado por seqüestradores habilmente treinados nas próprias academias de polícias, das quais são egressos...

Hoje buscam e não encontram aquilo pelo qual deixaram de lutar...

Segunda-feira, 04 de Junho de 2007 - 10h20

O BRASIL VISTO DE FORA E DE DENTRO

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/ blog Luiz Zanin – O Estado de São Paulo.
16.05.07 @ 23:34 O Brasil, segundo o The Economist

Salvo engano, o Brasil visto de fora é melhor do que na ótica interna. Talvez seja pelo divórcio da realidade virtual com a real.Aqui fala-se de avanços surpreendentes no aspecto macro econômico e, contudo, parece distante do dia-a-dia de nós, o povo.

Nem tanto ao mar, nem tanto a terra... Convém balizarmos melhor nosso niilismo crônico com uma dose de confiança, afinal, creio eu, talvez ingenuamente, cedo ou tarde usufruiremos dessas benesses anunciadas.

Se a visão da Economist é liberal ou não, pouco importa, o fato é que quando se comenta algo de bom, costumamos nos precaver contrariados, como se tivéssemos preparados para o eterno descrédito, em que qualquer alento soa falso.

Afinal, não se diz que brasileiro é profissão esperança ? Ou será que não serve para aqueles que se aventuram a comentar sobre os fatos ?

LULA E A ENTREVISTA COLETIVA NA IMPRENSA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://147632
15.05.07 @ 15:24

Sem querer tomar partido, nunca O presidente foi tão claro, apesar dos freqüentes atentados ao idioma. Depois o importante é se fazer entender, poucos podem se considerar com um português castiço.

Os temas expostos demandariam exposição minuciosas de números e cifras, o que, creio, seria mais para um seminário do que para entrevista coletiva.

Tirando a nossa eterna negatividade, até mesmo quando o céu é azul e nos favorece,a imprensa tem por costume dar um enfoque sempre pelo que se deixou de dizer e deixa de comentar o que foi dito.

Suscitar temas como sucessão, a menos de 5 meses do segundo mandato é exercício de futurologia inócua, parece-me.

Quanto aos temas não abordados, como as reformas trabalhistas, previdenciária e tributária, como acreditar que alguém sai da pauta, se não foi sequer questionado ? Poder-se-ia argumentar que não há direito à réplicas pelas regras da entrevista, mas então outros colegas da imprensa presentes poderiam reafirmar o assunto, afinal de inegável importância.

Querer que um tema controverso como o aborto seja enfocado em uma coletiva é o mesmo que se reivindicar pela oportunidade do evento e não se aproveitá-lo a contento.

Com referência à greve do funcionalismo público não se poderia esperar de um dirigente da Nação a mesma postura de um dirigente sindical, seria o caos. À frente de um sindicato o seu compromisso cinge-se à sua classe específica, como mandatário-mor de um País, representa a Sociedade como um todo.

Esperamos que as entrevistas coletivas sejam mais freqüentes, dando maior transparência aos temas de importância nacional.

HUGO CHAVES

Em resposta a: Com Chaves assim não dá
Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] ·
http://147632

Em que pese uma certa semelhança com o governo de Hugo Chaves, pelas prioridades que o mesmo dá a amplos setores desassistidos pelo Estado, na busca de uma necessária justiça social, temos visíveis distinções com posições assumidas pelo tal governante.

O Brasil vêm dando demonstrações maduras de responsabilidade na gestão Lula, prova disso é o crescente entusiasmo de investidores internacionais em solo pátrio, como atesta o nível de confiança que o nosso País vem conquistando internacionalmente.

Embora vizinhos, com carências semelhantes, não se confundem as duas gestões. Em comum a inversão de prioridades, colocando em primeiro plano a distribuição de renda com o escopo de minorar desigualdades históricas, comuns a ambas as pátrias, e a inclusão social de segmentos abrangentes da população. Não somos uníssonos,todavia, aos discursos anacrônicos da estatização de empresas e atitudes de xenofobia com investimentos estrangeiros, indispensáveis para alavancar economias encalacradas há séculos. Tampouco não são bem vindas atitudes histriônicas de mandatários de topete ditatorial, nisso, felizmente, não há semelhança.

Se é certo que o Brasil ainda se ressente de um crescimento vigoroso, inelutável, contudo, que o faz com os pés no chão, que os passos têm sido dados sem aventurismos que tanto nos castigaram no passado recente.

Crescer de modo permanente, de forma tida como sustentável, ampliarmos esse crescimento sem formulações mirabolantes com pirotêcnias de curto fôlego. Debater com a sociedade projetos que possam abreviar a nossa sofrida caminhada, é o que esperamos do conjunto dos opositores, isso é fazer política no seu sentido maior.

No mais, a opção do Brasil é pela sua inserção definitiva como um grande Nação no concerto mundial. Está na hora de substituirmos a eterna esperança que nos caracteriza por realizações concretas, e para tal imprescindível e a responsabilidade.

19.04.07 @ 11:05

FAÇA O QUE EU MANDO, MAS NÃO O QUE EU FAÇO

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
29.05.07 @ 18:39

A saída de Silas Rondeau do ministério das minas e energia foi necessária, desta vez o Governo agiu rápido e como se esperava. Não quer dizer que o afastamento signifique uma confissão de culpa, mas respeito pelo cargo e pela sociedade. Enquanto houver "senões" a se esclarecer que não coloque sob suspeita o corpo todo do Governo.

A mesma atitude deveria ter Renan Calheiros, pois ele representa a presidência do senado federal. Contra ele há mais que do que vagas acusações, há indícios.Se Silas Rondeau, segundo a imprensa, foi aconselhado pelos seus padrinhos, o próprio Renan e José Sarney, a renunciar por que não esperar do Presidente da Casa Legislativa uma postura à altura do seu cargo ? Não uma renúncia, uma licença que seja, enquanto perdurar as investigações.

Além da mirabolante versão para justificar os seus gastos pessoais efetuados por funcionário de empreiteira interessada em obras públicas,seu nome é citado em escuta telefônica comprometedora.

Com essa atitude, a de permanecer na função, soa a deboche com a população, em desprestígio ao Senado da República.

O BRASIL, A VENEZUELA E A ARGENTINA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
24.04.07 @ 12:16

Esta na hora de explicitarmos ao mundo as distâncias de posicionamentos entre Chaves e Lula.

Tirando a questão da agenda social, necessária e abraçada por ambos, as coincidências devem terminar por aí.

Quem quiser permanecer no velho e encardido discurso anti-imperialista ( embora exportando muito aos EUA) que o faça. Aliás, os hermanos dos pampas argentinos adoram.

O mercosul não pode ser palanque para bravatas, e sim atuar para defender interesses comuns à região dos seus Países membros.

O Brasil, a despeito do que vaticinaram muitos, não se deixou seduzir por aventuras mirabolantes na condução de sua política econômica. E a economia é o fiel da balança, é o termômetro que estabiliza as Instituições e conferem credibilidade ao Governo.

Vesga e mal intencionada, portanto, qualquer analogia que equiparem Lula com Chaves ou Kirchner.

Não podemos confundir diplomacia e política de necessária e boa vizinhança com aval a histrionices alheias. Cada governo que cuide de seus interesses e responda pelos seus atos.

AUTORES REGIONAIS BRASILEIROS

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
18.05.07 @ 12:10

José Lins do Rego, com Menino do Engenho,entre outras obras de prazerosas leituras, traziam todo o universo nordestino para o leitor do sudeste, como eu, entender melhor o nosso Brasil continente.

A ele acrescento outros nomes da literatura regional nordestina, regionais porque retratavam especificamente das suas regiões... universais, pelo que traziam do contexto humano na visão de suas personagens.

Assim lembro de Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz,Jorge Amado, entre os mais comentados.

Por lembrar disso recordo-me o mal que fez à nossa geração os tempos da censura, em que autores nacionais de escol, como os citados, não constassem dos livros indicados para leituras em meus tempos de estudante. Se deles tomei conhecimento foi por uma curiosidade pessoal, não porque fossem recomendados, à época, pelo ensino oficial.

Foram eles repórteres de cruentas realidades de um povo explorado nos feudos ainda existentes por esses brasis à fora. Relatos tais ainda são vistos com reservas, nos dias atuais.

Muitos conseguiram, antes, maiores aplausos no exterior do que no seu torrão natal, devido ao crivo da mediocridade,só concebível em regimes de exceção.

Felizmente, novos tempos fizeram a devida correção e eles estarão eternamente junto à nós, agradecidos que somos, pela suas obras imorredouras, retratando nossa cultura e nossa gente brasileira.

ATROFIA DO PODER LEGISLATIVO

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
12.04.07 @ 08:42

Vejo essa ida permanente ao Judiciário para dirimir questões que são de alçada do Legislativo( se legislasse !) como uma debilidade do Congresso Nacional em solucionar suas "questiúnculas", priorizando a tarefa apenas fiscalizadora em detrimento da não menos necessária missão de apreciar projetos e regulamentar normas constantes de uma Constituição promulgada há 19 anos !

Se reclamam da lentidão do judiciário, míster se faz que se movimentem, em esforço concentrado, ( não para aumentar despesas,com gordos jetons, veja bem !) e produzam leis claras e concisas, regulamentando-as, por fim.

Dessa atrofia funcional resultam as detestáveis ( e às vezes inevitáveis) medidas provisórias, exercendo o Executivo simultânea função Legislativa, ficando esse poder a reboque de apenas referendar ou não as ordens do Palácio do Planalto...

É triste verificar que legislaturas medíocres ocorram, e parlamentares se destaquem apenas como pedintes de propor emendas ao orçamento visando agradar a sua região eleitoral.

A tarefa legislativa, com certeza, deve transcender a essa função menor...

AS CPIS E OS ESCÂNDALOS

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
06.06.07 @ 11:46

Tenho receio de CPIS, menos pelo que elas representam e mais pelo descrédito constante no Legislativo, dado mais aos holofotes da mídia e aos pífios resultados apresentados ao final de cada apuração.

Recordo que o alentador ano de 2004 foi interrompido com o advento dos escândalos em 2005, onde a economia estagnou frente à insegurança nas Instituições, cogitando-se, à época, na própria deposição do Presidente, então sob suspeitas.

Ocorre que os fatos iluminados na investigação da polícia federal requer olhos apurados da sociedade, e a maneira de exercê-lo é através de seus representantes eleitos...

Se é assim... que os congressistas se empenhem na mesma grandeza de seus egos nas investigações, para o bem da verdade e da confiança no parlamento, dado mais ao corporativismo do que em apurar, quando os envolvimentos são seus próprios membros...

A sociedade democrática não pode conceber a permanência da promiscuidade entre os Poderes com empreiteiras e assemelhados,através de licitações fraudulentas, obras inexistentes e superfaturadas e mantendo regiamente remunerados seus acólitos subservientes, incrustados, como cupins na madeira podre, nas tetas do Estado.

Obras que levariam saneamento básico para populações paupérrimas, escolas para os ermos desse País, condições fundamentais para se desenvolver regiões à míngua, escoamento de dinheiro público pelos desvãos, em uma Nação com ingentes diferenças na distribuição da renda...

Se é certo que a Sociedade se indigna com tanta patifaria, concordamos, todavia, que não se faz omeletes sem quebrar ovos, ou seja, que se depure o lixo, DOA A QUEM DOER
!

AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS NO BRASIL

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
07.06.07 @ 14:40

Quando se menciona a palavra "Elites" há uma grita geral... mas de fato elas estão aí, privatizando o Estado Brasileiro desde as capitanias hereditárias.

Uma análise fria da divisão geo-política do mapa pátrio nos dá com clareza a extensão disso...

Parecendo galo de briga o senador e ex-presidente José Sarney ocupou a tribuna do Senado para deblaterar contra medidas tomada alhures, na vida política doméstica da vizinha Venezuela, sobre o fim de concessão de um canal de televisão...

Gostaria de ver o mesmo empenho em defender a sua capitania maranhense que conta com o inglório número de 80 municípios mais pobres do País, num universo dos 100 mais paupérrimos.

Talvez o ilustre receie que a moda pegue por aqui,com o fim de concessões, onde, aliás, o referido senador detém a retransmissão da rede globo em sua região, a maior emissora do País...

Poderíamos fazer um mapa detalhando interesses aqui e ali, tendo sempre o erário como alvo, numa privatização circunscrita a poucos beneficiários, seja como empreendedores, via empreiteiras e assemelhados, concessões de rádios e televisões, entre outras maravilhas, acessíveis apenas a seleto grupo.

A divisão em capitanias hereditárias, que visava colonizar o País recém descoberto, virou usos e costumes e seu domínio se estabelece com rédeas curtas, através, sobretudo dos meios de comunicação a serviços de grupos políticos regionais...

ACM retransmite a globo na Bahia, Jáder Barbalho no Pará, Collor de Mello nas Alagoas, Agripino Maia no Rio Grande do Norte e por aí vai...

Será preciso muito mais que vontade política para "desfazer" os nós que entravam este País...

E para quem prega a privatização, estão mal informados, pois o Estado Brasileiro nunca foi estatal no sentido exato do termo.

A LUTA ESTUDANTIL PELA ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/ 30.05.07 @ 20:32

Sem o calor das discussões parece que a sociedade dormita inerte e indiferente aos fatos que lhe dizem respeito.

Tenho filho e sobrinha cursando a Unesp, ambos ombreados neste movimento; de certa forma eles acendem discussões pertinentes, reivindicam, para atrair a atenção do conjunto da sociedade e impedir que suas conquistas sejam revogadas por decretos governamentais, ao que consta sem a transparência de uma discussão aberta com a comunidade universitária.

Entendo que o vigor do movimento retrata que ainda há luz, reflexão, crítica, e isso, de certa forma, contribui também para o aperfeiçoamento de sua formação cívica, que não se limita aos bancos de salas de aulas, laboratórios e bibliotecas.

É preciso que nos eduquemos para o exercício da cidadania. Atitudes policialescas devem ter o repúdio da sociedade e a cobrança de posição do Governador José Serra, hesitante sempre em sua postura.

A escola pública é patrimônio do conjunto da Sociedade, não restrita apenas aos setores envolvidos...

A dita Classe Média desdenhou para os mais pobres a Escola Pública e a Saúde, porém hoje seus filhos, diante à derrocada do poder aquisitivo, retornam a buscar a excelência nos atendimentos que são dever do
Estado, e não encontram satisfeitas suas necessidades...

A REELEIÇÃO DEVE SER EXTINTA ?

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
21.04.07 @ 12:04

É da cultura política, da má política, diga-se, essa coisa de banho-maria, de esquenta e esfria um assunto, como se quisessem sentir a temperatura ambiente.

Se a sociedade não se manifestar,através de suas vias de expressão como entidades de classe, pela mídia, por movimentos outros, vai prevalecer o interesse das legendas de lado a lado,e a reeleição já era.

Talvez ela retorne em uma outra ocasião, dependendo do futuro governante, pensando em disputar a prorrogação em atendimento a sua conveniência e a dos seus pares.

Assim, continuamos mantendo a imagem da inconstância institucional, nada aqui parece ser permanente, tudo muda como as estações do ano a ao sabor dos apetites dos políticos de plantão.

É preciso que se abra o debate público sobre o assunto. Há quem argumente que o congresso ou mesmo o presidente, sufragados pelas urnas, tenham legitimidade para nos representar, seja nesta ou em qualquer questão. Concordo com a legitimidade conferida democraticamente.

Divirjo, porém, que este tema específico passe sem uma consulta maior à sociedade, pela sua relevância. Não se trata de defesa de assembleismo cada vez que a temática for polêmica.

Só através dos debates é que formaremos nossa opinião , ouvidos os argumentos, prós e contras, o que é melhor para o País.

Eleição com mandato curto, sem continuidade administrativa, é oneroso à Nação, não oferece condições de planejamentos duradouros, que demandem tempo para sua conclusão.

Afinal, o que deve prevalecer, os interesses oportunistas e imediatistas, ou a definição do que queremos ser "quando" crescer, postergada eternamente ?

O DESENVOLVIMENTO E A QUESTÃO AMBIENTAL

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
25.04.07 @ 12:17

Se correr o bicho pega... para crescer temos um preço a pagar, sem crescimento não saímos de onde estamos: estagnados.

Compatibilizar preservação do Meio ambiente com as necessárias instalações das usinas, que se mostram prementes, vitais para evitarmos um colapso daqui a alguns anos... Urge que se debrucem sobre o assunto, ponderando-se os fatos, não tornando a defesa de uma causa justíssima, como a defesa ambiental, em uma queda de braço entre ministros, ou mesmo o próprio Presidente.

É dos nossos hábitos e costumes, fustigar contendas, mesmo quando imaginárias. Há um governo, e há uma questão a ser resolvida, que haverá de ser tomada sem que se ostente vencidos e vencedores. Há pessoas respeitáveis e idôneas e há uma questão de interesse nacional em jogo.

Por falar nisso, como vão as tratativas para a transposição do rio São Francisco ?

Bom seria que os debates sobre assuntos de tal importância fossem feitos às claras, educando-nos, inclusive, a termos uma cultura crítica e menos passiva diante aos grandes temas nacionais.

A MOSCA NA SOPA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
28.05.07 @ 10:50

Passado os instantes iniciais do impacto do noticiário a tendência, tem sido, a de se esquecer o episódio, como notícia envelhecida do jornal do dia anterior... Assim é com a sociedade que esquece, aturdida na faina cotidiana, e com os poderes Executivo e Legislativo, indolentes sempre com temas delicados. Isso num País que já presenciou a deposição de um Presidente sobre acusação de corrupção...

De vez em quando noticia-se que o "fulano" de tal foi intimado para isso ou aquilo,referente ao escândalo tal, numa linguagem técnico-jurídica, pouco acessível à opinião pública, que cansada espera a novela das oito ou a partida de futebol da noite.E os fatos vão se esvanecendo como coisas do passado, até que novos dados desairosos voltem a despontar...

Agora parece que o bode da vez é a Polícia Federal, em que pese os eventuais exageros, conta com a aprovação majoritária da Sociedade estarrecida. Nunca vimos servidores públicos tão assíduos no cumprimento do dever ! E, exageros ou não, as algemas finalmente foram colocadas em pulsos outrora intocáveis...

Se a moralização for colocada como prioritária, na mesma velocidade com que se dedicam a majorar os próprios salários, a sociedade tende a ganhar e o Legislativo e o Executivo podem ter um vislumbre de aceitação popular afirmativa. O ganho final será o das Instituições Republicanas, vistas, ao que parece, com descaso pelos detentores do Poder.

Para tal, que as propostas abandonem autorias, para se evitar a disputa do "ganho" político de legenda ou mesmo do padrinho da matéria, e se revista de uma decisão uníssona da própria casa legislativa, uma atitude supra-partidária de tentativa de moralidade. Que seja, enfim, uma resolução conjunta do Congresso Nacional, em satisfação à Nação, constituídas de Jooões e Marias, como nós, aparvalhados diante tanta patifaria.

Para não serem confundidos como farinhas do mesmo saco, que se policiem e respeitem o cargo para o qual foram eleitos. Dentre as alternativas, todas bem-vindas, registre-se que a maioria foram apresentadas há anos e até o momento esquecidas, proteladas para momentos como esses, onde a opinião pública, diante ao calor dos escândalos, se indigna.

Nisso, para evitarmos que a questão seja colocada de novo no limbo, precisamos que a Imprensa exerça o papel da MOSCA NA SOPA, incomodando quem pode tomar providências e não deixando o assunto virar notícia velha, para nós, Jooões e Marias deste Brasil.

A LUTA ARMADA NO CINEMA NACIONAL

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/ 12.05.07 @ 10:48

A temática, da luta armada e da resistência à ditadura militar, além de atraente como entretenimento, documenta a história recente do nosso País. Oportuna, dada à tendência de sepultarmos nossas memórias.

Não nos esqueçamos de "Prá frente Brasil",interpretado por Reginaldo Farias, filme ousado para a época. Lembro, também, de Memórias do Cárcere sobre a ditadura do Estado Novo, da obra de Graciliano Ramos em memorável interpretação de Carlos Vereza, além da estupenda película Olga, muito bem produzida e protagonizada por um elenco primoroso ( Camila Morgado, Fernanda Montenegro, entre outros).

Penso que se os produtores e diretores revisitassem a trilogia de Jorge Amado,Subterrâneos da Liberdade, composta de Luz no Túnel, Ásperos Tempos e Agonia da Noite, teriam material para a produção de interessantes assuntos dentro da referida temática.

O filme Lamarca, não obstante a louvável interpretação de Paulo Betti, pareceu-me pouco proveitoso, ficou circunscrito à figura enfocada, pouco informando sobre o ambiente político repressivo daquela época.

Enfim, material a ser pesquisado não falta, e o tema promete muito, pois apesar do que já se produziu, ainda não se fez jus à história contemporânea que vivenciamos. Que tal trazermos à baila a controvertida figura de Marighela, o combatente da guerrilha urbana ? Suscitaria calorosos debates, e informaria a nossa juventude sobre esse período tão horrendo e de triste lembrança.

A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/
14.05.07 @ 17:29 –

Embora a experiência nos EUA parece não ser bem sucedida com os laptops para os estudantes, aqui, sem um amplo incentivo governamental, milhões de brasileirinhos ficarão distantes da informática, por um bom tempo.

Nos EUA, com o poder aquisitivo de primeiro mundo, ter computador em casa parece coisa banal, quanto a nós....

Segundo desalentadores dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a classe média brasileira perdeu poder de compra na última década, em decorrência dos desastrosos planos econômicos e também do encolhimento do Estado como empregador.

Para fazer parte desse estrato social,classe média alta, aqui, basta ter uma renda familiar a partir de R$ 2.500,00, o que convenhamos, apesar de modesta, não é a realidade da maioria da população.Nos sub-dividimos em sub-tetos, sem analogias com economias de países mais desenvolvidos.

A possibilidade de se adquirir um PC torna-se distante para o conjunto da sociedade. Seria simples, se fosse apenas um eletro-eletrônico de aquisição opcional...

Ocorre que a inserção do País em um mundo globalizado passa pela inclusão de seu povo nessa nova mídia, ela já parte do cotidiano deste século em curso.

As medidas tomadas nesse sentido são positivas, apesar de incipientes e tímidas. A questão da informática, como necessidade, deve fazer parte da política pública do País.

Foi-se o tempo em que para se arrumar o primeiro emprego bastava o curso de datilografia e o nível ginasial ( hoje fundamental), as novas tecnologias atropelam a pauta de desenvolvimento de qualquer País, impondo-se como necessária e inadiável.

A FIDELIDADE PARTIDÁRIA

Comentário de: Ediloy Antonio Carlos Ferraro [Visitante] · http://0.2.64.176/ Jornal Estado de São Paulo
28.03.07 @ 10:49

A questão da fidelidade partidária nos remete `a origem do problema, o início da inscrição do então candidato, da sua filiação partidária. Creio que carece de critérios mais definidos, afinal propagandeia-se para nos filiarmos a tais partidos...será que há rigor na escolha dos filiados, posteriormente possíveis candidatos ?

É a falta da tal questão de fundo, a política, o que se pretende com a adesão a essa ou àquela sigla.... os partidos de origem na esquerda tradicional ( o PT tinha critérios p/escolha de candidatos) promoviam convenções para escolha de nomes a cargos proporcionais, bastava uma ressalva de um dos convencionais para um nome ter que ser discutido pela plenária, o cidadão tinha que ter uma história de militante, ou seja, apesar dos pesares, tinha-se uma radiografia da ideologia do pretendente.

Para ser filiado à siglas sem critérios ideológicos o que se verifica é que prevalece outros valores, quando não o próprio interesse pessoal do candidato...
aí, quando eleito, não se sente compromissado com a legenda, mas com sua agenda pessoal e sua visão de "coisa pública", de maneira bem "particular".