terça-feira, 6 de novembro de 2007

TERCEIRO MANDATO NÃO É QUESTÃO DE QUERER...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
06.11.07 @ 11:25

Recordo-me de que se cogitava, ao término do segundo mandato do governo FHC, especulações semelhantes. Ele também gozava de grande aceitação no governo, havia estabilizado a moeda e parecia nome seguro para os empresários, diante de um sindicalista, embora já em tom ameno, que despontava mais uma vez para "ameaçar" o Poder...

Após a quarta disputa, com o PT higienizado pelos espectros da esquerda radical que se hospedava sob a sigla, e que foram despejados graças ao então presidente da legenda, José Dirceu, figura emblemática do confuso primeiro mandato petista...

Lula, enfim, parecia palatável ao gosto da democracia burguesa de representação popular, sem ideologias e com muita fisiologia, ou seja, mais pragmático com as leis de mercado, obediente aos mandamentos neo-liberais de combate à inflação e a estabilização da moeda, etc...

Melhor para todos, principalmente para o País, pois, enfim, desencantou-se o que parecia mais arriscado, a eleição de um representante doidivanas que transformasse sua passagem pela Presidência em uma aventura sindicalista.

As constantes viagens presidenciais do primeiro mandato serviram para exibir ao mundo de que não havia ameças e que poderiam apostar no Brasil, o que se confirmou com o aumento de exportações e dólares na nossa economia, com o risco Brasil em níveis memoráveis...

Lula, por enfim, não era uma ameaça, talvez uma continuação segura da política implementada por seu antecessor, também com o cunho social-democrata, com um viés de melhorias sociais, sendo atropelado no decorrer do seu primeiro mandato pelas práticas e vícios já existentes no ninho do Poder, mas inconcebíveis na ética e no altar em que se colocam os santos - bandeiras de mudanças comportamentais que, infelizmente, malograram.

Queriam, ou não, o Brasil hoje é melhor visto no resto do mundo civilizado, as posições sérias com a sua diretriz econômica o distingue dos vizinhos ainda seduzidos pelos cantos da antiga e esclerosada esquerda nacionalista, onde exameiam Hugo Chaves, Evo Morales e coadjuvantes oportunistas...

O instituto da reeleição é defensável, sendo a recondução consecutiva por mais uma vez, fora isso é inaceitável; não faz parte de nossa cultura política, nem mesmo a Argentina, onde o Presidente seria novamente eleito, ocorreu...

Com a eleição de Lula acabou a dúvida e a eterna indagação: o que seria desse País com ele ? O mundo viu que pode apostar no Brasil, e os números estão aí...

Governantes passam... com ele, ou sem ele, acreditemos no nosso País !

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