Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
30.10.07 @ 16:00
Os sucessivos escândalos verificados por aqueles que, em promessa, vieram para extirpar os câncros da velha maneira de fazer política resultaram em malogros...
Em muitos casos, como o do mensalão, sequer tiveram o cuidado de serem inéditos, copiaram o modelo já existente, talvez porque tenha dado certo até então...
A comparação é grotesca, mas é a que me ocorre, talvez pela paixão que desperte entre os torcedores. Imaginemos o seu time do coração caindo sempre nas tabelas e você, desanimado, continuar carregando a bandeira, com a sensação de estar cada vez mais só...
No caso do futebol, o time perde hoje e ganha amanhã, isso não interfere em nada na economia e nos rumos de um país, já com o partido político, a coisa é mais séria, bem mais...
O PT foi construído por várias gerações, decantado das fusões partidárias, selecionado, promessa vigorosa e salutar dos tempos da redemocratização do País, não veio com fórmulas antigas, não era ao menos uma sigla esquecida e requentada, era nova e trazia o vigor e a esperanças de um porvir melhor... era a excelência dos movimentos populares, sindicais e de setores intelectuais engajados.
No íntimo tinha medo, o mesmo que vitimou os seguidores da demagogia janista, apeados de seus ímpetos na renúncia de um lunático, que despiu dos sonhos antigas gerações, algumas que jamais voltaram a acreditar na política partidária...
O desafio, todavia, permanece, o de sobreviver enquanto opção, apesar deles, dos faltosos que vestiram e se serviram do Poder, se lambuzando como baratas diante ao melado...
O PT não é a paixão por um líder carismático, mas a aposta de uma sociedade igualitária, democrática, e, sobretudo, honesta no jogo político, que haverá de permanecer, apesar deles...
Nas urnas, nas plenárias, haveremos de separar o joio do trigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário