quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A NOVA SOCIEDADE...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
08.11.07 @ 16:19

Talvez seja pretencioso o sub-título "nova sociedade", mas na existência desse setor intermediário entre o topo da pirâmide e a base da estrutura, talvez esteja o oxigênio do próprio capitalismo...

Empreendora, tenaz, sofredora, mantém os valores de ascensão, formando a miríade de atividades meios na escala de produção e de consumo, fomentando principalmente o comércio.

São constituídas de elementos oriundos de antigos funcionários de estatais privatizadas, empregados egressos de grandes empresas, que buscam na liberdade de serem donos de seus narizes, por opção ou necessidade de reinserção em um mercado restritivo e seletivo, normalmente pela faixa etária.

Podemos localizá-los à frente de pequenos comércios, do fast food às lojas de lingerie, da prestação de serviços aos profissionais liberais, ativam a economia e geram a maior fatia dos empregos...

Com a onda de privatizações vivenciadas recentemente vamos encontrá-los gerenciando suas atividades, sufocados pela legislação obsoleta e impositiva, sobrevivendo aos safanões...

Até 1996, quando se criou a Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas, ser empresário era uma aventura ainda mais arriscada, afinal, sobre a folha de pagamentos incidia a sufocante alíquota de 20% apenas para recolhimento previdenciário.

Pelo princípio da Isonomia de tratamento ( todos são iguais perante a lei) ser patrão em uma pastelaria tem o mesmo impacto do que ser dono de uma grande empresa, com exceção do SIMPLES, as regras para o pequeno empreendedor frente aos seus contratados em nada difere.

Ou fica-se na informalidade, sujeito a perder o que acumulou nas varas trabalhistas ou equlibra-se na corda bamba para honrar tanta burocracia restritiva de qualquer iniciativa.

Fomentar as atividades meios, multiplicar iniciativas que absorvam a massa assalariada que não encontra espaço nas grandes corporações, incentivar com legislação mais factível de ser cumprida, acesso ao crédito bancário com juros civilizados e deixar o barco correr...

Uma economia é tão ou mais sólida com a existência de sua classe média, é só o governo não entulhá-la de restrições e penalidades inúteis...

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