quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O BANESPA ERA MAIOR QUE A CRISE...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
04.10.07 @ 15:43

O Banco estadual do mais rico estado da federação, que parecia inatingível pelo terremoto que se seguiu ao fim das instituições financeiras em mãos de governos estaduais, o que parecia ser o mais forte, sem dúvida, foi o mais cobiçado...

O Banespa tinha uma rede de agências dentro dos limites de São Paulo e fora dele, espalhado por todos os quadrantes da federação, além de pontos estratégicos fora do País, de fazer inveja a qualquer instituição privada do setor, chegou a ter um contingente de 34 000 funcionários e ser o braço forte do Estado, razão de sua existência e, também, de sua queda...

Nos estertores do governo Fleury, no apagar das luzes, sofreu a intervenção do Banco Central que só o deixou para entregá-lo após o leilão, arrematado pelo grupo espanhol Santander, não obstante as encenações de defesa protagonizadas pelo falecido Mário Covas e seu vice- Geraldo Alckimin...

Com o fim do gigantesco Banco parece que ficou no arquivo morto os seus créditos junto ao Estado, ativos igualmente anêmicos de solvência, espalhados em empresas diversas sob a gerência do governador de plantão...

Talvez inadaptado a sobreviver em um universo de inflação civilizada e que tinha o monopólio de concentrar o pagamento do funcionalismo do Estado, cujo ganho inflacionário garantia boa parte de sua generosa folha de pagamentos...

Por ser estatal ficou forte e pelo mesmo motivo soçobrou, aquele que parecia ser maior que a crise que o vitimou...

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