quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A CORAGEM DE ARRUMAR A CASA...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
15.11.07 @ 12:00

Muitas vezes, motivados pelo comodismo, passamos um pano molhado no chão, uma varrida meia-boca e deixamos o pesado relegado para outra hora, quando puder...

Falarmos em reforma onde se discutirá remanejamentos de recursos, abolirmos impostos, redesenhar a engenharia financeira do orçamento, isso, convenhamos, é trabalho hercúleo, indo além da vontade política do(s) governante(s)...

Quem hoje é prefeito de sua cidade ou governador de seu estado, vai virar fera se interesses de seus quintais forem mexidos para pior... Amanhã, caso cheguem à Presidência do País, sofrerão as pressões que ora exercem.

Assim, continuamos tendo medidas profiláticas quando o problema se avoluma, origem da necessidade de termos a criação da CPMF, quando a Saúde - setor nevrálgico e gritante, como a Educação - sinalizou sua falência; então, convencidos ou persuadidos de que a causa era nobre...

Precisamos de uma reforma na legislação trabalhista - alguém se aventura a se indispor com as centrais sindicais, com a mídia populista do horário eleitoral, onde partidos, à socapa, votam contra os interesses dos trabalhadores ( na questão previdenciária, na manutenção do surrupio de um dia do salário, etc ), mas que se arvoram, frente aos holofotes, em arautos do trabalhismo ? ( vide PDT, PTB, PPS, PT, PSDB)

Quando se criam normas e leis, geralmente atendem à uma demanda de um setor, de parte da sociedade, ou aparentemente, visam ao interesse universal do grupo social.Quando se tenta abolir a legislação criada, contudo, tem se ferido os interesses motivacionais que a estabeleceu...

Penso - e não defendo ! _ que apenas em um regime de exceção, com amplos poderes, poderíamos fazer a cirurgia necessária, dolorida e sufocando os anseios, legítimos ou não, dos cidadãos...

Como isso, felizmente, não concordamos, ficamos na conversação, nos entendimentos, nas soluções meio, em detrimento de ações definitivas e conclusivas...

Como vamos mexer no vespeiro da reforma política, pleiteando-se cerceamento de benesses aos parlamentares, os mesmos a quem cabe aprová-la ?

Precisaríamos ter uma pauta de reformas, e a eleição específica de cidadãos para implementá-la, deixando os atuais políticos em suas legislaturas ausentes do processo, algo como uma mini constituinte ( perdõe-me se estou delirando).

Ou ficaremos vivendo de entretantos, nunca chegando aos finalmente...

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