Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
17.12.07 @ 21:34
Do fim de festa, onde o senado, depois de despudoradamente encobrir os erros do Renan, acabaram por impor uma derrota ao povo com o fim do tal imposto que passou a ser a razão maior daquela casa, encobrindo, na verdade, valores outros do que a defesa do alívio da alta carga tributária...
Seguiram-se discursos de senadores que pareciam representar um País com total justiça na distribuição da renda, parlamentares que se arvoraram em arautos dos interesses da sociedade ( qual, a nossa ?)...
Será que o RN do Agripino Maia, o Amazonas do Arthur Vírgilio, o CE do Tasso Jereissati, o PE do Jarbas Vasconcelos, podem prescindir da fatia que recebem na partilha representada pela arrecadação da CPMF ?
Aécio Neves fez o apelo de que Minas Gerais não poderia perder a receita de 3 bilhões do bolo na distribuição, mas...
Leio nas páginas de a ARTE DA POLÍTICA, do Ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, obra que me surpreende pela clareza na exposição em que o mesmo coloca as dificuldades de se administrar um orçamento dentro de uma sociedade tão díspare como a nossa, onde a CPMF, engendrada pelo ex-mininstro Adib Jatene ( governo Itamar Franco) foi bem vinda e necessária...
O que motivou, então, o banimento da mesma, será que já estamos suficientemente independentes de estremecimentos em nossa economia para deixarmos tal receita que atende setores prioritários como a saúde e o pagamento de aposentadorias do setor rural ?
Acreditam que os preços, supostamente imbutidos dos 0,38 % sofrerão decréscimo nas gôndolas de supermercados e em outros setores do varejo, que é aonde a população mais sente as agruras ?
O que motivou setores da oposição foi o revanchismo simples e puro, foi a moeda de troca pela inexpressiva presença como oposição no senado federal, foi antes um capricho do que uma postura inteligente e digna de aplausos...
Acabamos engulindo um sapo maior do que a cobrança nos contra-cheques, alguém duvida de que será necessária remanejar o orçamento, com cortes inevitáveis em receitas, para justificar o fim dos 40 bilhões ?
Não tarda teremos a aprovação de um substituto para o tal imposto, cientes todos, que, infelizmente, torna-se necessário até que possamos, efetivamente, enfrentarmos uma reforma sincera na questão tributária do País...
O governo merece críticas, as defesas feitas na tv senado ( pelo menos as que tive a oportunidade de assistir) foram até piegas, mas as da oposição mostraram uma faceta cruel e total insensibilidade com o tema tão importante para milhões de brasileiros...
Se correr o bicho pega ! ( a FIESP e outras corporações patronais agradecem a inestimável contribuição do PSDB, DEM e dos tais independentes...)
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