terça-feira, 16 de outubro de 2007

UMA REFLEXÃO AO CAIR DA TARDE...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
16.10.07 @ 18:30

Tardiamente tomo conhecimento de que hoje, dia 16 de outubro, é o dia mundial da alimentação, nesta data, em 1945, a FAO foi criada para ajudar a reconstruir um mundo devastado pela guerra...

Soube pela leitura de um texto assinado pelo ex-ministro do governo Lula, José Graziano da Silva, em tendências e debates no jornal Folha de São Paulo.Graziano ocupou o ministério da Segurança Alimentar e Combate à Fome de 2003 a 2004 e hoje é representante regional da FAO ( organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), além de professor licenciado de economia agrícola da Unicamp.

Datas há para todos os gostos, só no calendário católico há santo para cada dia, às vezes mais de um... Além de profissões e de personalidades.

O que chama a atenção é o tema, universal e preocupante, pois no bojo da matéria assoma o espantoso quadro: 62 anos após a criação do citado órgão, ainda 850 milhões de pessoas, no planeta, padecem do mais elementar direito à dignidade humana, à alimentação.

Ainda no mesmo jornal me informo de que a China pretende copiar o modelo do bolsa família, visando minimizar desigualdades regionais em seu enorme território...

Em uma sociedade consumista e fetichista, que dá valor inestimável a coisas sem importância alguma, onde um relógio pode custar a bagatela de R$ 50.000 mil reais, ou um colar de brilhantes extrapolar a cifra de 1 milhão, em um mundo onde parcelas consideráveis da população vivem em condições sub-humanas, já não se trata de paradoxos e sim de escárnio com a condição humana...

Angola viveu anos de penúria ( será que não vive até hoje ?...) pela disputa fraticida e cruenta por suas jazidas de pedras preciosas e petróleo...

Os morros do tráfico mantém-se pelo requinte do consumo de pó distribuido e regateado em festas milionárias, como souvenirs, com o glamour das estrelas...

Voltando ao texto do Graziano: " Combater a fome traz ainda benefícios econômicos. Em estudo da CEPAL ( Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) e do Programa Mundial de Alimentos revela que, em 2004, o custo de conviver com a fome na América Central e República Dominicana foi de U$ 6,7 bilhões, cerca de 6% do PIB. O estudo indica que, se a fome fosse erradicada até 2015, haveria economia de quase U$ 2,3 bilhões. Ou seja, erradicar a fome é mais barato do que conviver com ela."

Aquilo que para alguns é "esmola", para 11 milhões de famílias é a diferença como complementação de renda ,que lhes garante a alimentação no dia-a-dia e a permanência de seus filhos nos bancos escolares, tornando-os mais aptos a romperem o ciclo detestável da miséria...

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