MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
RAÍZES
vejo os de falas sotaques
seus jeitos e modos
suas raízes presentes
têm histórias de suas terras
lembranças culturas vivas
enobrecem as narrativas
eu desenraízado no canto
fico ouvindo e flanando
pulando de lá para cá
ao me aventurar nestas plagas
metrópole megalópole imensa
do caipira nada restou
no seio de todas as raças
quadrantes de norte a sul
na bagagem se perdeu
meus jeitos e falas se misturam
não destoam nem acrescentam
minha herança se esfumaçou
nesta linguiça mista
sou recheio vazio
minhas memórias diluiram...
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2 comentários:
PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, 18/01/09
Recheio vazio, nada. Recheio muito farto! Belo tempero! Mais um belo trabalho!
Parabéns e abraço.
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 24/06/2009 14:19
para o texto: RAÍZES (T1391147)
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