há dores da alma
que o egoísmo
rega e mantém
na falta do alimento
sobre a mesa
regalia do desperdício
nos colos elegantes
diamantes raros
ao custo do sangue
vertido e explorado
de irmãos escravizados
deleites salões engalanados
na degustação de bebidas caras
no contraste de tantas misérias
nos atavios reluzentes e inúteis
chão de terra batida
latas queimadas
fogões improvisados
lágrimas indignadas
pela fome sentida
na indiferença social
morte silenciosa
que leva milhões
como coisa natural
famintos de pão
solidariedade
e humanidade
somos assim
tristes
mazelas realidade...
MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
INDIFERENÇAS...
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PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, 098/01/09
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