MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
domingo, 4 de janeiro de 2009
NÁUFRAGO
ondas revoltas
nau desgovernada
nas vagas jogando
barco de papel
casca de noz
sabor das marés
elo perdido
ecos no ar da imensidão
gritos de socorros inúteis
discursos surdo/mudo
confusos indecifráveis
em labirintos perdidos
na superfície o infinito
assistindo impassível
apelos aflitos
refletindo sumindo
buscando saídas
jogo arriscado
na cartada errada
cadafalso insano
um corpo jogado
ao léu das incertezas
maresias correntezas
um náufrago de si
clama aos céusclemências
recolhe silêncio
à deriva da sina
boiando levando
desencantos e sonhos...
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6 comentários:
publicado no Recanto das Letras, 04/01/09
publicado no site de poesias Reescrevendo a História, 04/01/09
maravilha.....de poema.....
amei
beijos
ciganita
mais logo encontras um porto seguro vlw amigo israel
Enviado por igs em 04/01/2009 12:43
para o texto: NÁUFRAGO (T1366847)
Seu poema me trouxe uma profusão de imagens e sentimentos! Parabéns pela beleza!
Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
04/01/2009
Imagens escolhidas com mestria na construção da metáfora do barco da vida.
Enviado por Sonia Mariza em 05/01/2009 04:33
para o texto: NÁUFRAGO (T1366847)
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