MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
AMOR & PAZ
escasseiam palavras
dicionarizados sentidos
emoções transmitidas
nos pungentes
aflitos gritos
dos desvalidos
do cavaleiro sobre a montaria
nas campinas longínguas
no canto do berrante
na amurada da janela
doce donzela
a espera pelo amante
dos desengonçados gestos parvos
do embriagado abandonado
nas suas tristes trilhas solitárias
do canto íntimo entoado
das lavadeiras no mister
tirando nódoas alvejando roupas
sem fronteiras e alfândegas
emblemas e idiomas
clama a humanidade
carências na clemência
essências e apelos
de Amor e de Paz
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2 comentários:
publicado no Recanto das Letras, 06/01/09
Empolgante! Você foi longe e você foi fundo. Uma pérola esse seu poema.
Enviado por Sonia Mariza em 06/01/2009 23:56
para o texto: AMOR & PAZ (T1370064)
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