MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
HOMEM-SAPO
julguei ter visto um bicho
um sapo propriamente
mas era humano diferente
amigo de raros encontros
algo que acontece inopinado
sujeito arretado e boa prosa
feito matuto enfurnado
de cócoras acomodado
à espera do coletivo
reconhecido no seu canto
pôs de pé em um instante
ri-me daquela postura
recordou-me gente das antigas
que se mantinham em descanso
sobre as pernas recolhidos
hábito de muito esquecido
razão de meus sorrisos
memórias que ele traz
ambos interioranos
costume mantido
cultura preservada
passando a limpo
causos e piadas
muitas brejas geladas...
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Um comentário:
publicado no Recanto das Letras, 02/01/09
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