MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
PASSADO PRESENTE
era uma coisa indigesta
manifesta em conversas
como uma má sintonia
asfixiando ambientes
constrangendo assuntos
mudando a rota e eixos
em breves instantes
como em velho disco
voltando o enredo
de coisas passadas
ressurgidas malfadadas
do que não se tem jeito
na tônica o que foi feito
como se pudesse alterar
o que passou e machucou
maculando o presente
o distante passado
infelicitando o momento
e a vida correndo
farta abundante
de assuntos
ficava premida
constrangida
revivida ferida
o que correu nos dias
como águas correntes
o tempo se encarrega
levando marcas
estigmas amargas
em plagas do esquecimento...
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Um comentário:
publicado no recanto das letras, 16/02/09
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