MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
O ATOR
antes que o espetáculo se inicie
busco minhas falas decoradas
ensaio trejeitos adequados
visto minha indumentária
introjeto a minha imagem
vive em mim a personagem
e feito outro em outra estória
choros e risos se mesclam
narro façanhas e discursos
me esqueço no adereço
vivo outro enredo
sofro e enalteço
em outras épocas
vivo farsas
sou amado
sou traído
incompreendido
esquecido
cai o pano
encantos
aplaudido
findo os atos
volto a mim
até a próxima sessão...
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PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, 03/02/09
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