sexta-feira, 4 de julho de 2008

MENINOS DE RUA


Marotos olhos infantis
Calções blusas largas
Ranhos no nariz

Espontâneos sorrisos
Amarguras rasgadas
Sons em algazarras

Tamborilando velhas latas
incômodos e barulhentos
Fraquezas em risos soltos

Ágeis e franzinos
Malícias inocentes
abortadas infâncias

Carrinhos de restos
Coletas em alegrias
Estridentes assovios

Pães latas de lixo
Disputas em festas
tesouro descoberto

Eufóricos gritos
Faces sujas
Barrigas salientes

Seres errantes
Pequenos vadios
Escusas omissões

Vagam em bandos
Endereços incertos
Renegadas figuras

Encontradas em cada canto
Almas marginais
Esquecidas,divertidas até...

2 comentários:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 11/09/08

Anônimo disse...

...Caro poeta o seu poema descreve um fato do nosso cotidiano que hoje infelizmente atinge uma grande camada da nossa tão sofrida sociedade. Estamos assistindo um desarranjo nas estruturas individuais e coletivas que estão levando nossos garotos para um precipício sem fim. Não estou conseguindo visualizar um futuro e por mais otimista que eu seja, temo pelo que poderá acontecer a estes meninos que teen como escola as ruas que muitas das vezes são sem saídas. Parabéns pelo seu texto que também é um grito de alerta em favor á nossa juventude. No meu site eu também escrevi um texto sobre os meninos de rua, assim que vc puder de uma espiada. J.A.Botacini, Zezinho..

Enviado por jose aparecido botacini (não autenticado*) em 02/04/2009 13:18
para o texto: MENINOS DE RUA (T1172345)