Pendurados na porteira
a distância de proteção
avistávamos a manada
eu e o filho do capataz
admirávamos a tropa
bovinos em quantidade
tangidos pelos cavalos
os cães na retaguarda
o gado seguia destino
cavaleiros bem montados
soando chifres berrantes
ecoavam sons distantes
altaneiros nas montarias
garbosos em sua função
as vezes nos saudavam
homens rústicos
de lidas grosseiras
heróis na profissão
vacas prenhes leitosas
mamas proeminentes
bezerros nos encalços
a poeira levantava
no trotar da vacaria
os vultos se perdiam
longe o som dos trotes
ecos ritmados soantes
findados no horizonte ...
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PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 27/08/08
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