MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
sexta-feira, 4 de julho de 2008
MENINOS DE RUA
Marotos olhos infantis
Calções blusas largas
Ranhos no nariz
Espontâneos sorrisos
Amarguras rasgadas
Sons em algazarras
Tamborilando velhas latas
incômodos e barulhentos
Fraquezas em risos soltos
Ágeis e franzinos
Malícias inocentes
abortadas infâncias
Carrinhos de restos
Coletas em alegrias
Estridentes assovios
Pães latas de lixo
Disputas em festas
tesouro descoberto
Eufóricos gritos
Faces sujas
Barrigas salientes
Seres errantes
Pequenos vadios
Escusas omissões
Vagam em bandos
Endereços incertos
Renegadas figuras
Encontradas em cada canto
Almas marginais
Esquecidas,divertidas até...
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2 comentários:
PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 11/09/08
...Caro poeta o seu poema descreve um fato do nosso cotidiano que hoje infelizmente atinge uma grande camada da nossa tão sofrida sociedade. Estamos assistindo um desarranjo nas estruturas individuais e coletivas que estão levando nossos garotos para um precipício sem fim. Não estou conseguindo visualizar um futuro e por mais otimista que eu seja, temo pelo que poderá acontecer a estes meninos que teen como escola as ruas que muitas das vezes são sem saídas. Parabéns pelo seu texto que também é um grito de alerta em favor á nossa juventude. No meu site eu também escrevi um texto sobre os meninos de rua, assim que vc puder de uma espiada. J.A.Botacini, Zezinho..
Enviado por jose aparecido botacini (não autenticado*) em 02/04/2009 13:18
para o texto: MENINOS DE RUA (T1172345)
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