quarta-feira, 1 de agosto de 2007

AS VAIAS PRESIDENCIAIS...

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
01.08.07 @ 16:42

Certa feita, como sindicalista convidado a falar em assembléia grevista bancária, Lula assumiu o microfone e ouve um arremedo, uma tentativa de vaia. Ele parou, olhou com autoridade para a pequena platéia e o silêncio se fez...

Na abertura dos jogos panamericanos nem mesmo o homem que silenciou uma multidão de mais de um milhão de pessoas no vale do anhangabaú, em São Paulo, que mal ouvia os ilustres palestrantes com suas manifestações nas diretas-já, foi poupado...

Por certo as vaias não se referiam ao feito notável do Pan. O Brasil nunca teve festa semelhante, creio que nem mesmo quando foi o anfitrião da copa perdida para o Uruguai. O País recebeu muito bem os seus convidados, com espaços modernos e quadras belíssimas, dignas de elogios dos medalhistas... Temos que nos orgulhar do feito, seja pelas memoráveis conquistas de nossos atletas como pela bela lição que demos ao mundo, que raramente nos vê com bons olhos.

A claque, contudo, trazia outras indignações represadas, e o momento oportuno parecia ser aquele...

No presidencialismo, a figura do presidente é o alvo das atenções. Muitas vezes acertadas, noutras não. Há críticas ao legislativo ou ao judiciário ? Pau no presidente, a figura única e, portanto, singular catalisador das emoções da sociedade...

Não houve presidente que não as recebeu, Tancredo Neves não teve tempo por morrer antes da posse. Itamar Franco contou com uma certa complacência de uma sociedade já exaurida com indignações com o seu defenestrado antecessor, Fernando Collor. Para os demais, vaias.

Há vaias e vaias. Há manifestações legítimas, democráticas e salutares, afinal a sociedade não é um ente inerte.

Só nos regimes autoritários elas são conduzidas para os desafetos do poder, restando às massas o silêncio ou a ovação compulsória a seus líderes...

As manchetes e chamadas da mídia tentando colar na imagem do presidente a tragédia da TAM foi o exemplo típico de aberrante distorção, tendenciosa e de política execrável de má-fé, ou talvez achando que a sociedade pensante raciocina por ela, herança da ditadura...

Tá na hora de repensarem suas estratégias, afinal o povo não é tão bobo como pensam...

Aliás, a eleição passada ainda deve estar fresca na memória de muitos editorialistas...

2 comentários:

Unknown disse...

Valeu Ediloy. Concordo com voce. Ficou bom o comentário.
Toninho

Unknown disse...

Vivemos um regime democrático, cada um se expressa como quer e pode, se eu estivesse lá aplaudiria o nosso presidente.