Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
19.08.07 @ 15:47
No redemoinho dos tempos, no azedume de vidas comuns, no vai-vem e balaco baco da vida alguém se lembra, nestes rincões em que o novo já nasce velho, desmemoriado...
Lá na praia, olhar perdido, ensimesmado, reflexivo, impávido, indiferente às balas perdidas da cidade maravilhosa, uma estátua lembra Carlos Drummond de Andrade...
Recorda-me a homenagem televisiva, vinte anos atrás, noticiando a morte do poeta, pensei àquela época que a poesia, sublimidade das letras, havia ganho, enfim, o seu lugar no conceito nacional...
Mas era apenas um necrológico ilustre, como foram pontuados os que se sucederam, sempre pela notícia fatídica...
Cora Coralina, na lucidez de sua genuína poesia, nos detalhes de sua infância noticiadas em versos livres e encantadores, descoberta já na velhice, nas crônicas de seus interiores de Goiás, enaltecida por Drummond...
Mário Quintana, célebre, notícia breve, assim como tantos que pontuaram em nossas letras...
Será que nos lembraríamos de Vìnícius de Moraes, não fosse a sua incursão pela música ? Tenho dúvidas...
O Chile, pequeno país em extensão, pontificou dois prêmios nobéis, Pablo Neruda e Gabriela Mistral.
A Argentina imortalizou Jorge Luiz Borges, além de outras celebridades na arte escrita.
Quanto à nós....
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