olhos que viajam desatentos
alheios à rotina frugal
bailam irriquietos, despertos,
aspiram carícias pressentidas
nas visões encantadas, não decifradas,
nos matizes invisíveis a olhares severos,
desapercebidos dos assovios dos ventos,
cantos de passarinhos, água rolando da ribanceira,
grilos, cigarras e sapos numa orquestra desigual
olhos que se congelaram ao mental
não distinguem além do perceptível
não viajam por estrelas imaginárias
não vêem o além do visto
crianças sem contos de fadas
medo de assombrações
sem pipas e bolas
nados em rios
percepções condicionadas
cristalizadas no real
circunscritas, encolhidas,
ao mundo restrito, racional...
5 comentários:
Um dia algo caiu em minhas mãos e eu lí....só aprendemos quando nossos olhos conseguirem ver além da pedra...não a que machuca nossos pés...sim aquela que tranquila está alí para ser obeservada! Um abraço....gostei muito!
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 30/10/2009 10:49
para o texto: OLHOS DA IMAGINAÇÃO (T1895611)
Obrigada pelas palavras, que sempre coloca no site, são lindas, e vale a pena ler.......
beijos doces
Soraia
Ciganita
soraiassantiago@hotmail.com
07/11/2009
Seu poema é muito profundo, adorei, como leio com prazer todos os teus versos. Minha luta, depois dos 30 anos, foi lutar contra as percepções condicionadas, não é que eu seja a favor da relatividade, mas sou contra o paradigmal arrogante e preconceituoso. Até eu me assumir, diferente da minha mãe, custou rsrs Bjs
Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
07/11/2009
Olhos da imaginação
lindo e perfeito texto,
parabéns.
Elliana Alves
elli_anaalves@hotmail.com
07/11/2009
Simplismente, perfeita, pelo jogo de palavras, execelente imaginação. Parabens
Camila Rodrigues Cunha
milarodrigues_14@hotmail.com
14/11/2009
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