segunda-feira, 18 de agosto de 2008

PRESENÇA AUSENTE


enquanto o corpo jazia
inerte venerado velado
e lágrimas derramadas

cúmplices nas dores
luto e solidariedades
mágoas amenizadas

quanto tudo se consumou
despedidas condolências
rotina na segunda brava

e o fone taciturno não tilintou
tua voz monocórdia conhecida
nossas diferenças polemizadas

intuitivamente já te exclúi
o medo de ferir-me assusta
não te imaginava presente

tua presença na ausência
castiga e maltrata mais
aflição solitária amarga

o silêncio incomoda e reclama
indiferente mudo alheio além
conjecturas crenças filosofias

tudo apascenta amortece
ecos distantes lembranças
anelos suaves das saudades....

Um comentário:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 02/09/08.