MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
PRESENÇA AUSENTE
enquanto o corpo jazia
inerte venerado velado
e lágrimas derramadas
cúmplices nas dores
luto e solidariedades
mágoas amenizadas
quanto tudo se consumou
despedidas condolências
rotina na segunda brava
e o fone taciturno não tilintou
tua voz monocórdia conhecida
nossas diferenças polemizadas
intuitivamente já te exclúi
o medo de ferir-me assusta
não te imaginava presente
tua presença na ausência
castiga e maltrata mais
aflição solitária amarga
o silêncio incomoda e reclama
indiferente mudo alheio além
conjecturas crenças filosofias
tudo apascenta amortece
ecos distantes lembranças
anelos suaves das saudades....
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PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 02/09/08.
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