sábado, 2 de agosto de 2008

ESTÁTUAS


Impávidas em paços públicos
inertes esquecidas enodoadas
jazem personagens históricas

pouso de pássaros
peitos condecorados
imagens vandalizadas

o que era para ser venerado
escritos obscenos tintados
nos bustos figuras honradas

chamados ruas avenidas pontes
de biografias estranhas alheias
na lida não há quem se detenha

um cientista, professor, artista
filósofo, político,um benemérito
referências apenas logradouros

o tempo implacável não perdoa
não há nome que sobreviva
na vida rotina que se escoa ...




Um comentário:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 06/09/08