quarta-feira, 25 de julho de 2007

A CRISE EXISTENCIAL DOS SINDICATOS

Comentário de: Ediloy A. C. Ferraro [Visitante]
25.07.07 @ 11:36

Ao abdicarem da bandeira do fim do imposto que tira uma dia do salário do trabalhador para as entidades sindicais, as centrais sinalizam a sua atual condição...

Os sindicatos conheceram o seu apogeu na luta pela redemocratização e no período de inflação alta, duas vertentes que alimentavam discursos e rendiam simpatias de seus filiados...

Atualmente trabalham como repartições públicas, assistência jurídica, médica, homologações de rescisões de contratos de trabalho, convênios de prestação de serviços, promoção de cursos profissionalizantes, etc

Duas realidades arrefeceram os ímpetos, a inflação civilizada e o crescente desemprego.

Pálida idéia do que isso significa são as comemorações de primeiro de maio, que para atrair simpatizantes e público, sorteam-se prêmios que vão de automóveis a imóveis, abrilhantados sempre por artistas de forte apelo popular...

Na época, os artistas que participavam de tais atos o faziam por diletantismo e por estarem envolvidos politicamente com a causa, sem remuneração alguma. Hoje, há contratos de valores significativos para os convidados.

O celeiro do qual originaram-se vários políticos atuais, como o próprio Presidente Lula, já não existe.

Na condição de mandatários têm que enfrentar situações constrangedoras, como leis que inibem movimentos reivindicatórios no setor público e reformulações na esclerosada CLT, que emperra a geração de novos empregos...

Sinal dos tempos em que ser capitalista era ser sanguessuga da classe operária e hoje é saudado como empreendedor respeitável, gerador de empregos e de renda...

Nenhum comentário: