sábado, 3 de abril de 2010

CONVENÇÕES


tudo efêmero
orgasmo
rápido, insípido

gestos maquinais
frugais
alimento trivial

prato feito, convencional
servido como no menu
preço acertado, combinado

regalo instantâneo,
momentâneo como raio
descarregado fulminante

um homem, uma mulher
um pacto comercial
anseios animais

compensados
automatizados
identidade apenas

na solidão...


4 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia querido Poeta!

Como sempre muita sabedoria em tuas palavras.

Neste labirinto da solidão, amamos de forma que manda o coração, deixamos nossos pedaços pelo chão.

Seja o amor e a generosidade a enorme essência que dá corpo a alma ,e densidade a vida. Assim, o pecado é sempre uma delícia.rs...

Amei, parabéns!
Bjos
Xama
xama_12@hotmail.com
15/04/2010

Anônimo disse...

Olá Amigo! Isto é satisfazer necessidades, não a emoção. Só temos dois caminhos a percorrer, o do corpo e o do espírito e infeliz seremos se escolhermos o primeiro, é vazio.

Muito profundo!
ubirajara
caravanapoeta@yahoo.com.br
15/04/2010

Anônimo disse...

Satisfazer o corpo nem sempre é satisfatório para a'lma. O caso da prostituição é exemplo, como em teu texto. O que estará por de trás dessa convenção é o X. Beijos

Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
16/04/2010

Anônimo disse...

Caro poeta os relacionamentos parciais ou passageiros fazem parte das necessidades (fisiológicas) dos indivíduos e são tratados de forma (unilateral) sem vínculos com as formalidades exigidas pela sociedade onde o tradicional dita as regras que propõe e regulamenta através de convenções aquilo que acham ser o “melhor “ para se aplicar na vida alheia. Grandes e corajosas afirmações, meus sinceros aplausos.

J.A.Botacini.
Zezinho.


Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
17/04/2010