sábado, 3 de abril de 2010

DISTÂNCIA PRESENTE


ela se insinua,
transborda
em sedução

lascívias e carícias
delícias desejadas
além da imaginação

está presente
na ausência
de meus momentos

é tormento a apascentar
nas torturas da solidão
é imagem forte, persistente

diva, musa,
fêmea sedenta
de meus carinhos

a visitar-me
em meus solilóquios
a tisnar meu raciocínio

é anjo em veste diabólica
é insana, feroz, mesquinha
promete e não cumpre

deixa no ar vestígios
rescende luxúrias
inebriantes suspiros

evola-se como perfume
nos caprichos
de solitária ilusão...



5 comentários:

Anônimo disse...

Comentário de DARCI BORGES:

Diva, divina musa essa, caro poeta Ediloy! Se é preciso estar só para que ela apareça, que estejamos então sempre sozinhos, apenas com os super-poderes da imaginação...
Bela poesia, um grande abraço! ...

(Verso & Prosa)

Anônimo disse...

Comentário de José Aurélio Luz:

Caro Ediloy: Seu poema convida-nos a meditar. Talvez, na verdade, vivamos imersos em nossos mundos virtuais; e apenas tateamos, a custo, a realidade que – paradoxalmente – seria ente ilusório a nossos sentimentos e emoções. Abraço, j.a.

(Verso & Prosa)

Anônimo disse...

Caro poeta temos um texto que trata de um tema que popularmente chamamos de (chove não molha), ou seja, olhamos, sentimos, desejamos quase nos tocamos porem... Teus versos estão carregados de uma doce sensualidade onde a espera é representada pelo desejo de um coração carente de carinho e afeto. Meus sinceros aplausos.
J.A.Botacini.
Zezinho.


Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
17/04/2010

Anônimo disse...

Uau, sentimentos perturbadores esses que provacam a mulher sedutora. Tudo que nos seduziu, fica no pensamento, nos rouba o presente, mesmo qdo aconteceu faz tempo. Uma amiga uma vez me disse que paixão é pra ser vivida até o fim. Será? kk Bjs

Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
18/04/2010

Anônimo disse...

Caro Amigo, bem descreves a fêmea fatal, que assim é por dominar os instintos masculinos tomando-os como que rédeas do cavalo que simboliza o corpo, afastando ou derrubando para o a lado o cocheiro da consciência, nos fazendo surdos a voz da alma, nos obstinando na satisfação sensuais do corpo. Os antigos chamavam isto de 'tentação' e não se vive sem ser tentado, eis a questão. Versos expressivos e bem construídos! Fraterno Abraço!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
18/04/2010