MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
segunda-feira, 27 de abril de 2009
IMPROVISOS
...como que vestes te apresentas
que disfarces a vestimenta
a nu te expões ?...
pouco importa as ruas desertas
as portas entreabertas
o furor dos vendavais
os arrebóis no horizonte
réstias filtradas nas nuvens
deleites em nuances de sentimentos
se as palavras que cabem numa folha
escassas de sentidos e significados
é tudo o que tens para se explicar...
para montar o cenário tosco improvisado
com o pouco que te resta de recursos:
um banco, uma peneira, uma rede puída...
talvez deitado no pano surrado entre estacas
num arremedo de assento de madeira
e o arco concêntrico... desenhes o mundo
em versos mudos
em cenas mortas
em sussurros...
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5 comentários:
publicado no Recanto das Letras, 27/04/09
publicado no site de poesias Reescrevendo a História, 28/04/09
muito lindo...
deusaii
deusaii@hotmail.com
Estes improvisos são de rica elaboração, tocantes e etéreos! Parabéns sempre! Felicidades!
Elisa Maria Gasparini Torres
PERFEITO!
Enviado por BELA SANTOS em 06/05/2009 20:44
para o texto: IMPROVISOS (T1579581)
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