MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
NA CONTRA-MÃO...
ouço sons e brados
enérgicos clamores
em um refrão
todos pedem tudo
poucos tem o pouco
entoam na multidão
já não acompanho
o rol dos seus lamentos
alheio em meu canto
seus gritos e peias
gemidos e alaridos
contritos resumidos
embora os entenda
nas suas carências
caminho na tangência
por quadras e esquinas
portos e miragens
busco novas paragens
para verdades além
que me comprazem
e justificam o momento
o isolamento
a busca
o encontro com o meu tempo...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, 18/12/08
Postar um comentário