MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
VIDA EMPENHORADA
dos passos dados os mais longos
foram no sentido da entrada
ao balcão
nas mãos trêmulas o estojo
decoração simples ornado
no interior as reminiscèncias
cada pingente, anel e brincos
momentos refulgentes íntimos
à apreciação de um estranho
naquele ato um pouco de si
momentos acalentados
sua história resumida ali
avaliação banal gramas e pesos
bem menos do que significavam
registro de uma vida ali avaliada
sopesando valores
no maço de notas
na casa de penhores...
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publicado no Recanto das Letras, 11/12/08
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