terça-feira, 23 de dezembro de 2008

SONHO CINDERELA.


se me dissesse que me amaria
apenas por também ser só
aceitaria

queria o regalo
profissional
amam sem amar

o que não permitiria era ver

no brilho daqueles olhos
falsa magia que lhe impunha


a minha postura
falcatrua
disfarce oportuno

soturno
irônico
despudor

e antes que a noite
se fosse como um sonho
a carruagem reluzente fosse abóbora

vesti-me num átimo
seco e lacônico
e a deixei livre

...antes que fosse tarde !

e num rasgo
sorri intimamente
fingida dignidade...





Um comentário:

Blog do Ediloy disse...

publicado no Recanto das Letras, 23/12/08