MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
O PAUPÉRRIMO
era tão mendigo de si mesmo
que os pensamentos comprimidos
cabiam dentro de um envelope pardo
ressabiado com tudo e todos
andava arisco olhar soslaio
ensimesmado ocultando algo
da vida não se fartara
avara a lição marcada
avaro seus atos sucintos
até mesmo para expressar
o que quer fosse era breve
monossilábico quase...
feito ostra se fechava
como escondesse a pérola
nos seus passos comedidos
em tudo economizava
nem lágrimas dispensava
para externar emoções sufocadas
viveu de forma modesta por opção
retraído de tudo e todos
sua passagem esquecida como a sua vida...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, PROSA POÉTICA, 21/11/08
E será que valeu a pena?
Enviado por Lanna agda em 21/11/2008 12:42
para o texto: O PAUPÉRRIMO (T1295499)
Postar um comentário