segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O PAUPÉRRIMO


era tão mendigo de si mesmo
que os pensamentos comprimidos
cabiam dentro de um envelope pardo

ressabiado com tudo e todos
andava arisco olhar soslaio
ensimesmado ocultando algo

da vida não se fartara
avara a lição marcada
avaro seus atos sucintos

até mesmo para expressar
o que quer fosse era breve
monossilábico quase...

feito ostra se fechava
como escondesse a pérola
nos seus passos comedidos

em tudo economizava
nem lágrimas dispensava
para externar emoções sufocadas

viveu de forma modesta por opção
retraído de tudo e todos
sua passagem esquecida como a sua vida...


2 comentários:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, PROSA POÉTICA, 21/11/08

Anônimo disse...

E será que valeu a pena?

Enviado por Lanna agda em 21/11/2008 12:42
para o texto: O PAUPÉRRIMO (T1295499)