MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
sexta-feira, 27 de junho de 2008
NOITE NA FAZENDA *
A tarde escurecia
aves recolhidas
finda luz do dia
visitante na fazenda
lamparinas lampiões
imagens distorcidas
o silêncio da noite
chegando impondo
sussurros tremores
Aos poucos sons parcos
uma tosse um ressonar
tudo mais um vazio
profunda escuridão
bruxuleantes clarões
mínguada luz escassa
Em breve nada ouvia
ciciar de insetos
insone mente vadia
lembranças arrepios
fantasias fantasmas
terríveis estórias
ouvidos alertas
oculto suado
o sono tardio
turista menino
vida citadina
exausto vencido
o canto do galo
sol nas janelas
cheiro da terra
manhãs mesas fartas
vaporosas chaleiras
sucos pães e pudins...
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PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 23/09/08
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