MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
segunda-feira, 23 de junho de 2008
COMÉDIA HUMANA
Desmedidas ambições
paixões impossíveis
desfeitas quimeras
súplices suícidas
guetos marginais
destinos incertos
pães esmolados
proles famintas
prisão detentos
carências humanas
desarmônicos lares
solidões coletivas
ausências pranteadas
dores males enfermos
despedidas e saudades
prazeres fugazes
desvios malsãos
levianas atitudes
Quixotes sem lanças
enredos sem sentido
crianças sem arrimo
teatros desertos
tristes palhaços
atração chinfrim
letras sem música
escritos sem alma
telas descoloridas
ocasos das existências
universo sem horizonte
vidas desamadas...
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4 comentários:
PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 02/09/08.
Comentários
02/09/2008 00h52 - Raphael Antunes Bastos :
camarada q texto!!! um desencontro de fato, mas o desenho do poema é intrigantemente belo, parabens amigo poeta ...
Comentário de Ana da Cruz: Quixotes sem lanças
enredos sem sentido
crianças sem arrimo
Não podemos deixar o desespero tomar conta... ..
(MURAL DOS ESCRITORES)
Comentário de Theresa Russo:
sim caro poeta, a divina comédia humana..... gostei demasiado desse poema seu, parabéns! .
(MURAL DOS ESCRITORES)
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