segunda-feira, 23 de junho de 2008

COMÉDIA HUMANA


Desmedidas ambições
paixões impossíveis
desfeitas quimeras

súplices suícidas
guetos marginais
destinos incertos

pães esmolados
proles famintas
prisão detentos

carências humanas
desarmônicos lares
solidões coletivas

ausências pranteadas
dores males enfermos
despedidas e saudades

prazeres fugazes
desvios malsãos
levianas atitudes

Quixotes sem lanças
enredos sem sentido
crianças sem arrimo

teatros desertos
tristes palhaços
atração chinfrim

letras sem música
escritos sem alma
telas descoloridas

ocasos das existências
universo sem horizonte
vidas desamadas...

4 comentários:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, EM 02/09/08.

Anônimo disse...

Comentários

02/09/2008 00h52 - Raphael Antunes Bastos :

camarada q texto!!! um desencontro de fato, mas o desenho do poema é intrigantemente belo, parabens amigo poeta ...

Anônimo disse...

Comentário de Ana da Cruz: Quixotes sem lanças
enredos sem sentido
crianças sem arrimo

Não podemos deixar o desespero tomar conta... ..

(MURAL DOS ESCRITORES)

Anônimo disse...

Comentário de Theresa Russo:

sim caro poeta, a divina comédia humana..... gostei demasiado desse poema seu, parabéns! .

(MURAL DOS ESCRITORES)