segunda-feira, 10 de setembro de 2007

ARRECADAÇÃO: A PREVISTA E A REAL

Comentário de: Ediloy A.C. Ferraro [Visitante]
10.09.07 @ 12:16

No Brasil, ao ditado que de louco, médico e poeta, todos tem um pouco, eu acrescento as qualidades também de técnico de futebol e economista...

Sobre o futebol basta apurar os ouvidos e ouvirem palpites para todos os gostos, quanto à economia, apesar de comermos gato por lebre, continuamos palpitando sempre.

As informações de que a carga tributária se equivale à sonegação, na casa dos 30% do PIB, e os conselhos de que poderíamos abaixar os impostos e evitarmos a sonegação. Pode ser verdade ou não...

Quem me garante que impostos menores deixariam de ser sonegados apenas por serem possíveis de serem pagos? E a tal cultura do “levar vantagem em tudo?”

Torço para que seja verdade essa assertiva, afinal, justifica-se o “jeitinho” no dia-a-dia : - Com nota ou sem nota ? Na indústria e no comércio; Com recibo ou sem recibo ? Nas profissões liberais. Tudo sob o silente discurso de que o Estado é caro ao contribuinte e perdulário em suas despesas...

Ninguém foge, contudo, dos impostos imbutidos nos produtos que consumimos e, o que é pior, se estão no cômputo do preço e não são repassados ao erário, alguém leva vantagem e em desvantagem de quem consome, sendo sempre o Estado o vilão...

Costumeiramente acusamos o Estado de não suprir as necessidades elementares e constitucionais, faltando sempre verbas para a Saúde, Educação, Infra-estrutura, etc,etc... independente de governos desde que o Brasil é Brasil...

Toda a receita que cai nas mãos do Estado não sai mais. Tai a CPMF, que de provisória vai permanecendo como definitiva, dessa arrecadação o governo não quer ( ou não pode) abrir mão.

Se pensam que tem alguém no parlamento interessado com o fim da mesma, enganam-se...

Quem hoje está na oposição ( PSDB e DEM), ontem era situação e sonham em ter em breve o Poder de volta, e quanto mais recursos na arrecadação melhor para o governante de plantão.

O que nos resta como sociedade civil organizada é exercemos pressão para que os recursos advindos da CPMF retornem aos propósitos de origem, a Saúde.

Mas, o que verdadeiramente precisamos é de deixar a hipocrisia e a conivência com os ralos que desviam verbas para recursos necessários, nos educarmos como cidadãos e não sermos condescendentes com tais práticas, em detrimento do interesse de todos nós...

Ou seja, como no ditado: em casa que falta o pão todos reclamam e ninguém tem razão

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