MORTA SEREI ÀRVORE SEREI TRONCO SEREI FRONDE. NÃO MORRE AQUELE QUE DEIXOU NA TERRA A MELODIA DE SEU CÃNTICO NA MÚSICA DE SEUS VERSOS. Cora Coralina, poetisa (1869-1985)
segunda-feira, 4 de maio de 2009
ECLÉTICA SALADA DE LETRAS
renego o óbvio
mas repugno
malabarismos
o belo a ser dito
possa ser traduzido
na pureza de Coralina (*)
matuta matreira
anciã sábia
sertaneja guerreira
ou ainda no enigma
da Lispector, (**)
no íntimo angustiado
Hilda Hilst
me lembra adorável
bruxa velha
também recorro
às cenas secas
de Leminsky (***)
ou mesmo
as do Gullar (****)
num poetar sagaz
Drummond solta rédeas (*****)
Pessoa em heterônimos (******)
Cecília em intimidades (*******)
guardo recitado de memória
um único poema amado
Guilherme de Almeida e sua Rua,
"minha rua era tão minha..."
sirvo-me desta salada
às vezes àspera, amarga,
ferindo em espinhos e vertendo lágrimas...
* - Cora Coralina - ** Clarice Lispector - ***Paulo Leminsky-****Ferreira Gullar
*****Carlos Drumond de Andrade-******Fernando Pessoa-*******Cecília Meirelles
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PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS, 04/05/09
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