quinta-feira, 14 de maio de 2009

LIRA TRISTE *


tento há muito despir-me
tirar como óleo impregnado
as carrancas de taciturno

tento fugir dos becos
dos loucos das loucuras
ver horizontes tardes mansas

curtir sorrisos inocentes de crianças
escrever e descrever sobre a luz
olhar a imensidão cimo das montanhas

meu eu em brigas com seus humores
desprazeres que insistem a incomodar
trevas obscuras em minha tela colorida

lembranças de dores inesquecidas
brasas ocultas mas vivas
de volta retorno minhas escritas

resvalo de soslaio meus labirintos
sem saídas atordoam os sentidos
macambúzio recupero as mazelas

e uno minhas lástimas
com as dores do mundo
em enxurradas de lágrimas

canto minha lira
sofrida indignada
tão triste...

8 comentários:

Blog do Ediloy disse...

PUBLICADO NO RECANTO DAS LETRAS,23/01/09;


PUBLICADO NO SITE DE POESIAS REESCREVENDO A HISTÓRIA, 14/05/09.

Anônimo disse...

triste mas belíssimo.... parabéns!

Enviado por Edu Silveira em 23/01/2009 18:40
para o texto: LIRA TRISTE (T1400820)

23 de Janeiro de 2009 21:50

Anônimo disse...

Contundente. Uma busca de todos nós. E um achado de dor que jorra em poesia.

Enviado por Sonia Mariza em 24/01/2009 04:12
para o texto: LIRA TRISTE (T1400820)

24 de Janeiro de 2009 09:56

Anônimo disse...

...caro poeta em certos momentos da nossa existência os nossos sentimentos se tornam precários... E o coração reclama pelos cantos sob o som fúnebre do clarim, porem estes sentimentos podem mudar, e a qualquer momento poderemos ser contemplados com o doce e terno som das liras que são dedilhadas gentilmente pelos deuses da esperança...

Parabéns grande poeta pelo belo poema

J.A.Botacini

Zezinho.

Anônimo disse...

a luz um dia sobrepor-se-à à escuridão, meu amigo.... poema triste mas mágico.

deusaii
deusaii@hotmail.com

Anônimo disse...

Ediloy!
A lira de um poeta não escolhe canto,
Fala de amor, lamenta o seu pranto
Geme sua dor, exprime seu espanto,
Canta a rosa, a violeta e o agapanto.

ubirajara

Anônimo disse...

Gostei muito.

Mone Uezu
moneuezu@msn.com

Anônimo disse...

Belíssimos versos...de vocabulário riquíssimo.

Muito bom

Carlos Eduardo Fajardo

Carlos Eduardo Fajardo
dudu_fajardo@hotmail.com
15/05/2009