sexta-feira, 12 de março de 2010

EM ORAÇÃO

na placidez desses momentos
moderados, letárgicos, atentos
em mim há um incêndio

maremoto em ondas calmas
sísmicas movimentações
erupção incandescente inaparente

são apenas olhos generosos
atenuantes
que me fazem enxergar luzes

onde há o breu das agonias
óasis limpos em desertos
fé inabalável na descrença

genuflexo
aparvalhado
mãos em súplicas

misericórdia
em lamentos íntimos
para a prisão que me reveste

nesta veste
meu cárcere
nestes cinco parcos sentidos...

7 comentários:

Anônimo disse...

Como vai, poeta?***Bom Dia! *** e nós somos pouco gratos pelos maravilhosos sentidos que nos deram.... oração sensível...

Enviado por Silvia Regina Costa Lima em 12/03/2010 12:24
para o texto: EM ORAÇÃO (T2134361)

( Recanto das Letras)

Anônimo disse...

Mensagem referente ao texto: EM ORAÇÃO

Oi amigo poeta!
Das profundezas da mente, vem a inspiração... consegues transparecer o incêndio silencioso , o choque das polaridas, corpo e alma, um sentimento aprisionado, vulcão prestes a entrar em erupção, profundos desejos, uma alma sedenta por mudanças!!!
Como sempre , uma perfeita obra de arte em poesia, amei ler-te!!!
bjs Taís
13/03/2010
Taís Mariano

(Espaço literário-o melhor da web)

Anônimo disse...

Caro poeta pior do que grades de ferro é o espírito sitiado pela escuridão... Indiferente ou intimamente preocupado com as vibrações negativas ou não acabamos ficando a mercê dos nossos sentidos que por vezes nos levam á ruína espiritual... Parabéns por nos brindar com um lindo e reflexivo texto.

J.A.Botacini

Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
17/03/2010

Anônimo disse...

Genuflexo é sinal de respeito, aparvalhado nunca, ou eu era a rainha da aparvalhação. O que vale é o que se obtem de bom nessa relação com Deus, na oração. Bjs

Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
17/03/2010

Anônimo disse...

Caro Amigo tenho por hipótese que a transcendência da razão é a filosofia, creio que da emoção é a fé, não há como deixarmos de andar por tais caminhos por vezes contraditórios, tentando descobrir seus misteriosos pontos de encontro. Fraterno Abraço!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
19/03/2010

Anônimo disse...

Comentário de Sandro Pinto:

Esses cinco parcos sentidos são eufemismos dos sentidos de Deus. Esses cincos sentidos permitem apenas indícios... Gostei, poeta. Sandro Pinto. ..

(Verso & Prosa)

Anônimo disse...

Comentário de Eduardo Ramos:

Tô com o Sandro, Ediloy! Belo poema, última estrofe soberba!!! De um humanismo tão bonito, trágico, o reconhecer nossas limitações, mesmo com os cinco sentidos... Parabéns!
Abraço!

(Verso & Prosa)