quinta-feira, 18 de março de 2010

RAZÃO SEM EMOÇÃO

desnudo de entretantos
na lógica aparente
renegando ornamentos

perseguindo teorias
racionalizando
rastreando argumentos

gélida
consumada lavra
visão de documento

lápide fria
sucinta
expressa

flor artificial
desidratada
inanimada

uma foto
semblante
sem sorrisos...

5 comentários:

Anônimo disse...

Credo ... sabe que me lembrou uma pessoa que conheço? O secretário da minha escola é tão tecnicista que quase chega a ser robô. Um dia, uma criança doente entrou na secretaria mas as secretárias nao estavam, só estávamos eu e ele. O menino pediu "gelo, por favor, me machuquei", e ele respondeu com toda pedagogia e humanismo de quem quer ajudar um escolar "gelo não é na secretaria, é na geladeira...", kkkkkkkkkkk parecia um zumbizinho saído do clip "Thriller" do Michael J. Bjs

Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
22/03/2010

Anônimo disse...

Caro poeta podemos interpretar o seu texto de varias formas diferentes dando a cada uma delas um foco distinto em relação à outra. Podemos dizer que a vida para ser bem vivida independe de ostentações, sobretudo quando falamos sobre as razões pelas quais vivemos. Pelo lado oposto podemos dizer que quando a vida (finda) só restara o (vazio) e o consolo de flores sem vida e uma foto no concreto frio da nossa mortalha. (Na frieza dos seus versos podemos encontrar as razões necessárias para entender a própria razão de si viver melhor). Meus calorosos aplausos.

J.A.Botacini

Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
23/03/2010

Anônimo disse...

Usar a razão sem a emoção, acho que deixa de existir quaisquer sentimentos...A emoção é a mola que nos impulsiona. A razão é o pensamento direto, atos feitos para
resolução de alguma coisa.....Sem a emoção......rs

soraia
Ciganita
soraiassantiago@hotmail.com
24/03/2010

Anônimo disse...

Caro Amigo, por vezes almejamos sermos imparciais, o que nos permitiria julgamentos que teriam o selo de racionalidade integral, mas acabamos por nos esvaziar de partes importantes da subjetividade,o que nos leva a ficarmos indiferentes e burocráticos. É então que sentimos a falta do "tempero" da vida, mas são momentos, não mais que momentos, nas almas conduzidas auxiliadas pela emoção. Versos reflexivos, moldados por tons da vivência. Fraterno Abraço!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
24/03/2010

Anônimo disse...

Comentário de José Aurélio Luz:
Caro Ediloy: se tatearmos apressadamente seu poema, teremos as arestas geladas da escultura granítica. Se, ao contrário, demorarmos o escrutínio, com as mãos passando lento pela lavradura e ornatos na pedra, perceberemos o pulsar interno da estátua, suas íntimas vibrações, que nos asseguraram que há intensos sentimentos sob a carapaça pétrea, sob "a lápide fria". Parabéns e um abraço, j.a. ...

(Verso & Prosa)