sábado, 20 de março de 2010

NUANCES TEMPERAMENTAIS


se pudessemos nos conter
ser o que idealizamos
bondosos, calmos, compassivos

mas, qual tempestade imprevista,
submergimos do subterrâneo
e do lodo trazemos as iras

palavras que chicoteiam
escarneiam, machucam
vitupérios de vômitos

para depois, serenos,
envergonhados, arrependidos
dar-nos conta de nossas faltas

feito crianças dengosas
reclamando colo e perdão
de quem amamos e magoamos...

4 comentários:

Anônimo disse...

...é por isso que somos chamados de seres humanos porque só esta espécie tem a capacidade de ferir o seu próximo mais próximo sempre contando com o perdão em nome do amor que deveria ser recíproco. O seu texto é altamente reflexivo quando expõe as facetas do relacionamento humano.
Meus sinceros aplausos.

J.A.Botacini

Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
26/03/2010

Anônimo disse...

O belo em teus versos é a capacidade de admitir e se redimir. Parabéns!

Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
27/03/2010

Anônimo disse...

Comentário de Roberto Costa Carvalho
Olá, Ediloy! Muito bom! Parabéns!
E fico pensando: apesar disso, há os que resistem, os obstinados que vêem as coisas acontecendo e fingem que elas não estão acontecendo, aqueles que, no fundo, se recusam à vida.

(Verso & Prosa)

Anônimo disse...

Comentário de DARCI BORGES:

Olá, Ediloy, que bom revê-lo, relê-lo...Tava já com saudades da sua bela poesia, caro amigo!
Nossa rotina é esta mesmo, tão bem descrita no seu poema. O que seria de nós, não fosse o perdão das pessoas que amamos, não é mesmo?

(Verso & Prosa)