domingo, 8 de novembro de 2009

NÁUFRAGOS



náufragos à deriva,
mar chamado vida

bailados insanos
nos reveses das marés

na pródiga mente
criamos sonhos
avistando horizontes
tendo os lemes
por esperanças

desbravadores ensandecidos
de moinhos de ventos
quixotes de lanças empunhadas
viventes de tormentas
crianças inocentes

nascer e morrer dos dias

pacientes de dores, humores,
manhãs dadivosas

tardes melancólicas
noites insípidas

embalagens oníricas
concepções e arquétipos

comportadas amabilidades
danças intermináveis

anseios de alucinados

miragens, utopias,
filosofias e crenças

religiões, fetiches
apetrechos salva vidas

no ir e vir das agonias...





7 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom. Parabéns.Alberto Daflon

Enviado por Daflon em 08/11/2009 11:09
para o texto: N Á U F R A G O S (T1911707)

Anônimo disse...

Caro poeta dia apos dia naufragamos um pouquinho, seja lá pela falta de amor pelos falsos pudores ou até mesmo pelo que acreditamos ser correto, nestes mares bravios da vida vivemos marulhando com o tempo porque estamos sempre imergindo ou submergindo através dele.

Parabéns pelo belo texto.

J.A.Botacini

Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
11/11/2009

Anônimo disse...

Amigo Poeta, o mar parece ser a grande metáfora a representar as nossas emoções, como tal, não o dominamos, acabamos por ser carregados, como que náufragos perdidos em nossas inquietações...achei especial a construção: "ir e vir das agonias", como que um balançar das ondas. Aplausos por sua densa criação poética!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
11/11/2009

Anônimo disse...

O que somos nós se não náufragos da vida cheios de quereres e nunca com os mesmos horizontes. Navegamos no sonho, na ilusão, na fantasia e vamos à deriva no mar da filosofia.

Fazes da poesia uma teia, parabéns!

ubirajara
caravanapoeta@yahoo.com.br
11/11/2009

Anônimo disse...

já sentia a falta dos seus poemas... como sempre maravilhoso... lindo... e reflexivo.

deusaii
deusaii@hotmail.com
11/11/2009

Anônimo disse...

O poema navegou por caminhos da literatura universal...palavras que vão além das estrofes...foram jogadas nas linhas e o tempo encarregou de torná-las rimas pra alma poética. Abçs.

Daniel Rosa
daniel_rosa2003@yahoo.com.br
12/11/2009

Anônimo disse...

desbravadores ensandecidos
de moinhos de ventos
quixotes de lanças empunhadas
viventes de tormentas
crianças inocentes

Olá Ediloy como sempre sua caneta
percorre com maestria entrelaçando as palavras em
versos e nos conduzindo a pensar...

Parabéns companheiro


"Adilson Costa"
contato@adilsoncosta.com
17/11/2009