sexta-feira, 19 de abril de 2013




 
 Ediloy Ferraro
São Paulo / SP

Empatias

Reter  com os olhos
Vendo além destes
Surpreende-me

Captando nas entrelinhas
Construindo uma imagem
Colecionando conclusões

Ocorre-me nestes momentos
Montando um difuso mosaico
Acima do visto, o imaginado

Assim a alma desnuda
Do interlocutor desavisado
Apresenta-se-me no ideário

Baú hermético, inescrutável
Impressões recolho
No silêncio censuro, ou aplaudo

Não sei ao certo
Se o percebido a mais
É real ou imaginário

Vasculhando absorto
Em alheios interiores
Refletindo-me neles

Não sei o que busco
Talvez a mim mesmo
No outro, me entendendo...


publicado na Antologia de Poesias 
VERSOS REPLETOS NA NOITE VAZIA, editora CBJE- 
Rio de Janeiro/RJ, abril de 2013.

11 comentários:

Anônimo disse...

Empatia, uma palavra de significado forte, há muito para ser falado sobre o tema: sintonizar-se, sentir, sofrer e identificar-se com a outra pessoa, algo para poucos.


(Giba) Poeta cibernético
ajnyn@hotmail.com
12/07/2011

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...



Ola Ferraro, mais uma linda obra sua, eu adorei, sensibilidade a flor da pele, Deus te abençoe!!!

cris coradi
cristiane_coradi@hotmail.com
12/07/2011

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...

12 de julho de 2011 18:18

Esse é vc mesmo, my darling! Cheio de empatias, uma facilidade em perscrutar a alma. Esse é o legado das suas experiências, dos sofrimentos e alegrias q vc já passou, tb dos desejos e frustrações. Eu conheço gente q é assim desde adolescente. Eu já não fui essa jovem, queria tê-lo sido pra ajudar melhor minha mãe na separação dos meus pais qdo eu tinha 17 anos. Eu fui bem criança, mas qdo descobri a maldade e a depressão, ela tb me trouxe a empatia. Um texto tocante! Bjss

Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
12/07/2011

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...


Caro poeta por vezes procuramos no outro aquilo que para nós empaticamente é possível de se encontrar. Percebemos no outro uma mesma razão de ser então aceitamos o modo de pensar como se ele fosse nosso. É através destas projeções imaginaras que nos identificamos de corpo e alma com uma outra pessoa. Belo texto, meus aplausos.

J.A.Botacini.

Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
12/07/2011

(SITE DE POESIAS)

Anônimo disse...


12/07/2011 11:06 - cavenatti

Esta procura é infinita, continue.

Para o texto: E M P A T I A S (T3090143)


(RECANTO DAS LETRAS)

Anônimo disse...

12/07/2011 11:05 - Su Aquino

E como colecionamos conclusões!Bom dia!

Para o texto: E M P A T I A S (T3090143)

(RECANTO DAS LETRAS)

Anônimo disse...

12 de julho de 2011 20:27
Anônimo disse...
Caro Amigo, as vezes a poesia vai além da criação e nos traz respostas, realmente em seus versos navegou entre as margens do corpo e da alma na busca do ter ser por inteiro. Gostei muito! A mão deslizou sobre o papel em plena liberdade.Abraços Poéticos!

Gilberto Brandão Marcon
gilbertomarcon@uol.com.br
12/07/2011

(SITE DE POESIAS)
12 de julho de 2011 23:50
.
Comentário de Geane Masago:

Aqui tu dissestes tudo querido poeta Ediloy, pra dizer a verdade um verdadeiro desabafo. Ótimo poema; parabéns querido poeta até mais...

(VERSO & PROSA)
14 de julho de 2011 23:22

Anônimo disse...


Jeanne Temis !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! DISPENSA COMENTÁRIOS, Ediloy! DEMAIS!!!

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Anônimo disse...

Ivan Bach:
"Não sei o que busco, talvez a mim mesmo, no outro, me entendendo"... Buscar sem saber o que, porque é maçante saber, o mistério está na busca, não no objeto da busca!

EM ESPAÇO ÍNDIGO - VIA FACEBOOK

Anônimo disse...


Vernaide Wanderley:

Um mosaico, artesanalmente construído: com o claramente visto e o que está alem dos olhos... Talvez, sejamos todos assim. Valeu, amigo.

EM ESPAÇO ÍNDIGO - VIA FACEBOOK

Regynna disse...

Migucho, extraordinária reflexão!
E tem uma beleza poética, amigo!
Sabe o que eu concluo que não sabemos de que somos capazes em situações inusitadas como essa.
E para a gente fazer uma introspecção ao nosso intimo oarav ver quem somos na realidade.Amei o conto!