iludido, poderia pensar:
as letras amenizam a vida
a floresça apesar dos dissabores
mas, nem sempre ou nunca é,
apenas gritos mudos no infinito
coisas remoídas, indigestas
assim não se produzem ilusões
douram os amargos dos dias
pondo contextos ao absurdo
os doidivanas ensandecidos
aferram-se como lunáticos
nós em pingos d´água
subvertendo a situação
monótona e ordinária
ritmos ao inflexível
buscas incompreensíveis
sem causas ou sentidos
para se continuar igual...
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