segunda-feira, 14 de junho de 2010

NUA REALIDADE

como ausentar-se em devaneios
se  mãos em súplicas nos trazem
à nua realidade,
apesar de tantos progressos,
vagam tantos em busca do pão

são mãos e olhares suplicantes
como a exigirem de cada qual
um grito justo de indignação
ao ver um semelhante,
deliciando-se com uma fruta
em dejetos, no lixo encontrada

e como o esfomeado se comprazia
e  degustava ávido
e aos meus olhos rasos d´água,
mágoas, feridas abertas, opróbrio vil
impotente, mudo, pasmo, da humana condição...

6 comentários:

Anônimo disse...

Comentário de Isabel Tânis Cardoso Nocetti:

Belíssimos dizeres, muito gostoso te ler!

(verso & Prosa)

Luciene disse...

Seus poemas possuem uma lírica que encanta, sem o apelo dos versos água-com-açúcar que tanto vemos por aí, como alguns que tenho, que até suspendi, mas ficaram uns pedentes de suspensão. Parabéns.

Luciene Lima Prado

Anônimo disse...

16/06/2010 10:06 - Isabel Nocetti

Bravo, bravíssimo poeta! É adorável te ler! Um lindo dia!

Para o texto: NUA REALIDADE (T2322640)

(Recanto das Letras)

Anônimo disse...

Comentário de Luciane Apª Vieira:

Sensibilidade a mil, Ediloy!
Versos que nos trazem à tona a miséria da alma humana, mas nos dá um caminho: tentar (pelo menos tentar...) fazer a nossa parte, e não apenas observar...
Lú.

(Verso & Prosa)

Anônimo disse...

Caro poeta o seu texto nos revela uma realidade nua e crua onde os aspectos da miséria ditam as regras aos menos favorecidos enquanto os donos do poder se fartam em causa própria. O tema é trágico porem o texto é bem apropriado. Meus sinceros aplausos.

J.A.Botacini.

Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
22/06/2010

Anônimo disse...

Eita, Ediloy, arrasando nas suas reflexões inteligentes e perspicazes da vida e da alma humana! Sempre um texto muito bem elaborado. Big beijos

Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
22/06/2010