como ausentar-se em devaneios
se mãos em súplicas nos trazem
à nua realidade,
apesar de tantos progressos,
vagam tantos em busca do pão
são mãos e olhares suplicantes
como a exigirem de cada qual
um grito justo de indignação
ao ver um semelhante,
deliciando-se com uma fruta
em dejetos, no lixo encontrada
e como o esfomeado se comprazia
e degustava ávido
e aos meus olhos rasos d´água,
mágoas, feridas abertas, opróbrio vil
impotente, mudo, pasmo, da humana condição...
6 comentários:
Comentário de Isabel Tânis Cardoso Nocetti:
Belíssimos dizeres, muito gostoso te ler!
(verso & Prosa)
Seus poemas possuem uma lírica que encanta, sem o apelo dos versos água-com-açúcar que tanto vemos por aí, como alguns que tenho, que até suspendi, mas ficaram uns pedentes de suspensão. Parabéns.
Luciene Lima Prado
16/06/2010 10:06 - Isabel Nocetti
Bravo, bravíssimo poeta! É adorável te ler! Um lindo dia!
Para o texto: NUA REALIDADE (T2322640)
(Recanto das Letras)
Comentário de Luciane Apª Vieira:
Sensibilidade a mil, Ediloy!
Versos que nos trazem à tona a miséria da alma humana, mas nos dá um caminho: tentar (pelo menos tentar...) fazer a nossa parte, e não apenas observar...
Lú.
(Verso & Prosa)
Caro poeta o seu texto nos revela uma realidade nua e crua onde os aspectos da miséria ditam as regras aos menos favorecidos enquanto os donos do poder se fartam em causa própria. O tema é trágico porem o texto é bem apropriado. Meus sinceros aplausos.
J.A.Botacini.
Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
ze-botacini@hotmail.com
22/06/2010
Eita, Ediloy, arrasando nas suas reflexões inteligentes e perspicazes da vida e da alma humana! Sempre um texto muito bem elaborado. Big beijos
Elisa Maria Gasparini Torres
emgari@yahoo.com
22/06/2010
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